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Filosofia

Por:   •  22/5/2018  •  2.956 Palavras (12 Páginas)  •  279 Visualizações

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. Karl Marx (Século XIX) : “Os filósofos até agora só fizeram interpretar o mundo de diversas maneiras: trata-se agora de transformá-lo.”

. Gilles Deleuze e Félix Guattari (séc. XX): A Filosofia é a arte de criar, fabricar e inventar conceitos. Para eles a própria interpretação, ou seja, a criação de conceitos já é uma intervenção no mundo. O conceito é um reaprendizado do vivido, uma resignificação do mundo.

. Hannah Arendt (séc XX) – Para Arendt, filosofar é assumir uma lucidez desesperada, colocar em dúvida qualquer verdade, afrontar–se com o novo.” Segundo Arendt, a “dominação totalitária rompeu o fio da continuidade histórica e, estilhaçando a própria idéia de humanidade, nos obriga a imaginar novas categorias políticas.[...] A partir de então, a filosofia não pode mais ser uma visão de mundo. Ela não detém mais o poder de revelação. As idéias se tornaram, no melhor dos casos, simples valores, sendo submetidas a uma reavaliação constante. Até mesmo o conceito de verdade se torna duvidoso. Mas a filosofia nem por isso está morta numa sociedade onde o céu das idéias, outrora claro e límpido, escurece a cada dia.” ( Laure Adler, Nos Passos de Hannah Arendt, p. 372 e p.381)

. Karl Jaspers (séc XX) – “...filosofar é dar esperança e tentar reunir os fragmentos de um mundo pós-catástrofe.” (Laure Adler, Nos Passos de Hannah Arendt, p.372)

.De uma maneira geral, a Filosofia está relacionada com reflexão em torno dos elementos da realidade, com busca e questionamento e sua função é beneficiar a vida do homem.

. Características da reflexão filosófica: ser radical, rigorosa e de conjunto.

A reflexão filosófica difere de outras formas de pensar. Reflexão deriva do termo latim reflectere que significa fazer retroceder, voltar atrás. Refletir é retomar o próprio pensamento, pensar o já pensado, voltar para si mesmo e colocar em questão o que já se conhece. Por isso a Filosofia não é um pensar qualquer, é uma reflexão . Quando vemos nossa imagem refletida no espelho, há um “ desdobramento” da nossa figura, pois estamos aqui e estamos lá; no reflexo da luz, ela vai até o espelho e retorna. Mas ela também não é qualquer reflexão. A reflexão precisa ser radical, rigorosa, e de conjunto. O professor Dermeval Saviani explica: Radical: é quando exige-se que o problema seja colocado em termos radicais, entendida esta palavra no seu sentido mais próprio e imediato. Quer dizer, é preciso que se vá as raízes da questão , até seus fundamentos. Em outras palavras, exige-se que se opere uma reflexão em profundidade. Rigorosa: Em segundo lugar e como que para garantir a primeira exigência, deve-se proceder com rigor, ou seja, criticamente, segundo métodos determinados, colocando-se em questão as conclusões da sabedoria popular e as generalizações que a ciência pode ensejar. De conjunto: Em terceiro lugar, o problema não pode ser examinado de modo parcial, mas numa perspectiva de conjunto, relacionando-se o aspecto em questão com os demais aspectos do contexto em que está inserido. É neste ponto que a filosofia se distingue da ciência de um modo mais marcante. A maneira pela qual se faz rigorosamente essa reflexão varia conforme a orientação do filósofo. (Dermeval Saviani)

. O objeto da filosofia: a vida, a morte, o ser, a natureza, a ciência, a política, a ética, a liberdade e tudo que faz parte do arranjo existencial.

. As perguntas características da atitude filosófica são: Por quê? Qual o sentido? Qual o significado?

. A filosofia não deve ser confundida com a ciência.

A ciência era parte da filosofia, mas ela somente firmou-se como um saber autônomo, a partir do século XVII. A partir desse período, a Filosofia continua tratando da mesma realidade apropriada pelas ciências, mas ela busca considerar o seu objeto do ponto de vista da totalidade. À física cabe investigar o movimento dos corpos; à biologia, a natureza dos seres vivos; à química, as transformações substanciais, e assim por diante. Com a ciência há uma fragmentação do saber, cada ciência se ocupa de um objeto específico e o seu método é marcado pela observação e pela experimentação. A ciência faz com que a Filosofia fique esvaziada? Não, porque a Filosofia continua tratando dessa mesma realidade, só que a ciência trata essa realidade de forma especializada e a F. jamais renuncia a totalidade de seu objeto. Isto não nega o papel do especialista , nem o valor da técnica , mas queremos dizer com isso, que o saber especializado , sem a devida visão de conjunto leva à exaltação do “discurso competente” e às conseqüentes formas de dominação. Saber o que é ciência , o que distingue este conhecimento de outros, o que é o método, qual a sua validade, não é da alçada da ciência. O cientista pode até dedicar-se à essas questões, mas nesse momento deixa de ser cientista e passa a ser filósofo. Sendo assim, a Filosofia não faz juízos de realidade, como a ciência, mas juízos de valor. Por isso, filosofar é dar sentido à experiência.

1.3.Para que Filosofia?

. O que é ser útil? – Para Bentham útil é o que possibilita maior grau de prazer em detrimento da dor. Na atualidade útil é o que possibilita maior sucesso, traz dinheiro, fama, que apresenta uma resposta imediata, que tem um valor pragmático, que tem uma utilidade imediata. Nesse sentido, a filosofia não tem utilidade.

. Por outro lado, a Filosofia permite o homem surgir como um ser de projeto.

. O filosofar sempre se confronta com o poder, não devendo sua investigação estar alheia à ética e à política.

. A função da filosofia é desvelar o que está encoberto pelo costume, pelo convencional, pelo poder. Portanto, ela é uma crítica da ideologia.

.O próprio trabalho da ciência pressupõe a Filosofia.

. “ Qual seria, então, a utilidade da Filosofia? Se abandonar a ingenuidade e os preconceitos do senso comum for útil; se não se deixar guiar pela submissão às idéias dominantes e aos poderes estabelecidos for útil; se buscar compreender a significação do mundo, da cultura, da história for útil; se conhecer o sentido das criações humanas nas artes, nas ciências e na política for útil;se dar a cada um de nós e à nossa sociedade os meios para serem conscientes de si e de suas ações numa prática que deseja a liberdade

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