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História da Filosofia

Por:   •  6/9/2018  •  1.810 Palavras (8 Páginas)  •  245 Visualizações

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2 Filosofia: uma weltanshauung racional

Para um entendimento significativo do pensamento mítico ao racional, faz-se necessária a compreensão de ambos através da antropologia e a arqueologia.

Segundo o pensamento mítico, o homem tem a divindade como a própria realidade. Já para o pensamento racional, o homem se vê diferente dos outros e tem sua relação com o divino mudada. Diante desta dicotomia, nota-se algumas transformações, as quais são designadas ao surgir uma “nova visão de mundo”.

A pólis e a política destacam-se ao tratar de tais mudanças. Na pólis, todos os interesses são discutidos e decididos diante de um debate, no qual prevalece a escolha da coletividade. A partir disso, nasce a política, excluindo o uso dos oráculos.

2.1 Conceitos de Filosofia

A etimologia da palavra Filosofia é “philia” (amizade, amor fraterno) e “sophia” (sabedoria), logo, amizade pela sabedoria.

Na concepção de Sócrates, a Filosofia assemelha-se ao trabalho da parteira, o qual favorece o nascimento da verdade na alma usando a maiêutica e a ironia. Já para Platão, a Filosofia é posta em forma de metáforas extraídas do mito da caverna, onde esta é o nosso mundo e os indivíduos nela contidos, os homens ignorantes. Segundo Hegel, a Filosofia não deve imaginar como o mundo deveria ser, mas sim limitar-se a explicá-lo.

2.2 Períodos históricos da Filosofia

Assim como muitas disciplinas, a Filosofia está classificada em períodos históricos, facilitando dessa forma, a compreensão da matéria. Conhecer a essência de cada período é de suma importância para compreender a Filosofia como um todo na contemporaneidade. A tabela a seguir, demonstra os períodos daquela e os seus principais filósofos:

Períodos

Subdivisões

Filósofos

Antigo

(Séc. VI-IV a.C.)

Pré-socráticos

Tales

Heráclito

Parmênides

Clássicos

Sócrates

Platão

Aristóteles

Medieval

(Séc. V-XVI d.C.)

Alta Idade Média

Santo Agostinho

Baixa Idade Média

Tomás de Aquino

Moderna

(Séc. XVII-XVIII d.C.)

Pensadores da conhecimento

teoria

do

R. Descartes

G. Leibniz

D. Hume

Pensadores políticos

T. Hobbes

J.J Rousseau

B. Montesquieu

Contemporânea

(Séc. XIX - XX)

Existencialismo Cristão

S. Kierkgaard

G. Marcel

K. Jaspers

Existencialismo Ateu

F. Nietszche

M. Heidegger

J.P Sartre

2.2.1 Período antigo

Surgem no período antigo dois momentos: o pré-socrático e o clássico. Neste a Filosofia amadurece, impulsionando-se ao longo da história. No pré-socrático, o pensamento vem à tona, com conceitos racionais fundamentais.

2.2.1.1 Pré-socráticos

Os filósofos pré-socráticos partem da razão e do mundo (gr.physis) para responder as perguntas básicas dos seres humanos. A verdade surgiria unicamente da razão e independeria de crenças ou divindades. Advinda disso, essa verdade deveria ser abrangente, universal e consistente. Esta também deveria responder pelo princípio da archê (fundamento de tudo).

Nesta classe temos subdivisões. Abaixo estão os principais filósofos pré-socráticos:

2.2.1.1.1 Jônios

2.2.1.1.1.1 Tales de Mileto (624/23 – 546/45 a.C.): água, o princípio (gr.archê) essencial

Tales foi o primeiro a escrever sobre a existência, o desenvolvimento das coisas e sobre a ciência da natureza. Ele concluiu que a água é o princípio essencial de tudo.

2.2.1.1.1.2 Anaximandro (610/09 – 547/46 a.C.): ápeiron, o indeterminado determinante

De acordo com ele os elementos básicos: ar, fogo, terra e água representam as forças primordiais. Assim, o ápeiron é algo abstrato e não se fixa diretamente em nenhum elemento palpável da natureza, “mas tudo inclui e tudo governa”.

2.2.1.1.1.3 Anaxímenes (585/84 – 528/24 a.C.): aéron, princípio e consumação

Para Anaxímenes, o elemento primordial é o ar, do qual as coisas resultam e ao qual retornam por um duplo movimento de condensação e rarefação.

2.2.1.1.2 Eleatas:

2.2.1.1.2.1 Parmênides (515 – 440 a.C.): o ser é, o não-ser não é

Acredita que o ser deve ser único, imutável, sem variações e eterno. E se só este existe, então, ele deve sempre existir. Parmênides opta pela certeza de que a razão se produz por meios lógicos e dedutivos. 2.2.1.1.3 Atomistas:

2.2.1.1.3.1 Demócrito (460 – 370 a.C.): átomo, a menor unidade da matéria

Demócrito concluiu que tudo é constituído

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