A FILOSOFIA E AS ESTRATÉGIAS DO DIÁLOGO

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Estamos sugerindo que as abordagem da educação na área das ciências que devem proporcionar ao estudante uma orientação preliminar no próprio empreendimento cientifico devem, por sua vez, fornece incentivos que motivem as crianças a se aplicarem na atividade cientifica e proporcionar um conjunto de hábitos de trabalho que combine suas inclinações criativas e imaginativas com seus próprios desejos de pensar de uma maneira disciplinada e ordenada a respeito do mundo.

ALIMENTAR O DIÁLOGO FILOSÓFICO

Podemos ter boas discussões a respeito de qualquer assunto em contraste com discussões sem objetivo ou superficiais. Uma boa discussão não precisa envolver todos os presentes. Uma boa discussão não se dá, necessariamente, apenas porque muitos participantes estão falando e expressando suas ideias. Nem se pode dizer com satisfação que se teve uma boa discussão só pelo fato de a classe ter polarizado ou porque alguns participantes se enfrentaram uns aos outros.

Conseguir que os estudantes se envolvam num diálogo filosófico é uma arte. E como em qualquer arte, um pouco de conhecimento é um pré-requisito, nesse caso, o professor dever saber quando intervir ou não numa discussão.

OBTER PONTOS DE VISTA OU OPINIÕES

Depois de as crianças terem lido história, podemos perguntar-lhes o que encontraram de interessante e, a medida em que a classe for fazendo comentário, é conveniente escrevê-los no quadro-negro e verificar com eles até que ponto está correta a representação escrito de suas ideias. Essa série de pontos interesse torna-se, então, o plano de trabalho para a discussão.

AJUDAR OS ESTUDANTES A SE EXPRESSAREM: ESCLARECER E REFORMULAR

Todos nós temos tendências manipuladores das quais podemos, ou não, estar conscientes e, em geral, elas surgirem quando nos esforçamos para fazer com que os outros acreditem naquilo que acreditamos, tentando persuadi-los de que o que estão querendo dizer é exatamente o que gostaríamos de ouvi-los dizer. Mas a obrigação do professor é ajudar as crianças a expressarem o que pensam, mesmo que o que elas pensem não seja o que o professor gostaria que fosse.

EXPLICAR OS PONTOS DE VISTA DOS ESTUDANTES

O professor pode querer mais do que simplesmente ajudar os alunos a esclarecerem seus pontos de vista, reformulando-o. o professor pode querer explorar não só o que eles dizem, mas também o significado do que eles dizem.

Ao dirigir uma discussão filosófica, é muito importante estar consciente não só do que está sendo dito, mas de como os vários membro da classe interpretam o que está sendo dito. A interpretação é uma questão de encontrar os significados por meio da descoberta do que está implicado ou sugerido no que alguém expressa.

Durante uma discussão filosófica é útil levantar questões a respeito da coerência. No geral, o professor deveria ser cuidadoso ao pedir definição, porque corre o risco de transformar uma discussão num simples debate sobre definição.

As crianças aprendem lógica ao mesmo tempo em que aprendem linguagem. As regras da lógica, assim como as da gramática, são adquiridas quando as crianças aprendem a falar. Se dissermos a uma criança bem pequena ‘se você fizer isso você apanha’, pressupomos que acriança entende que ‘se não quero apanhar, eu não devo fazer isso’. Esta pressuposição geralmente está correta.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho nos possibilitou um esclarecimento detalhado da proposta do ensino de filosofia com crianças pensada pelo seu precursor Matthew Lipman. Apesar de ter sido elaboradas as metodologias de ensino, bem como os recursos e um currículo específico que pudessem levar a filosofia a ser ensinada nas séries iniciais do ensino fundamental, bem com ter pensado na formação dos professores para atuarem neste ensino, percebemos que existem alguns limites e desafios a serem superados.

Porém isso não quer dizer que seja impossível levar as crianças a terem um contato com a reflexão filosófica desde cedo, pois muitos são os que se dedicam em estudar esta proposta para encontrar meios de superar os desafios enfrentados por ela.

O caminho para superar os desafios é longo, mas com a escolha de um currículo adequado atrelado de bons recursos didático e uma boa formação dos professores, acreditamos que o ensino de filosofia terá grandes resultados, principalmente na formação da moral e dos valores das crianças.

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