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A obra Prometeu Acorrentado de Ésquilo

Por:   •  19/4/2018  •  3.523 Palavras (15 Páginas)  •  236 Visualizações

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A obra “Electra” de Eurípedes

Eurípedes foi um importante poeta da Grécia Antiga que nasceu em 485 a.C. na ilha grega de Salamina e morreu em 406 a.C. na cidade de Pela (Macedônia).

Ao lado de Sófocles e Ésquilo, Eurípedes é considerado um dos grandes poetas trágicos gregos, sendo o mais jovem dos três grandes representantes, e cujas obras são as que mais se aproximam do gosto moderno. Em suas peças, Eurípedes abordou questões psicológicas, mitos e a tragédia dos vencidos.

Embora seja o poeta dramático grego que mais influencia o teatro moderno, Eurípedes despertou polêmicas em sua época, sendo declarado blasfemo e sofista.

Foi um homem que estava fora de sintonia com a maioria das pessoas, pelo fato de ser um livre-pensador, humanitário e pacifista num período que se tornou cada vez mais intolerante e enlouquecida pela guerra. Eurípedes chegou à conclusão de que a Atenas havia mudado com o tempo, tornando-se rica, poderosa e cosmopolita em virtude de seu comércio e imperialismo, e, portanto, mais hipócrita e sensível a críticas.

Por isso, no final de sua vida decidiu abandonar Atenas e ir para Macedônia. Onde foi recebido com honrarias na corte do rei Arquelau, tendo uma morte trágica, já que, pela tradição, teria sido despedaçado, acidentalmente, pelos cães de caça do rei.

Durante o século IV a.C as suas obras foram muito reconhecidas por todas as partes do mundo. As características marcantes de suas obras são: os diálogos vívidos, a linguagem coloquial, as discussões que frequentemente envolviam técnicas sofísticas, os cantos corais curtos e de grande beleza lírica, o prólogo explicativo e a divisão das peças em cenas e episódios.

De acordo com estudiosos, estima-se que escreveu 95 peças trágicas. Porém, apenas 18 chegaram até nossa época. Dentre elas, temos “Electra”.

Nessa obra, a história começa com Agamêmnon retornando vitorioso da guerra de Tróia. Ao chegar ele é recebido por sua esposa, Clitemnestra. A rainha, sua esposa, se une a Egisto, seu sobrinho, porque não suporta a ideia de perder a filha Ifigênia que é sacrificada a deusa Ártemis devido a uma atitude desrespeitosa do rei, que se gabara de caçar uma corça reservada para a deusa. Desesperada, ela trai Agamêmnon e o atrai para uma armadilha onde Egisto o mata.

Após a morte de Agamêmnon, seus filhos (Orestes e Electra) começaram a serem perseguidos. Orestes escapa de ser morto ao ser salvo por um velho que havia sido preceptor de seu pai. E Electra é forçada a se casar com um trabalhador numa tentativa de deixá-la “fora de circulação” e evitar que pudesse gerar um descendente nobre que viesse a vingar pela morte de Agamêmnon.

Depois de um tempo os irmãos se reencontram e não se reconhecem, mas, mesmo assim, Electra acolhe Orestes em sua casa. Eles conversam muito e Electra conta sobre as condições de sua vida até que com a ajuda do preceptor de Agamêmnon que os irmãos se identificam. Eles retornam a Argos e planejam uma vingança, com ajuda do preceptor, contra o rei atual, Egisto, e a esposa Clitemnestra (a própria mãe).

Orestes vai ao encontro de Egisto no campo e chagando lá segue o plano de matar o rei. Electra é informada por um mensageiro da morte de Egisto quando já estava desesperada para saber se o plano havia dado certo. Orestes retorna levando o corpo de Egisto.

Orestes hesita na ideia de ter que matar a própria mãe, mas Electra insiste que a vingança seja completada e Pílades o lembra de que a ordem tinha sido dada pelo deus Apolo. Clitemnestra é atraída pela notícia de que Electra havia dado à luz, ao chegar à casa da filha tenta justificar o assassinato de Agamêmnon, mas Electra contradiz seus argumentos. Clitemnestra, então, é assassinada por Orestes. Pouco antes de deixar o corpo, a rainha confessa que sempre amou a filha, mas não podia assumir seus sentimentos, pois tinha que protegê-la das intenções assassinas do amante.

Electra e Orestes se arrependem profundamente do que fizeram e devido a isso serão julgados. Um dos representantes do júri é o seu tio Menelau, mas o tio está contra os próprios sobrinhos e em uma atitude desesperada Electra e Orestes ameaçam matar Helena (esposa de Menelau) e sequestrar Hermíone (filha de Menelau e Helena).

Porém surgem os Dióscuros, irmãos de Clitemnestra, que são deuses vindos do céu para organizar as coisas, ordenando Orestes a casar Electra com o seu amigo, Pílades (filho mais velho do soberano Estrófio), e que depois vá de Argos para Atenas, pois as Erínias, entidades responsáveis pela punição dos homens, irão persegui-lo. Em Atenas, Orestes é julgado, porém sabe que será perdoado pelo voto de Atena, pois os Dióscuros já o haviam avisado, e durante as votações o júri se divide igualmente em um grupo a favor e outro contra, então a deusa Atena interferi dando inocência a Orestes. Ao longo do julgamento, Electra permanece ao lado de Orestes até a sua absolvição.

Depois do ocorrido, Orestes vai junto com Pílades, para Táurida a procura de uma imagem esculpida de Ártemis. Ifigênia é encontrada viva e todos partem para Micenas.

O final da história mostra o casamento de Orestes com Hermíone e de Electra com Pílades.

As implicações éticas, estéticas e políticas presentes nos textos de Ésquilo e Eurípedes

A obra “Prometeu Acorrentado” de Ésquilo traz, como personagem principal, Prometeu que roubou o fogo de Zeus e o deu aos homens. Como castigo por seu crime foi acorrentado à um rochedo no topo de uma montanha, onde permanece firme e não pensa na possibilidade de se curvar e pedir perdão à Zeus.

Sua prisão isolada enfatiza sua personalidade diferenciada, não sendo um criminoso qualquer para ficar em um simples cárcere. A altura da montanha serve para representar sua grandeza.

A sua obstinação diante do doloroso e pesado castigo, dá à Prometeu um caráter heroico. Ele não abre mão de seus princípios e não se arrepende de ter entregue o fogo à humanidade. A qual, por meio da chama, recebeu uma espécie de elemento transformador do pensamento e da atitude humana, evitando o conformismo diante das adversidades e incitando o desenvolvimento científico. Os tirando das trevas da ignorância em direção à luz da sabedoria. Considerado benfeitor da humanidade, com esse seu ato de rebeldia, salva os homens do destino de aniquilação, pretendido por Zeus.

Esse deus, na obra, é um tirânico poderoso que castiga Prometeu,

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