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A AÇÃO DOS AGENTES URBANO

Por:   •  29/1/2018  •  2.114 Palavras (9 Páginas)  •  421 Visualizações

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Figura 1: Mapa das regiões administrativas de Maceió

Lei nº 5.486/ 2005 (MACEIÓ, 2005), tem como condicionantes para a ocupação os limites físicos naturais: o oceano Atlântico, a Lagoa Mundaú e o aglomerado de grotas e encostas localizadas a nordeste da cidade.

O relevo da cidade é composto por três tipos: as planícies costeira e lagunar, os tabuleiros e as encostas. As planícies possuem altitude até 10 metros, os tabuleiros, por sua vez, variam de 40 a 110 metros e, por último, o desnível resultante dessa conformação, as encostas (MACEIÓ, 2009).

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Figura 2: Configuração da área urbana/rural do município de Maceió e relevo de sua área urbana.

Fonte: Código de Urbanismo e Edificações. Mapa 04, Relevo-declividade MACEIÓ (2007)

3. Metodologia

A pesquisa adotou uma metodologia que fosse capaz de fazer uma análise do surgimento das novas áreas de expansão da cidade de Maceió – AL, consolidadas através das ações do poder público focadas na implantação de infraestruturas que beneficie determinadas áreas da cidade. Foram realizados levantamentos bibliográficos acerca do tema, bem como foram utilizados dados da Secretaria Municipal de Planejamento – SEMPLA e Código de Edificações do Município de Maceió. Em campo, houve registros fotográficos buscando identificar os principais agentes envolvidos. Na pesquisa também foram usadas imagens de satélite da área, retiradas do Google Earth.

4. Resultado e discussões

4.1 Urbanização na Cidade de Maceió

A formação do núcleo urbano da cidade de Maceió aconteceu de início na planície litorânea, em suas partes mais elevadas e junto à enseada de Jaraguá, local onde havia muitos terrenos alagados que foram sendo drenados, aterrados e incorporados à cidade a partir do século XIX (CAVALCANTI; LINS, 2003). Ocuparam-se primeiro os bairros Centro, Jaraguá e Levada, em seguida, Bebedouro, Trapiche, Bom Parto, Poço e Mangabeiras (LOPES; JUNQUEIRA, 2005).

Os limites físicos e características do sítio natural de Maceió, o oceano Atlântico, a laguna Mundaú e o aglomerado de grotas e encostas, influenciaram a ocupação de seu território, contribuindo para a estratificação social entre os bairros. Lopes e Junqueira (2005, p. 20) esclarecem:

“os bairros de classes média e alta, que se formaram inicialmente junto à área central, deram

continuidade à malha urbana existente e produziram novas centralidades à beira mar e junto as

principais vias de acesso à cidade. Nas áreas de topografia acidentada, próximas ao centro, recortadas por encostas e grotões, de preservação ambiental e drenagem natural, passaram a abrigar as populações de baixa renda. Já os bairros localizados na periferia, no limite entre o campo e a cidade, com a forte presença de terras semi-agrícolas e agrícolas entremeadas de atividades urbanas, receberam grande número de conjuntos habitacionais populares que se expandiram sobre encostas e grotões da região.”

A partir de 1970, a realização de obras de infraestrutura na orla marítima leste de Maceió, com abertura e melhoria das vias de acesso e a construção de conjuntos habitacionais, resultam na preparação do lugar para a exploração econômica delineando a sua valorização enquanto área de investimentos de capitais imobiliário e comercial.

4.2 Os Agentes formadores do Espaço urbano e as modificações na cidade de Maceió-AL

O espaço urbano é produzido e modificado pelos agentes sociais, tais agentes estão em cada parte do espaço e são responsáveis por organizarem e reorganizarem a cidade. São cinco agentes sociais modeladores do espaço: os proprietários dos meios de produção (os grandes industriários), os proprietários fundiários, os promotores imobiliários, o Estado e os grupos sociais excluídos (CORREA, 2005).

Na cidade de Maceió – AL, são diárias essas modificações. A cidade possui oito regiões administrativas segundo dados da Secretaria Municipal do Planejamento – SEMPLA, porém, o presente trabalho abrange apenas duas ( RA – 5 e RA – 8) que contemplam parte do tabuleiro e da região da planície litorânea norte do município. A partir da atuação desses agentes, pode-se notar a importância dos mesmos na nova configuração do espaço urbano na região.

O Estado se faz/fez presente nessas modificações implementando novas vias estruturantes na região. Isso possibilitou novas condições de mobilidade, além de abrir novas áreas de expansão urbana na cidade. Entre 2012 e 2015, foram alguns empreendimentos rodoviários pela cidade. Dentre eles, os que contemplam a área de estudo deste trabalho são: 1- Av. Pierre Chalita 2- Av. Marcio Canuto 3- Av. Josepha de Melo.

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Figura 3: Av. Pierre Chalita

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Figura 4: Av. Josepha de Melo Figura 5: Av. Marcio Canuto

A avenida Pierre Chalita, com 6km de extensão, foi inaugurada no ano de 2012. Seu objetivo era ligar o bairro da Serraria (Conj. José Tenório) ao litoral norte (praia de Jacarecica). Já a nova avenida Márcio Canuto, inaugurada também em 2012, é uma ampliação da antiga avenida Rotary em direção a leste, possuindo no total 3km de extensão, facilitando a ligação entre os bairros do Farol ao Barro Duro. Esta foi posteriormente prolongada com um terceiro trecho de 2km até o litoral de Cruz das Almas, denominado avenida Josepha de Melo (parceria do setor publico com o setor privado).

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Figura 6: Av. Marcio Canuto, Josepha de Melo e Pierre Chalita. Imagens: Google Earth

Já existem outras propostas de infraestrutura urbana que encontram-se em projeto, algumas sem prazo para inicio das obras: 1) prolongamento da avenida Dique Estrada, contornando a laguna Mundaú em direção a Satuba; 2) duplicação da AL-101 Norte(Em execução); 3) duplicação da Via Expressa. É importante salientar que a duplicação da AL-101 Norte virá reforçar os interesses e expectativas do setor imobiliário para a área.

4.3 Novos

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