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O Santo Agostinho

Por:   •  16/2/2018  •  3.474 Palavras (14 Páginas)  •  338 Visualizações

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“Mas tu amaste a verdade, porque aquele que a põe em prática alcança a luz. Também a quero pôr em prática no meu coração: diante de ti, na minha confissão, diante de muitas testemunhas, nos meus escritos.” (AGOSTINHO, 2008, pág 45).

Agostinho usava de seus escritos como uma maneira de colocar em prática a verdade, buscando atingir a luz, expondo seus conhecimentos e falhas para que assim fossem concertadas. Desta forma confessava o que é mau, pois desagradava a conduta e também suas benfeitorias glorificando a Deus, que era o grande autor das obras.

Tarefa 2

A psicologia junguiana é vista como imago termo para diferenciar a realidade objetiva de algo da percepção subjetiva da sua importância como consequência a experiência pessoa agregada as imagens arquetípicas do inconsciente coletivo. É como tudo que é inconsciente são experimentadas através de uma projeção. Jung considera que as imagens arquetípicas ou primordiais e as imagens anímicas são representações de sonhos ou algo dando manifestação do inconsciente, da personalidade intima e em alguns casos, em sua maioria, do animus ou da anima.

Agregando com as imagens e seus sentidos tem a importância do trabalho e desenvolvimento do conhecimento do inconsciente da imaginação ativa. Nas Confissões são bem mais presentes, as imagens que Agostinho faz de Deus em todos os momentos em que invoca mostrando sua relação com o relato acima. Deus para ele, é conhecido de forma que o homem se autoconhece e durante o processo as imagens que surgem do texto Confissões são de grande importância, caracterizadas no momento em que se está sendo vivida.

O processo de individualismo ocupa um lugar de maneira central na psicologia junguiana, tendo como o processo da diferenciação psicológica com a finalidade do desenvolvimento da personalidade individual. Essa individualização é um processo iniciado a partir do ideal arquetípico da totalidade e depende da relação vital que existe entre ego e inconsciente, onde Jung denomina de função transcendente obtendo um papel decisivo no processo de individuação. O objetivo não é impor acima da psicologia pessoal ou a perfeição e sim induzir a consciência da unidade da realidade psicologia, representando um lado das forças e limitações pessoas e outro lado obtendo uma visão mais ampla da humanidade e no mundo.

O processo de individuação quando ocorrida de maneira inconsciente leva a realização do self como uma realidade psíquica maior que o ego, porém este processo não se inclui de maneira a se poder dizer que alguém está de modo total individuado, o seu valor encontra-se naquilo que vai ocorrendo durante o mesmo processo.

Nota-se que pela analise já feita acima das Confissões de Agostinho, o que ocorre em sua vida é este processo de individuação até obter a consciência mais profunda que se pode alcançar de si próprio. O livro de Santo Agostinho demonstra um caráter psicológico em sua forma de escrita, revelando a ideia de essência nas coisas e de verdade, constituindo o nascimento do pensamento da razão moderna. Ele procura compreender como a alma funcionada, agregando a memória e espirito, a partir de uma introspecção, os exercícios que atualmente reconhecemos como experiências psicológicas, colocando a confissão como consumação da autoconsciência retornando a alma para si.

Agostinho propõe, através de sua escrita algo novo, a interiorização. A alma do ser indivíduo não pode ser sujeitada, deve-se conhecer suas faculdades internas para que assim se encontra a verdade. No texto a análise é feita da memória em si mesmo, explorando seus esquecimentos e lembranças, de maneira que como a memória atua para se lembrar do que foi esquecido um dia e se lembra de algo que esqueceu.

A memória é apresentada como um santuário amplo e sem limites, onde alojam-se as imagens das coisas que foram percebidas através dos sentidos, ficando armazenados tudo o que se pensa, sente que ainda não foi esquecido:

“Aí me encontro também comigo mesmo e recordo-me de mim, do que fiz, quando e onde o fiz, e de que modo fui impressionado quando o fazia. Aí estão todas as coisas de que eu me recordo, quer aquelas que experimentei quer aquelas em que acreditei”. (AGOSTINHO, 2008, p. 55)

Ao tocar no assunto da alma, refere à alma que existe no momento real, contribui-se para a ideia posterior associada de que deve ter uma consciência real de existência em si, para que se possa olhar o mundo ao redor. O autor considera que a alma é estrutura formada pelo tempo e historias que influenciam e são influenciadas pela constituição social, o que muitas vezes dificulta o viver do espírito e da humanidade do ser.

O exame de Agostinho foi buscando respostas, e com isso usou sua fé e a razão, procurando entender o seu interior. O corpo é um objeto diferente do espirito, porém são uma coisa única. O espirito, a alma e a memória ficam escondidos e guardados no íntimo, que já não é um lugar e sim a composição do homem:

“Pelo contrário, também algumas vezes, estando alegre, recordo-me da minha tristeza passada e, estando triste, da alegria. Isto não é de admirar a respeito do corpo: porque uma coisa é o espírito, outra o corpo. Por isso, não é de admirar-se se, alegrando-me, me lembro de uma dor do corpo passada. Neste ponto, porém, sendo o espírito também a própria memória – pois, quando mandamos fixar algum assunto de cor, dizemos: ‘Vê lá se o conservas no teu espírito’ e, quando nos esquecemos dizemos: ‘Não ficou no meu espírito’ e ‘Escapou-se-me do espírito’, chamando espírito à própria memória – sendo, pois, assim, porque é que quando, estando alegre, recordo a minha tristeza passada, o meu espírito sente a alegria, e a minha memória a tristeza e, estando o meu espírito alegre pelo facto de que nele há alegria, não está triste a minha memória, pelo facto de que nela há tristeza? Acaso a memória não faz parte do espírito? Quem ousaria dizê-lo? Portanto, sem dúvida que a memória é como uma espécie de estômago da alma, enquanto a alegria e a tristeza são como uma espécie de manjar doce e amargo [...]”. (AGOSTINHO, 2008, p. 60)

A alma, espírito e memória são o psicológico atual, essa introspecção são experiências psicologias de hoje. No livro aparece a ideia de essência nas coisas e verdade, nascimento e surgimento da razão moderna. Ao se constituir para você algo elaborado a alma deve ser elaborada também e não sujeitada. Se comunicar com que se tem interesse e vice e versa, são trocas que funcionam como formas de liberdade. Escrever é expor em presença.

Agostinho

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