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Filosofia da Educação

Por:   •  22/2/2018  •  7.313 Palavras (30 Páginas)  •  250 Visualizações

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Porém, sair do estado aporético exigia que o interlocutor abandonasse os seus pré-conceitos e a relatividade das opiniões alheias que coordenavam um modo de ver e agir e passasse a pensar, a refletir por si mesmo. Esse exercício era o que ficou conhecido como maiêutica, que significa a arte de parturejar. Como sua mãe, que era parteira, Sócrates julgava ser destinado a não produzir um conhecimento, mas a parturejar as ideias provindas dos seus interlocutores, julgando de seu valor (a parteira grega era uma mulher que não podia procriar, era estéril, e por isso, dava a luz aos corpos de outra fonte, avaliando se eram belos ou não). Significa que ele, Sócrates, não tinha saber algum, apenas sabia perguntar mostrando as contradições de seus interlocutores, levando-os a produzirem um juízo segundo uma reflexão e não mais a tradição, os costumes, as opiniões alheias, etc. E quando o juízo era exprimido, cabia a Sócrates somente verificar se era um belo discurso ou se se tratava de uma ideia que deveria ser abortada (discurso falso, errôneo).

Assim, ironia e maiêutica, constituíam, por excelência, as principais formas de atuação do método dialético de Sócrates, desfazendo equívocos e deslindando nuances que permitiam a introspecção e a reflexão interna, proporcionando a criação de juízos cada vez mais fundamentados no lógos ou razão.

- Pautando-se no Mito da Caverna, explique a teoria de Platão sobre o mundo sensível e o mundo inteligível.

Platão em seus estudos conheceu e se aprofundou nas teorias de dois dos maiores filósofos pré-socráticos, Heráclito de Éfeso e Parmênides de Eléia. Antagônicas entre si, Platão reconheceu certo acerto na filosofia de ambos os filósofos e procurou resolver o problema criando sua própria teoria. De Heráclito, Platão considerou correto as percepções do mundo material e sensível, das imagens e opiniões. Para ele, a matéria era algo imperfeito, em constante estado de mudança.

Concluiu, no entanto, que Parmênides também estava certo ao exigir que a Filosofia se afastasse desse mundo sensível, para ocupar-se do mundo verdadeiro, visível apenas ao puro pensamento. Com um toque de seu mestre Sócrates, de quem Platão aproveita a noção de logos, está criada a teoria platônica e a distinção dos mundos sensíveis e inteligíveis. Platão afirma haver dois mundos diferentes e separados: 1) o mundo sensível, dos fenômenos e acessível aos sentidos; e 2) o mundo das idéias gerais (inteligível), "das essências imutáveis, que o homem atinge pela contemplação e pela depuração dos enganos dos sentidos". Platão, assim, tenta superar a oposição de Heráclito à mutabilidade essencial do ser e a posição de Parmênides, para qual o ser é imóvel, relacionando o mundo das idéias ao ser parmenídeo e o mundo dos fenômenos ao devir heraclitiano.

Para explicar melhor sua teoria, Platão cria no livro VII da República o mito da Caverna, segundo o qual imagina uma caverna onde estão os homens acorrentados desde a infância, de tal forma que não podem se voltar para a entrada e apenas enxergam uma parede ao fundo. Ali são projetadas sombras das coisas que se passam às suas costas, onde há uma fogueira. Platão afirma que se um dos homens conseguisse se libertar e contemplar a luz do dia, os verdadeiros objetos, ao voltar à caverna e contar as descobertas aos companheiros seria dado como louco. No mito podemos associar os homens presos à população e o homem liberto a um filósofo. Os homens presos conhecem apenas o mundo sensível, já o liberto conheceu a verdadeira essência das coisas, conheceu o mundo das idéias. Marilena Chauí define o pensamento socrático, para quem "o mundo sensível é uma sombra, uma cópia deformada ou imperfeita do mundo inteligível das idéias ou essências".

O mundo material, assim, somente se torna compreensível através da hipótese das idéias, mas tal afirmativa deixa em voga um problema, já que a existência do mundo das idéias não basta a si mesmo. É necessário admitir um conhecimento das idéias incorpóreas que antecedem o conhecimento fornecido pelos sentidos, que por sua vez, somente alcançam o corpóreo. Platão procura responder este problema no "Mênon", quando explica que o intelecto pode aprender as idéias porque ele é, também, como as idéias, incorpóreo. A alma, antes de prender-se ao corpo, teria contemplado as idéias com os deuses. Com isso Platão afirma a imortalidade. Daí, no entanto, surge outro problema, que o próprio Platão levantou no diálogo "Parmênides".

Se a imortalidade liga a alma às idéias, como explicar o relacionamento entre as formas e os objetos físicos, entre o incorpóreo e o seu oposto, o corpóreo? A relação entre as formas e os objetos físicos que lhe são correspondentes é a outra grande questão levantada por Parmênides. Platão procura resolvê-la através das noções de participação (por exemplo: um animal só é um animal enquanto participa da idéia de animal em si) e a de imitação, mas ele próprio cria diversas objeções a essas noções, muitas das quais serão usadas por filósofos posteriores, incluindo seu discípulo Aristóteles.

- Explique a contribuição de Aristóteles para a educação.

Aristóteles defendia uma educação para formação do indivíduo, desenvolvendo a ética e ciências, para ele todo ser humano tem condição de alcançar um estágio elevado na educação. A contribuição de Aristóteles é referente principalmente na valorização de cada ser em sua capacidade individual e na valorização da ética, porém ambos viam na educação a grande mola que pode modificar toda a sociedade, política entre outros meios da sociedade formando homens éticos, sábios e virtuosos.

- Argumente sobre a filosofia na Idade Média.

Período bastante influenciado pelo pensamento socrático e platônico (conhecido aqui como neoplatonismo, vindo da filosofia de Plotino). Ocupou-se em discutir e problematizar Questões Universais. É nesse período que o pensamento cristão firma-se como "Filosofia Cristã", que mais tarde se torna [Teologia].

- Sintetize as principais contribuições de Descartes, Bacon, Locke, Rousseau e Kant para a educação.

A substancialização do sujeito, em Descartes, reduz o corpo a uma extensão física e que não contribui positivamente na busca da verdade. A garantia da existência das coisas, do mundo, nos é dada pela substância pensante que se reconhece através dos seus modos e de suas ações como sendo a afirmação

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