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Resumo Crepúsculo dos Ídolos

Por:   •  7/5/2018  •  1.191 Palavras (5 Páginas)  •  312 Visualizações

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- COMO O "MUNDO-VERDADE" TORNOU-SE ENFIM UMA FÁBULA(História de um erro)

*Capítulo destinado a explicar porque a filosofia se equivocou em acreditar em um “mundo verdadeiro”

1- Para o virtuoso, o sábio, o mundo verdadeiro é ele mesmo, ele constitui a verdade.

2- O verdadeiro mundo prometido ao sábio, ao religioso, não é possível de ser alcançado no tempo presente.

3- O mundo indemonstrável, prometido(mas que não se pode prometer), é tanto um consolo como um imperativo para os que crêem.

4- O mundo-verdade é inacessível, portanto, desconhecido. Sendo desconhecido, como pode pode consolar, salvar ou obrigar a algo?

5- O verdadeiro mundo é algo supérfluo e sem utilidade, portanto é um ideia refutada que deve ser suprimida.

6- Abolindo-se o mundo-verdade, que mundo nos resta? O das aparências não, pois foi abolido junto ao mundo-verdade.

- OS QUATRO GRANDES ERROS

1- A confusão entre efeito e causa é considerado o erro mais perigoso para o autor. A partir dessa confusão nasce a perversão da razão. Tal erro foi santificado pelos humanos, e esta implicitamente presente nas concepções modernas de moral e religião. Nietzsche o exemplifica através dos legisladores da moral e classe sacerdotal, que através de livros e pregações, produzem uma dicotomia entre causa e conseqüência, limitando o livre-arbítrio da população. Segundo a religião devemos seguir certos preceitos e abominar outros, como forma de alcançar a felicidade, o que é tido para Nietzsche como o “O grande pecado hereditário da razão”. Em sua concepção, a degeneração do instinto e a falta de liberdade podem endossar a definição do mal, de uma vida precária.

2- O segundo erro faz referência à nossa crença em saber o que é uma causa, quando não sabemos de onde tiramos esse saber. Devemos ter consciência que o nosso pensamento é uma relação causal, que a vontade é a própria causa. Posteriormente, podemos assumir o “eu" como causa. A vontade pode ser considerada como um “fantasma" do nosso mundo interior, que não move nem explica mais nada. A antiga psicologia afirma que todo acontecimento é um ato, e todo ato conseqüência de uma vontade. A partir do momento que o homem projeta em si, três dados interiores(a vontade, o espírito e o eu), o ser tende a representar tudo de acordo com sua imagem e semelhança, espelhando o seu “eu" em todas as coisas.

3- O penúltimo erro é o das causas imaginárias. Tal erro diz respeito a nossa tendência de sempre querer encontrar razões para os nossos sentimentos e sensações. Não é suficiente vivenciar as sensações, temos a predisposição para buscar evidencias que justifiquem nos sentir de forma tal. A medida que sentimos, despertamos nosso instinto de causalidade, buscando muitas vezes na memória lembranças que nos remetam a atual situação que estamos vivenciando. Nietzsche explica psicologicamente esse fato, alegando que ao associarmos um sentimento desconhecido à uma causa conhecida, ficamos mais tranquilos, pois tudo que é desconhecido causa medo, incerteza; e qualquer explicação é melhor do que a ausência dela. Os domínios da moral e da religião podem ser explicados através desse erro, pois para os crentes, qualquer sentimento negativo é associado ao pecado, ao castigo; e qualquer sentimento positivo é associado à bonificação, a caridade divina, à gratificação. Desta forma, a moral e a religião se inserem na psicologia do erro, confundindo a causa com o efeito.

4- O último erro é o do livre-arbítrio, considerado por Nietzsche como a capacidade da teologia de culpabilizar as pessoas por atos supostamente contrários à moral divina. Tal doutrina foi inventada como forma de atribuir o direito da punição a sacerdotes,

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