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Santo Agostinho - Breves Considerações Sobre o Livre Arbítrio

Por:   •  13/4/2018  •  1.233 Palavras (5 Páginas)  •  411 Visualizações

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Os governantes, por serem os responsáveis por manterem o Estado Democrático de Direito em ordem, devem atuar com retidão e usarem o livre-arbítrio de acordo com as leis de Deus, mas, quando não há sabedoria suficiente, os seres humanos acabam controlados por paixões inferiores e, acabam por fazerem mau uso de sua vontade, deixando o mal se alastrar pela sociedade devido o egoísmo formado por desejos mundanos.

Quando má vontade é empregada no livre-arbítrio, na gestão e gerenciamento de um país, é justo que ela possa ser freada por outro poder, ocorre que, quando os outros poderes também estão contaminados de más vontades, o povo sofre as consequências de um país doente, com fome, miserável e sem educação.

O assalto aos cofres públicos frequentemente deixa a sociedade em situação de penúria, pois, se formos analisar pelos preceitos de Santo Agostinho, não podemos dizer que o dinheiro, poderes e as leis são coisas do mal, pois, poder e formas de pagar necessidades e serviços (dinheiro), foram feitos por Deus, talvez não com esses nomes, mas sim, foram feitos por Ele, e, dadas ao homem, para terem um bom uso e ajudarem a sociedade. Mas, ao invés disso, quando o mau uso é aplicado, elas se tornam coisas más.

Santo Agostinho, encontrou a solução do mal na ideia nas teorias de Plotino: o mal não é um ser, mas a deficiência e privação do ser. Nesse sentido, ele encontrou três níveis de maldade:

- Metafísico – ontológico: não há mal no universo, mas sim graus inferiores do ser, em relação a Deus, esses graus dependem da finitude do criados e dos níveis dessa finitude. As pequenas coisas são momentos articulados de um grande conjunto harmônico.

- Mal moral: a causa da má vontade é deficiente. O ideal era seguir o bem supremo, mas por existirem bens criados pelo homem e finitos, os homens podem priorizar essa hierarquia terrena. Receber de Deus o livre-arbítrio é um grande bem. O mal está em fazer mau uso desse bem.

- Mal físico: doenças, sofrimentos, morte, dentre outros. É a consequência do pecado. A corrupção do corpo pesa sobre a alma.

Podemos concluir que, de acordo com as ideias de Santo Agostinho, nos reconectarmos com Deus, especialmente para os que vivem em pecado, é preciso buscar a fé interior, pois ela é o mundo divino; só existe o bem absoluto: Deus; o livre-arbítrio pode ser a salvação, mas também pode ser a maldição, pois, mesmo quando bem intencionado, podem ocorrer erros e ignorância e assim, gerar o mal e a injustiça.

Janaína Oliveira dos Santos

AGOSTINHO, Santo. O Livre Arbítrio. [Tradução, organização, introdução e notas Nair de Assis; revisão Honório Dalbosco. São Paulo. Editora: Paulus. 1995

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