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Um toque de clássicos

Por:   •  24/10/2018  •  3.271 Palavras (14 Páginas)  •  288 Visualizações

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O termo Sociologia foi concebido pela primeira vez por Comte, que tornou-se então fundador da nova ciência que deveria ter como método o positivismo. Influenciado pelo método de ciências físicas e naturais a teoria evolucionista norteou a visão da sociologia e antropologia que realizavam comparação entre a organização social e um organismo, ou seja, um darwinismo social baseado no progresso orgânico da sociedade, o maior expoente dessa abordagem sociológica foi Spencer.

Já a obra de Marx, não estritamente sociológica, traz compreensões sobre a vida social ao analisar como o trabalho realizado pelo homem resulta em sua existência social.

Foram as teorizações e sistematizações de Marx, Durkheim e Weber que possibilitaram a incorporação acadêmica da sociologia como disciplina, assim a sociologia se configura pelo entendimento temporal dos fatos, estando aberta para novos objetivos e a discussão entre diferentes formas de compreensão dos questionamentos de cada época.

ÈMILE DURKHEIM

Tânia Quintaneiro expõe, ao longo de trinta e cinco páginas, as concepções de Durkheim. Para tanto aborda os seguintes tópicos: a especificidade do objeto sociológico; o método de estudo da sociologia segundo Durkheim; a dualidade dos fatos morais; coesão, solidariedade e os dois tipos de consciência; os dois tipos de solidariedade; os indicadores dos tipos de solidariedade; moralidade e anomia; moral e vida social; religião e moral; e teoria sociológica do conhecimento. Os apontamentos de Quintaneiro são finalizados com uma conclusão onde os desdobramentos das reflexões de Durkheim são expostos.

Brevemente os tópicos podem ser expostos conforme se segue abaixo.

A especificidade do objeto sociológico: a delimitação da sociologia como uma ciência que estuda a origem e o funcionamento das instituições.

O método de estudo da sociologia segundo Durkheim: o conhecimento dos fatos sociológicos deve acontecer empiricamente.

A dualidade dos fatos morais: ao mesmo tempo que as regras morais são coercitivas, ou seja, exercem autoridade sobre os indivíduos são também pelos sujeitos, desejadas.

Coesão, solidariedade e os dois tipos de consciência: a coesão social através da divisão do trabalho, a solidariedade podendo ser mecânica ou orgânica, e a consciência discriminada como coletiva ou particular.

Os dois tipos de solidariedade: expressam a organização social e a segmentação do trabalho.

Os indicadores dos tipos de solidariedade: como as regras e as pessoas se referenciam.

Moralidade e anomia: a moralidade exercida pelas instituições, possibilitando a coesão social, uma sociedade sem coesão entra em um estado de anomia social.

Moral e vida social: a moral como forma de preservar a integridade dos membros de determinada sociedade.

Religião e moral: a religião como forma de representar a moralidade de uma sociedade.

A teoria sociológica do conhecimento: função e causa dos acontecimentos a partir da dinâmica social.

De origem francesa mas, residente na Europa Durkheim foi responsável por solidificar a sociologia como ciência e disciplina acadêmica, influenciando seus teóricos sucessores. Seus antecessores foram Saint-Simon e Comte, ambos responsáveis pelo surgimento da escola filosófica positivista.

Considerada um desdobramento do iluminismo o positivismo busca descrever de forma geral a especialização, desta forma Comte mantinha uma visão ampla diante das particularidades sociais que estavam surgindo, procurando encontrar as leis gerais que relacionavam os fenômenos. A partir de tais concepções Comte inaugurou a física social que fomentou o aparecimento da sociologia.

O contexto histórico que permeou suas ideias foram a Revolução Francesa e Industrial, como toda revolução a Francesa e Industrial geraram profundas modificações sociais e econômicas.

A sociologia constituía-se aos moldes das ciências naturais por meio de estabelecimento de relações entre os fatos observados encontrando em Durkheim um intelectual que se debatia com outros pensadores dentre eles o teórico Spencer, mesmo com uma postura crítica Durkheim fomentava o diálogo da sociologia com outros campos de saber e suas reflexões pautavam-se no positivismo onde a evolução da sociedade ocorreria progressivamente.

Durkheim delineou a especificidade do objeto sociológico, definindo-o como estudo dos fatos sociais. A sociedade considerada como tendo existência particular expressa nos fatos sociais que possuem origem na coletividade sendo uma síntese deste; a sociedade é considerada como um ser orgânico que age, pensa e sente.

Os fatos sociais expressam representações produzidas pela cooperação ao longo do tempo e espaço, possuindo assim autoridade sobre seus membros, isso explica o porquê da totalidade contida na sociedade não poder ser encontrada em apenas um indivíduo bem como a consciência individual ser diferente da coletiva. Os fatos sociais podem ser menos sólidos, como os movimentos coletivos, ou já serem sedimentados como os códigos morais.

Uma sociedade sem leis ou em desordem configura-se em uma sociedade anomica. A coerção é o controle sobre os indivíduos e a sociedade o faz através da coação física, com o uso por exemplo da força policial; coação moral, exercida por leis e suas sanções e coação psicológica expressa dentre outras formas pelo isolamento social. A coerção é projetada no indivíduo ainda na infância sendo a educação uma forma para moldar os sujeitos, possibilitando a assimilação e a aceitação da coerção.

O processo educacional se constitui como meio para que os fatos sociais sejam internalizados pelos sujeitos e que estes passem a integrar sociedade emitindo os mesmos comportamentos por ela preconizados. Quando um indivíduo tenta burlar um fato social, como a lei ou idioma sofre dos outros membros coerção ou punição para enquadrar-se. Os fatos sociais são passíveis de transformação mas, quanto mais o fato servir de coesão social mais difícil fica sua modificação; o fato social é externo, geral e coercitivo.

Fato social é uma realidade independente, pré-existente e condicionante, ou seja, é externo ao homem e independe da ação deste. Todos estão sujeitos aos fatos sociais, as gerações anteriores e posteriores

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