A Importância da Filosofia na Educação
Por: Rodrigo.Claudino • 3/1/2018 • 3.514 Palavras (15 Páginas) • 295 Visualizações
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A filosofia não deve ser somente entendida como mais uma matéria, mas como uma contribuição essencial para a compreensão das outras disciplinas, tanto quanto para o “exercício da cidadania”.
Neste sentido a filosofia deve ir para as salas de aula, funcionando como um local para “o pensar”, conhecer e arriscar-se em criar e descobrir novos conceitos. Assim, pode-se atribuir a filosofia uma identidade em meio ao contexto educacional brasileiro, envolvendo-se em um processo interdisciplinar e pedagógico.
Para o Dr. Sílvio Wonsovicz;
A filosofia deve integrar todo processo de conhecimento do ser humano. Se for aplicada desde a infância, a pessoa terá melhores condições de entender os fatos que acontecem no mundo, as consequências das ações e os possíveis resultados que podem ocorrer no futuro.
A filosofia da Educação acaba sendo uma disciplina que serve para cumprir uma obrigação curricular, sem que ela desempenhe seu verdadeiro papel. Esta análise implica em uma reflexão sobre o papel do professor de filosofia da educação, aquele que é o condutor do processo dialético e complexo da formação dos educadores no Brasil. Também, passamos a refletir em que sentido podemos começar a envolver mais os alunos nesta disciplina, sem torná-la uma matéria antiga e sem sentido para o aprendizado.
Antônio Gramamsci propõe uma escola preocupada com a formação da sociedade e, para ele, professor medíocre é o que consegue tornar os alunos instruídos mas, não torna-los cultos! Em uma sociedade como a nossa, em que os padrões são invertidos e o modelo de sucesso é estrutura econômica e financeira, a implantação de projetos na área da educação para a filosofia, pode representar muito mais do que mudanças na vida de nossos estudantes.
Quando falamos em novos métodos ou formas de Educação, assim como os PCN’s, há um retorno explícito a uma visão moralista medieval, ou seja, a ética dos temas transversais passa a ser, em nossa época, uma serva do atual sistema. Aparece na escola mais como requinte do que propriamente um referencial de análise dos problemas da Educação.
A concepção de filosofia da educação dos PCN’s contempla a ideia de que o homem deve adaptar-se à realidade sócio histórica de nossa geração. O homem não se realiza, vive para realizar a vontade do sistema em que está inserido. O que percebemos é uma contradição entre as propostas dos PCN’s e a estrutura real de nossas instituições de ensino.
Desta forma, o homem só conhece a realidade na medida em que cria a própria realidade humana e se comporta antes de tudo como ser prático. A escola atual faz extremamente o contrário; o homem não é visto como resultado da práxis humana, mas como uma mera reprodução dos ideais capitalistas. A concepção que norteia a escola atual é aquela que olha o homem como ser abstrato, portanto é idealista.
A Filosofia da educação passa a ser uma disciplina que não é capaz de gerar um debate profundo dos problemas educacionais que estamos vivendo na atualidade. A pluralidade das indicações bibliográficas é outro retrato na elaboração dos programas; demonstra uma variedade de leituras que na verdade não se juntam, não há conexão entre elas. Esta postura muito genérica revela uma preocupação para o pesquisador: Há comprometimento da análise em não se adotar uma postura clara e definida.
Há duas coisas que aliam às propostas de Filosofia da Educação; a primeira é o conteúdo, a forma como eles são apresentados e a ausência de clareza no seu projeto; o segundo é o método, pois os programas não demonstram claramente os caminhos que os professores seguirão para chegar a seus objetivos. O método é exatamente a adoção de uma concepção de filosofia que norteará o fazer pedagógico em sala de aula.
2.2- ESCOLA NO BRASIL
Há um notável paradoxo na educação no Brasil. Enquanto alguns alunos tem escolas de alto nível, com professores preparados e capacitados, outros não tem nem a infraestrutura para estudar, quanto mais professores motivados e capacitados para o trabalho. Que reflexo de educação com padrões tão baixos no ensino e em todos os aspectos! De que forma viveremos daqui a alguns anos, com alunos com tão baixo rendimento? Falamos, nós, no sentido de quer precisaremos de profissionais para assumirem, com competência, o mercado de trabalho. Desde o médico, advogado e professor. Qual será a qualificação de tais profissionais? No Brasil, existem hoje, cerca de mais de 10 mil salas de aulas nas escolas públicas que necessitam de reparação. O Banco Mundial diz que vamos ter mais 10 milhões de novas salas de aula com necessidades de reparos, já em 2015, espalhadas por mais de 100 países.
E realmente, salas de aula têm pouco evoluído nas últimas décadas, talvez um vídeo projetor aparafusado ao teto, tem sido o que de mais moderno apareceu em nossas escolas.
A diretora Débora Vaz comenta em entrevista à ISTOÉ: “Nada é mais tradicional do que a aula "cuspe e giz", aquela que só depende da fala do professor para se concretizar. Mas a tecnologia está fornecendo cada vez mais recursos para turbinar o que acontece na escola e deixar o dia a dia dessa geração de crianças tão digitais, mais próximo de sua realidade. Aliados poderosos, como a projeção tridimensional, facilitam o ensino de temas intrincados, como reações químicas ou demonstrações de leis da física. Já existem no mercado, por exemplo, diversos softwares que apresentam os conteúdos didáticos do currículo proposto pelo Ministério da Educação. Pode-se desenvolver material para todas as disciplinas com interatividade, usando capacetes e luvas que transmitem o movimento dos alunos.”
O nosso país é o país de contrastes, enquanto as escolas de uma rede privada em Curitiba implantam nas escolas um tablete para cada aluno. As escolas públicas em Belém, não tem carteira para as crianças sentarem e muito menos caderno para que escrevam.
É inegável a realidade dentro da Escola Orlando Bittar em Belém, uma escola bem localizada, próximo à principal avenida de acesso ao Centro de Belém. As carteiras estão sempre deterioradas e sempre mal organizadas. Os banheiros sem condições de uso e as salas de aulas estão caindo aos pedaços. Quando procurados pela equipe do Jornal local, informaram que a verba de mais de 6% oferecida pelas instituições federais da Cidade foram investidos em novos livros. Sabemos da importância dos livros para os alunos, eles são fundamentais para o aprendizado. Mas, sem boas condições para que possam
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