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Contexto geológico e geotectônico da área PAM Província Mantiqueira meridional

Por:   •  5/5/2018  •  2.825 Palavras (12 Páginas)  •  265 Visualizações

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A seguir são descrita as duas unidades do domínio sul separando as litologias e descrevendo-as.

Complexo Águas Mornas abrange rochas granito-gnáissicas migmatíticas paleo- a neoproterozóicas Silva et al. (2000, 2005). A compartimentação do CAM segundo Silva et al. (2005) em:(i) restos de ortognaisses tonalíticos (G1) e anfibolitos com idades não determinadas; (ii) intercalações de granitóides de granulação grossa foliados (monzogranitos anatéticos) (G2) intrusivos na fase G1, com idades de herança de ca. 2175±13 Ma; (iii) os granitóides da fase G2 mostram intenso retrabalhamento a ca. 590 Ma (Silva et al. 2000), possivelmente relacionado à refusão parcial, durante a colocação do Batólito Florianópolis, representado por intrusões graníticas tardias (G3). A idade de 592 ±5 Ma obtida nas bordas de zircões por U-Pb SHRIMP (Silva et al., 2005) é interpretada como a idade de migmatização do CAM.

Autores como Silva et al, (2005), com base em dados U-Pb SHRIMP em zircão estes autores apontam para a consistência dos mesmos com a caracterização do magmatismo do Batólito Florianópolis como dominantemente de arco magmático continental maturo com reciclagem de crosta continental. O Complexo Águas Mornas é intepretado por estes autores como inliers do embasamento dentro do Batólito Florianópolis. Já em Basei et al. (2000), denomina como Águas Mornas uma Suíte que compõem o Batólito Florianópolis.

O Batólito de Florianópolis (BF)

O magmatismo orogênico e pós-orogênico está representado pelo Batólito Florianópolis, exposto em uma área com cerca de 200 km de comprimento por 60 km largura).Expressivo cinturão granítico de orientação E-NE ocorrente na porção leste de Santa Catarina. Este cinturão e continua sendo alvo de discussões na literatura. Entretanto a maior parte dos autores concordam com a predominância de magmatismo calcioalcalino nas primeiras manifestações magmáticas e alcalino nas finais para este batólito.

O Batólito Florianópolis foi divido em três suítes através de dados de campo, petrográficos e geoquímicos Basei et al. (2000), em Suíte Águas Mornas, Pedras Grandes e São Pedro de Alcantra.

Plútons graníticos deformados, migmatitos com predominância de leucossomas monzograníticas e mesossomas/paleossomas de composição máficas.além de ocorrerem rochas máficas com frequência. Foi atribuído através de datações U/Pb TIMS em zircão de titanita de 606±12Ma, com idades neoproterozóicas de cristalização, assim interpretado sua deformação como posterior a sua formação. O Águas Mornas é intrudido por granitos foliados e calcioalcalinos da Suíte Maruin , além de contatos por falhas com granitos foliados da Suíte intrusiva Pedras Grandes. Também apresenta contato por falhas com rochas matamórficas da Formação Queçaba Zanini et al. (1997).

Foram atríbudas através de datações U/Pb SHRIMP de 2.175±13 Ma para a cristalização do protólito e 592Ma ± 5 e 639Ma ± 13 para migmatização segundo Silva et al. (2000; 2005). Segundo Silva et al. (1987) interpreta que sua consolidação se deu no Arqueano/Proterozóico Inferior, que passou por intenso retrabalhamento durante os ciclos Transamazônicos e Brasiliano. Foi reconhecido três eventos deformacionais segundo Bittencourt et al. (2008) correlacionados a três eventos metamórficos regionais. O primeiro relacionado a geração de bandamento gnaissico e das injeções leucograníticas concordantes. O segundo é caracterizado por foliação milonítica identificada pela presença de quartzo fitado, micafish e porfiroclastos de k-feldspatos assimétricos. E o terceiro caracterizado pela geração de dobras decimétricas a métricas com caimento para SE e retrometamorfismo. Na área estudada apesar do nome do projeto ser Projeto Águas Mornas não teve grandes afloramentos desta unidade. Sendo a principal constituída por ortognaisse de bandamento milimétrico e regular, com bandas félsicas de coloração esbranquiçada, composta por plagioclásio e quartzo alternadas com bandas máficas composta de biotita. Foram encontrados intrusões leucocráticas ora concordantes ao bandamento e com espessura centimétrica , além de ocorrências na forma de xenólitos tabulares com contatos retos dentro de granitóides da unidade Granitóides Santo Antônio.

Suíte São Pedro de Alcântara compreendendo biotita granitóides cinzentos, de textura equi a inequigranular, fracamente deformados e apresentam frequentes inclusões dioríticas microgranulares. Tranini et al. (1978) os considerou como diatexitos granitóides, relacionados geneticamente aos migmatitos regionais. Diversos graus de deformação são atribuídos, com leve foliação desenvolvida sem um caráter indicado. É considerado de ponto de vista mineral e geoquímico tal magmatismo ao menos evoluído do batólito. Os diatexitos que intrudem o Complexo Águas Mornas são descritos em trabalhos anteriores como de Tranini et al.(1978) , após Basei et al. (1985) utilizou a designação de Suíte intrusiva São Pedro de Alcântara par reunir granitóides aflorantes na região de Ponta dos Cablocos, Santa Luiza-São Pedro de Alcântara e Angelina. Assim desta forma a Suíte Maruim aqui definida corresponde a Suíte São Pedro de Alcântara Basei (1985). A Suíte intrusiva Maruim compreendem quatro unidades litológicas , termo petrogréfico dominante e por um nome geográfico. Os termos magmáticos precoces, situados em geral nas porções marginais do batólito, são representados por tonalitos e quartzo-dioritos(Tonalito Forquilha) os quais evoluem granodioritos (Granodiorito Alto da Varginha), monzogranitos porfiríticos ( Granito São Pedro de Alcântara). Essa associação de rochas plutônicas comagmáticas é intrusiva no Complexo Águas Mornas, são comuns xenólitos angulosos de gnaisse englobados pelas fácies da Suíte intrusiva Maruim. Os contatos com o Complexo Queçaba e com granitóides da Suíte intrusiva Pedras Grandes são tectônicos Basei et al. (1985). Foram interpretadas como idade de cristalização através de razões 206Pb/238U de 608±7 Ma Silva et al. (2002). Na área de interesse o Complexo Forquilha compreende rochas de composição diorítica, tonalítica e quartzo diorítica. Há duas variedades entre os dioritos, um melanocrático de coloração escura, estrutura maciça e textura equigranular fina à média , são encontrados frequentemente enclaves nos Granitóides Santo Antônio e a porção e outra variedade mesocrática correspondente a um biotita diorito de coloração escura, estrutura maciça e textura equigranular média a grossa, as duas possuem relações mútuas com contatos retilíneos a difusos.

Já os

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