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IMPLANTAÇÃO DE CURSOS DE MBA DE HARVARD NA COLÔMBIA

Por:   •  19/12/2018  •  1.455 Palavras (6 Páginas)  •  341 Visualizações

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2.2.2 No Exterior

Segundo estudo realizado pelo Instituto Americano de Educação Internacional, a Colômbia é o terceiro país latino-americano que envia mais estudantes para o exterior. Este cálculo inclui viajantes para fazer programas de idiomas, estudar o colegial e programas de graduação e pós-graduação. Para Jorge Otero, diretor executivo da Study Union, uma agência de promoção de estudos no exterior, os motivos pelos quais os colombianos preferem estudar no exterior têm a ver com o reconhecimento internacional que as universidades estrangeiras têm: "Comparando o nível acadêmico das universidades colombianas, de qualidade reconhecida, com as internacionais, estão muito parecidas, mas a diferença pode ser dada nos títulos, porque se pensa que o diploma de uma universidade como Yale ou Harvard vale mais, porque são conhecidos em todo o mundo, ao contrário das instituições colombianas, para as quais o reconhecimento é local. Os alunos que saem, fazem isso procurando esse reconhecimento internacional".

2.3 Importância do MBA no mercado de trabalho

Estudo realizado em 2014 entre a Universidad Javeriana e Hays que analisa as características dos CEOs de 5.600 médias e grandes empresas na Colômbia, mostra que a prevalência de MBA entre os principais executivos das organizações ainda é muito baixa. Apenas 21% dos CEOs das empresas pesquisadas possuem MBA, em comparação com 39% com especialização e 17% com apenas graduação. Esta porcentagem ainda é muito baixa quando comparada com a Índia, onde 30% dos CEOs de grandes empresas têm MBA, ou com os Estados Unidos, onde 29% têm um grau mais elevado em gerenciamento (MBA). Isso confirma que os executivos da Colômbia ainda estão mal treinados, necessitando melhorar seu treinamento para tornarem-se competitivos como empresa e como país. A OCDE garante que 79% das mulheres e 99% dos homens com estudos de mestrado ou doutorado são empregados, enquanto 13,7% dos adultos que não completaram pós-graduação estão sem emprego.

2.4 Convênios e parcerias locais

A Critertec, empresa de tecnologia colombiana, usa a tecnologia de ponta e o entusiasmo dos estudantes para transformar a educação tradicional em Bogotá. "Em 2015 fui à Nova York para o World Business Forum e isso mudou minha vida. Depois de ouvir várias conferências de empreendedores internacionais respeitados, entendi que o empreendedorismo deveria ter uma função social, um impacto positivo na sociedade", disse Sebastián Moreno, gerente geral da empresa.

Oito empresas nacionais estão associadas à Escala de Educação, de modo que 230 de seus funcionários podem juntos economizar até US $ 25.000 por mês, que são deduzidos em suas folhas de pagamento e destinados a uma conta fiduciária. Para promover a conta e a continuidade dos negócios, eles oferecem aos funcionários até 100% do valor que economizaram, duplicando assim o valor que estes podem investir no ensino superior de seus filhos. Os funcionários também recebem descontos de até 70% no valor da mensalidade em 32 universidades em Medellín, Bogotá e Cartagena.

2.5 Concorrências

Conforme citado anteriormente, apesar da similaridade do nível acadêmico entre as instituições colombianas e internacionais, a formação estrangeira ainda apresenta maior peso curricular, atraindo grande parte dos interessados em MBA. Outra forma de concorrência ocorre com as demais opções de pós graduação. Luis Fernando Jaramillo, diretor da escola de negócios da Inalde Business School, pertencente à Universidade de La Sabana, falou durante o fórum de MBA para profissionais que mudaram o país em 2016 e assegurou que "3% dos profissionais do país têm mestrado e não MBA, porque o MBA é o quinto desses mestres". Jaramillo mencionou um estudo de mercado realizado pelo Inalde, no qual destaca a falta de cultura do MBA na Colômbia. Isso também destaca que os profissionais acreditam que precisam de uma especialização em finanças antes de realizar o MBA.

3. Conclusão

A demanda por cursos de MBA na Colômbia ainda é muito baixa. De acordo com Carlos Alberto Casas Herrera, professor do Centro de Pesquisa e Formação da Universidade de Los Andes, "de 100 estudantes que entram na escola primária da Colômbia, apenas 40 chegam até o 11º ano [ensino médio]. Destes, dez entrarão na universidade e somente cinco se formarão". Entre os que se formam, pouquíssimos avançam os estudos em pós graduação e, os que o fazem, dão preferência a outros tipos de especialização ou preferem estudar no exterior. Esta baixa valorização do MBA no país está clara no fato de que os "Profissionais colombianos que possuem MBA não alcançam 1%", conforme afirmação de Luis Fernando Jaramillo.

4. Sugestões

O país já discute alterações na legislação, o que permitiria a implantação de instituições de ensino com fins lucrativos, aumentando significativamente o número de pessoas graduadas e, consequentemente, a demanda por cursos de MBA. Porém, ainda não existe uma perspectiva para quando isso irá de fato ocorrer. Neste tempo, outros países da própria América Latina podem representar um melhor investimento à Universidade de Harvard, sendo necessário um estudo aprofundado individual.

5. Referências

OLIVEIRA, José Paulo Moreira de; MOTTA, Carlos Alberto Paula. Os tipos de textos técnico mais utilizados – Relatório Informativo. In: ______ . Como escrever textos técnicos. São Paulo: Thomson Learning, 2007. P.101 – 102. (adaptado)

http://www.oecd.org/edu/education-at-a-glance-19991487.htm

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