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A FILOSOFIA E A PÓLIS

Por:   •  15/5/2018  •  3.569 Palavras (15 Páginas)  •  277 Visualizações

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e da unidade de todos os habitantes do continente ático, das ilhas do Mar Egeu e do Peloponeso onde se praticava o idioma grego.Em suas obras aparecem relatos sobre as guerras realizadas por guerreiros na conquista de Ílion e acontecimentos que seguem posteriormente no retorno de Odisseu e seus companheiros para casa.A sociedade grega passa de cidades-estadosa metrópole de um grande império por Alexandre o Grande, que por sua vez acaba conquistado por Roma. A língua grega torna-se conhecida por diversos povos, servindo para a difusão e troca de informações. Foi nas polis gregas que se produziu um grande número de intelectuais em várias áreas de conhecimento. Grandes nomes da filosofia se destacam, dentre eles, Demócrito, Aristóteles,Sócrates e Platão em vários setores do conhecimento humano.

Na idade medieval, entre os séculos V e XV, a filosofia se desenvolveu na Europa durante a Idade Médiasobre influência da Igreja Católica em variadas áreas de conhecimento. Temáticas relacionadas à religião predominam as discussões filosóficas da época. No período que segue após a queda do Império Romano a religião parece e a Igreja começa a ganhar soberania. Nos mosteiros, os monges permanecem sendo os que sabiam ler já que nem mesmo os servos e nobres o sabiam. Portanto, questões voltadas à religião aparecem como forma de defender a fé dos cristãos e fazer com que muitos, assim, se tornem. Deste modo, dentro desta realidade social, a filosofia, mesmo sendo diferente a da teologia, passa a buscar esclarecimentos voltados e estudados para esta com uma tentativa de poder fazer a conciliação entre fé e razão. A filosofia medieval pode, então der dividida em duastendências que são fundamentais para a forma de compreensão das reflexões da sociedade naquela época. São elas: filosofia patrística e filosofia escolástica. Cabe salientar que não iremos nos aprofundar sobre estas questões, no entanto, elas são fundamentais para a compreensão da importância da filosofia como busca do conhecimento, que é contínuo, atuando juntodas maisvariadas realidades e abordagens sociais, por ser na polis o local que encontra um grande espaço de atuação e reflexão, objetivo cujo qual nos atentaremos no decorrer deste estudo.

Iniciando no século III, a Filosofia Patrística tem por base as reflexões voltadas as relações entre a fé e a ciência bem como a vida moral, alma e a natureza de Deus. Santo Agostinho apresenta-se como a figura principal, cujo pensamento atribui a verdade como algo que é infundido no homem por Deus. Desta forma, a filosofia patrística teve a sua importância naquele momento por trazer suas contribuições reflexivas em torno da consolidação do papel da Igreja e da propagação de variados conceitos e ideais cristãos, dentre eles, o pecado, o juízo final, a criação do mundo por Deus.

A Filosofia Escolástica, entre os séculos IX ao XV, traz consigo reflexões sobre a apresentação da Igreja como condutora dos seres humanos a salvação. Neste momento vários princípios filosóficos gregos são retomados. A utilização dos conhecimentos greco-romanos se mostrava como meio de entender e explicar as revelações religiosas pertinentes ao cristianismo. Dentre os principais representantes: Anselmo de Cantuária, Albertus Magnus, São Tomás de Aquino, John Duns Scotus e Guilherme de Ockham. No século XII começam a surgir as universidades – de Paris, Oxford, etc - que propiciam pela Europa um terreno de reflexões filosóficas. Em muitas vezes o pensamento de alguns autores ao chegar na Europa aparecia com deformações por passar por várias traduções. Deste modo, a Igreja incialmente condenou o pensamento aristotélico, mas com a tradução de Santo Tomás de Aquino, diretamente do grego, o pensamento de Aristóteles é recuperado com adaptações ao cristianismo. A filosofia, nesse momento era um instrumento que auxiliava o trabalho da teologia. A partir do século XIV a escolástica passa por influencias diante do pensamento então filosófico e científico onde dogmas são contrários as reflexões,impedindo a liberdade das pesquisas e investigações.

Segundo Aranha e Martins (1993), perpassando na história da humanidade e da própria filosofia encontram-se as mais variadas formas de interpretação e reflexão das relações sociais em diversas situações da realidade, cada qual em épocas específicas. Com o intuito de apresentar a importância da filosofia nos diferentes momentos históricos, apresentamos até aqui uma abordagem sucinta à seu respeito uma vez que o objetivo maior, em demonstrar a relação da filosofia e a polis não pode deixar passar acontecimentos histórico-filosóficos tão importantes que couberam a filosofia a discussão de conceitos, métodos, valor de conclusões e a variedade de interpretações em torno do homem. Assim, a filosofia apresenta interdisciplinaridade no que concerne a construção do saber que possibilita a origem de profissionais que estudam variadas partes do todo. As análises são feitas de forma crítica e criam um saber sobre o mundo. Neste sentido, apresentaremos aqui como a filosofia se origina no seio da polis grega e como sua constituição ainda é fundamental para a geração do saber nas cidades atuais.

2.Filosofia e a Pólis

A filosofia grega se desenvolve em meio a um contexto histórico de esplendor da própria Grécia. Segundo Spinelli (2006) os filósofos fizeram com que a Grécia se tornasse uma nação com suas contribuições para o desenvolvimento cultural, da língua grega bem como das instituições.

“Ao mito, eles sobrepuseram o logos, à tirania, o governo das leis, aos antigos costumes, um novo êthos aglutinador e pacificador da vida cívica, se bem quenunca houve paz no mundo grego, e tampouco na filosofia. Nos dois casos, o conflito sempre foi a regra.” (SPINELLI, 2006, p. 12)

Cabia, pois, aos filósofosna cidade Estado a responsabilidade pela educação dos cidadãos. Para os filósofos gregos a política era considerada como a parte reacional da vida onde haveria a justiça e felicidade. O sábio filósofo era percebido como a parte mais alta da vida cabendo a ele a construção e reflexão de conceitos que contribuíssem para a melhoria da política nas cidades.

Desde a sua origem a Filosofia se ateve, também, a reflexões políticas à partir da criação de teorias que explicassem tanto a sua origem como suas finalidades. Alguns dos primeiros filósofos conhecidos como pré-socráticos desempenhavam papéis de legisladores e chefes políticos de suas cidades. Os gregos acreditavam que a política tinha por objetivo a justiça dentro da comunidade. Com o surgimento da política, as explicações míticas foram se afastando. Apolis, para os sofistas,

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