Resumo de Marx - Um toque de clássicos

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- A ECONOMIA CAPITALISTA

O capitalismo é marcado pela troca do valor de uso pelo valor de troca. Segundo Marx, o capitalismo e marcado pelo uso de mão de obra assalariada, que acaba por reduzir o papel do ser humano, que é visto simplesmente como trabalhador. Este é alienado da produção e de si mesmo, pois, ao seguir o ritmo das máquinas, faz um serviço repetitivo durante 12, 14, 16 horas por dia; somente dorme, se alimenta e trabalha. Todo o seu papel intelectual é perdido e o excedente do seu trabalho é apropriado, restando a ele uma pequena fatia do que produziu, que em geral mal custeiam a sua subsistência.

- PAPEL REVOLUCIONÁRIO DA BURGUESIA

Marx afirma que a burguesia tinha no passado e no presente um papel revolucionário. Ela foi responsável pela definitiva quebra do sistema feudal, chegando ao seu ápice revolucionário durante a Revolução Francesa, que foi uma mudança drástica da antiga estrutura, abolindo as guildas, as relações feudais, debilitando o poder real e abrindo caminho à sua ação política. Também, ela e capaz de revolucionar incessantemente os instrumentos de produção.

- A TRANSITORIEDADE DO MODO DE PRODUCÃO CAPITALISTA

A sociedade capitalista, que saiu das ruínas da propriedade feudal, permaneceu e aumentou com a contradição de classes, entre proprietários e não proprietários. Assim, a classe dos trabalhadores industriais, como classe explorada, origina os novos “revolucionários”, que ao tomar consciência de sua situação social empunhariam as armas. A partir de então a propriedade privada seria abolida, iniciando-se um processo de fundação de uma sociedade em novas bases, que levaria ao comunismo, à ausência de propriedade; o avanço tecnológico criaria condições da existência do comunismo, que não é a distribuição da miséria mas, da riqueza.

- TRABALHO, ALIENACÃO E SOCIEDADE CAPITALISTA

Marx dá vários significados a alienação; diz que o “trabalhador relaciona-se com o produto do seu trabalho como algo alheio a ele, que o domina e lhe é adverso, (....), o trabalhador é alienado em relação as coisas”. O trabalhador no modo de produção capitalista perde o domínio do modo de produção, sendo reduzido, às vezes, a uma pequena tarefa, sem se identificar com o seu trabalho, é alienado em relação a si mesmo. O trabalhador, torna-se simplesmente estômago e trabalho, importando-se unicamente com o salário, que mal o sustenta. A sociedade capitalista seria uma maneira de desumanização do ser humano, seja pelas relações entre eles se tornarem simplesmente negócios, ou pelo fator da divisão do trabalho que faz com que o homem seja uma extensão das máquinas, fazendo atividades simples, sendo facilmente substituído por outra pessoa. São como peças da indústria que são facilmente alugadas e descartadas quando não cumprem mais o seu papel produtivo.

- REVOLUÇÃO

Cada sociedade possui em sua estrutura elementos contraditórios; a revolução se dá quando esses elementos vão se tornando dominantes, chocando-se com as estruturas econômicas e políticas vigentes, levando a classe oprimida a tomar o poder e modicar as relações de produção, bem como a estrutura e a superestrutura. Tal, ocorreu nas revoluções burguesas, onde a estrutura antiga não comportava a expansão das forcas produtivas, levando a ruptura do feudalismo e ao nascimento do capitalismo.

- COMUNISMO

O comunismo seria a fase em que ocorreria o fim da luta de classes, onde a tecnologia seria tão avançada que os recursos deixariam de ser escassos. Haveria a abolição da propriedade e da exploração de uns sobre outros, todos os laços e instituições burguesas teriam fim. Cada homem realizaria a atividade, ou atividades, que desejasse.

- CONCLUSÕES

A extensão do trabalho marxista, que mais tarde serviu para diversas áreas das ciências humanas, caracteriza a sua riqueza bem como importância. A aplicação do materialismo histórico talvez seja a maior “descoberta” dos marxistas pois, assim, conseguem explicar quase toda a história e as relações entre os homens e meios de produção.