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Antropologia - É no lento que a vida acontece

Por:   •  1/10/2018  •  1.163 Palavras (5 Páginas)  •  286 Visualizações

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O medo do vazio se tornou característica do cotidiano das pessoas justamente por conta da vida corrida e ocupada a qual estão submetidas, simplesmente pelo medo de ficarem sem fazer nada. Podemos tomar como exemplo os domingos e feriados, pois a maioria das pessoas reservam estes dias para descansarem da semana árdua e cansativa que tiveram e, paralelo a isso, aparece um sentimento triste e negativo conhecido como tédio. Em busca de extinguirem de si este sentimento, tentam se ocupar com qualquer atividade, sendo comparadas às máquinas que estão sempre perfeitas, lubrificadas, e em trabalho contínuo.

Assim, é notável uma certa competição entre os homens e as máquinas, pois elas exercem papéis melhores e mais rápidos do que eles, seus próprios criadores. Essa obsessão de tentar agir como uma máquina faz com que as pessoas não aproveitem a vida como deveriam e, ao mesmo tempo, entrem em um ciclo de regressão se distanciando cada vez mais de seus objetivos.

Além disso, pessoas que estão atarefadas o tempo todo não conseguem se focar em nada, pois são tantas as coisas que o indivíduo se compromete a fazer que sua mente até tenta se concentrar nas tarefas, mas seu corpo e sua alma não consegue focar em nenhuma delas, fazendo as coisas sem vontade e sem qualidade.

No entanto, a ansiedade está relacionada com todas as coisas citadas anteriormente, pois o ritmo de vida da sociedade tem gerado indivíduos cada vez mais consumistas e competitivos, com grandes exigências quanto ao seu desempenho e sua própria imagem. Viver ansiosamente passou a ser uma condição de existência para o ser humano e, por consequência, uma pessoa ansiosa é, na maioria das vezes, estressada, pois não aguenta a vida pouco agitada e lenta das pessoas não-ansiosas e se irritam facilmente. Um bom exemplo, assim como citado no livro, é no trânsito, pois os que dirigem ansiosamente pressionam, forçam, põem em risco a vida dos que preferem andar à uma velocidade mais devagar, além de considerarem um absurdo um carro superpotente trafegando à uma baixa velocidade.

Portanto, é possível concluir que a população moderna aproveita muito menos a vida do que a de décadas atrás. Os nossos antecessores não se ocupavam com qualquer coisa por conta de medo do vazio, eles não possuíam este medo, e realizavam suas atividades e tarefas com muito mais calma, aproveitando cada segundo de seu tempo. Já hoje em dia, fazer coisas o tempo todo é estar morto por dentro, pois devido a correria do dia-a-dia a vida passa tão rápido que ninguém percebe e muito menos aproveita como deveria. Concluímos então que é extremamente necessário que a sociedade regrida e viva como antigamente para aprender a aproveitar a vida, ou melhor, aprender que é necessário perder tempo para viver.

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