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UM TOQUE DE CLASSICOS - Marx,Durkheim,Weber

Por:   •  7/6/2018  •  2.057 Palavras (9 Páginas)  •  407 Visualizações

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As primeiras reflexões mais sistemáticas sobre a sociedades se deu decorrente da revolução industrial, iniciada na Inglaterra no ano de 1750, onde surgem os novos grupos sociais; a burguesia e o proletariado, neste contexto se consolida um novo tipo de estrutura social; o modelo capitalista e paralelamente a ele, instaura-se a modernização da agricultura, que impulsiona o êxodo de famílias que buscavam por melhores condições de vida e de trabalho.

Concomitantemente a esse processo ocorre o crescimento de forma desordenada das cidades, e começam a aparecer os problemas da urbanização sem planejamento nem estrutura, como a fome, a falta de saneamento, doenças, alta taxa de criminalidade, etc. Porem essas situações atingiam quase que prioritariamente os menos abastados financeiramente, esta condição foi sendo amenizada somente próximo do século XVIII, com o advento das revoluções industrial e agrícola na Inglaterra.

As péssimas condições de trabalho, aliada a cargas horárias absurdas entre outros fatores foram responsáveis pela baixa expectativa de vida dos trabalhadores que em sua maioria não ultrapassava os 20 anos de idade, neste contexto crianças trabalhavam com jornada de trabalho igual a de adultos, distinguindo-se apenas no que se referia ao salário que em geral, constituía de metade do salário de um adulto. Essa situação somente teria uma “melhora” nas fabricas têxteis na Inglaterra a partir de 1933, proibindo crianças de trabalharem no período noturno, para que esse tempo fosse utilizado nos estudos.

Ocorrem também neste período importantes mudanças na instituição familiar, em questões por exemplo no que diz respeito ao controle das propriedades por parte das mulheres e autonomia dos filhos. Com a modernidade, os casamentos por escolha mútua passam a surgir com mais frequência e a infância e adolescência começam a ter reconhecimento.

É neste contexto que surgem associações e organizadas por parte dos trabalhadores que começam a se rebelar contra as arbitrariedades excessivas, forjando com isso novas formas de relações sociais, que carecem de compreensão. Neste sentido, Quintaneiro et al, destaca que “O esforço para entender as causas e os prováveis desenvolvimentos das novas relações sociais motivou a reflexão que veio a cristalizar-se na Sociologia”.

Os principais antecedentes intelectuais da sociologia, um dos subitem que compõe a introdução, corresponde as mudanças no pensamento, no plano das ideias. Em linhas gerais, a reforma protestante foi um acontecimento importantíssimo, ao contestar a autoridade e intolerância da igreja, amplia-se o olhar crítico do indivíduo e consequentemente contribui para sua emancipação quanto a autoridade social e da igreja. Acreditar no poder da razão e na forma de pensar trouxe a ele uma conquista de direitos e autonomia frente as instituições.

Essas, entre outras mudanças estão relacionadas com o surgimento da sociologia visto as constantes transformações sociais que vinham acontecendo e que trouxeram crises e desordens na organização da sociedade, o que levou alguns filósofos a refletir sobre as suas consequências, como o positivista Saint Simon, que concluiu que os fenômenos sociais estavam sujeitos às leis. Para Comte, a desordem não podia mais andar ao lado da sociedade industrial em expansão, necessitando superar o estado das coisas, baseado na razão.

Assim, a sociologia observa os fenômenos que se repetem nas relações sociais, bem como explica a importância que estes eventos têm na vida da sociedade e dos homens.

É neste sentido que as autoras destaca que foi com Karl Marx, Émile Durkheim, e Max Weber que a sociologia e seus fundamentos como ciência foram institucionalizados, se consolidando como disciplina acadêmica e ciência, surgindo na intenção de compreender as novas formas de sociedade, suas organizações, bem como sua estruturação.

A partir deste ponto, tendo como base a compreensão do contexto em que emerge definitivamente a sociologia, passaremos a descrever os apontamentos defendidos por Durkheim.

Durkheim

Émile Durkheim foi um pensador sociológico de origem francesa de acordo com Quintaneiro “ ...foi um dos pensadores que mais contribuiu para a consolidação da Sociologia como ciência empírica e para a instauração no meio acadêmico..”

O texto vem organizado em itens que constituem a trajetória de vida e de pensamento de Durkheim :Introdução; a especificidade do objeto sociológico; O método de estudo da sociologia segundo Durkhrim; A dualidade dos fatos morais ; Coesão, solidariedade e os dois tipos de consciência; Os dois tipos de solidariedade; Moral e vida social ; Religião e Moral ; A teoria sociológica do Conhecimento , Conclusão e Referencias.

Na introdução a autora traz as principais referência do autor que em meio a uma Europa conturbada pela guerra, usou a revolução francesa e revolução industrial, bem como Saint-simon e Comte, na construção de seus pensamentos ,que mais tarde repassaria a teoria sociológica Durkheimiana, que evidenciou a crença que as pessoas progridem no sentido do seu aperfeiçoamento controlado por uma força inabalável: a lei do progresso.

Durkheim recebe também a influência filósofos, tais como Kant, Darw, entre outros, porem essas influencias já não agregavam mais significados aos seus pensamentos. Para o autor a consciência racional moderna não exclui o diálogo com outros aspectos da vida social (história, economia, psicologia, etc.) Mas destaca os limites dos fatos sociais presentes nessas áreas do conhecimento.

No item que denomina-se – A especificidade do objeto sociológico observa-se que segundo Durkheim (1974) a sociologia era composta de todo produto comportamental instituído pela coletividade, onde seu objeto de estudo seriam os “fatos sociais”. Para obter a comprovação dos fatos sociais se faz necessário a internalização dos mesmos através de processo educativo, e se esses fatos sociais necessitam ser transmitidos por meio de aprendizagem é porque são externos ao indivíduo.

Dando sequência o segundo item aborda o Método de estudo sociológico segundo Durkheim que em linha gerais aborda como a sociologia deveria conduzir suas investigações, fatores como relações de causa e efeito, fatores demográficos entre outros deveriam ser considerados pois os fenômenos coletivos variam segundo a constituição dos substratos sociais.

A dualidade dos fatos morais é o terceiro item e expressa essa questão da existência de sentidos distintos de um mesmo conceito, como expressado em uma citação feita pela

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