TVE RS - RESENHA - ANÁLISE - UCS

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Ao que se percebe, apesar da intenção do Governo Sartori em extinguir a Fundação Piratini (mantenedora da TVERS e da FM Cultura), tais emissoras têm potencial para desenvolver a comunicação institucional do Estado, além da promoção jornalística e cultural. A autora conclui que a TVE precisa se aproximar dos gaúchos, adotando o modelo transmedia de produção e veiculação de conteúdo.

O grande entrave para o desenvolvimento dessa televisão pública é a falta de pensamento estratégico de comunicação e a política em demasia. Novamente, como em diversas entidades sociais, não existe um plano de governo para a comunicação pública, isto é, a comunicação não é prioridade, é, muitas vezes, um descarrego, uma “porta de banheiro”. Portanto, concluo que existe a demanda de uma comunicação institucional, cultural e jornalística, que precisa de investimento e planejamento. A música erudita citada como exemplo pela autora, serve muitas vezes como “tampão” à agenda cultural ou ao jornalismo aprofundado.

Os fatos precisam de apuração, e uma emissora pública precisa investigar e aprofundar os fatos. No entanto, a falta de gestão e planejamento para a comunicação acabam sucateando os recursos técnicos e impossibilitando o trabalho da hipertelevisão. Se o setor público não consegue, que a iniciativa privada, as ONG’s e demais instituições culturais, políticas e religiosas possam dar corpo à reestruturação da TV pública do Rio Grande do Sul. O caminho para a convergência é regido pela tendência do transmedia. Contudo, essa cultura só é feita com investimento e credibilidade. Quem investe? Quem acredita? Nessa seara, convergência precisa estar longe da ingerência política e ideológica.

Felipe Michelon Padilha é acadêmico do 7º semestre de jornalismo na Universidade de Caxias do Sul, tendo atuado como repórter no jornal Correio Riograndense. Atualmente é assessor de imprensa do vereador Alberto Meneguzzi, na Câmara do referido município.