TÓPICOS DE PESQUISA-AÇÃO

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acerca dos seminários relata:

"O seminário centraliza todas as informações coletadas e discute as interpretações. Suas reuniões dão lugar a “atas”. Com as informações reunidas, e dentro da perspectiva teórica adotada. O seminário elabora diretrizes de pesquisa (hipóteses) e diretrizes de ação submetidas à aprovação dos interessados, que serão testadas na prática dos atores considerados".

Desta forma, as sessões dos seminários podem perpassar as diversas fases em que se encontra a pesquisa fornecendo subsídios e norteando ações posteriores, dando suporte a fase de “divulgação dos resultados”, a qual de acordo com os preceitos do referido autor configura-se a fase final do processo em questão.

Dentro desta temática, Barbier (2002, p.115) propõe a pesquisa-ação como uma estrutura em espiral considerando a constante reflexão sobre a ação, além da multireferencialidade de acordo com o contexto vivido. Desta forma reforça a importância do espaço e tempo dentro de determinada situação ressaltando as práticas, valores sociais e a confiança na possibilidade de mudanças. Com isso Barbier (2002, p.119- ) estabelece quatro temáticas centrais considerando métodos da pesquisa-ação:

- A identificação do problema e a contratualização, refere-se aos aspectos voltados ao problema e a situação, considerando a dimensão espaço temporal do contexto em questão, além da esperança no que refere a mudanças. A contratualização diz respeito às funções de cada um, enquanto equipe e sujeito individual, além dos encargos financeiros, limites físicos e simbólicos.

- O planejamento e realização em espiral diz respeito aos processos de conflitos e mediações de ação, que são permeados de interpretações e re-elaborações.

- As técnicas de pesquisa-ação abordadas pelo referido autor são observação participante e o diário. Esta primeira diz respeito especialmente a Observação Participativa Ativa (OPA), onde o observador atinge um status dentro do grupo e a Observação Participativa Completa (OPC) quando o observador já era membro do grupo antes de iniciar a pesquisa. O diário de itinerância é objeto de registros sistemáticos da trajetória do sujeito e do grupo, onde inicia-se com um rascunho evoluindo para um diário mais elaborado, comentado e com a proposta de socialização ao grupo.

- A teorização, avaliação e publicação dos resultados consta de um processo sistemático e de retroalimentação de informações, resultados e divulgação.

Observa-se que em todo o processamento da pesquisa-ação consiste num aprofundamento da realidade local e do mundo percebendo as interações, dificuldades e potencias do contexto estudado. Daí a importância de se questionar, analisar e descrever o fenômeno investigado observando os fatos sociais e a influencia destes no quotidiano do contexto atual.

Thiollent (2005, p. 18) a pesquisa-ação:

"[...] encontra um contexto favorável quando os pesquisadores não querem limitar suas investigações aos aspectos acadêmicos e burocráticos da maioria das pesquisas convencionais. Querem pesquisas nas quais as pessoas implicadas tenham algo a dizer. e a .fazer.. Não se trata de simples levantamento de dados ou de relatórios a serem arquivados. Com a pesquisa-ação os pesquisadores pretendem desempenhar um papel ativo na própria realidade dos fatos observados".

Referências:

THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa-ação. 6ª ed. São Paulo: Cortez, 1994.

BARBIER, René. A pesquisa-ação. Tradução de Lucie Didio. Brasília: Plano Editora, 2002.