Resumo do livro - O Manifesto Comunista Karl Marx
Por: Sara • 25/12/2018 • 2.368 Palavras (10 Páginas) • 530 Visualizações
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A burguesia não existe sem constantemente revolucionar os instrumentos de produção, e por consequência os modos de trabalho, as relações de produção e com isso, todas as relações sociais. A burguesia contribuiu muito para a urbanização, atraindo pessoas para a cidade em busca de trabalho ao mesmo tempo que limita cada vez mais a dispersão dos meios de produção e da propriedade, concentrando-se cada vez mais as propriedades privadas em poucas mãos.
Surge também com o desenvolvimento da burguesia sua classe antagônica , classe do proletariado, os operários modernos o qual trabalham para o aumento do capital burguês, são de certa forma obrigados a vender sua força de trabalho, são como mercadorias, e como tal estão sujeitos oscilações da concorrência e todas as variações do mercado. Com o aumento do emprego de máquinas, o operário passa a ser cada vez mais “mecanizado”, passa a ser como se fosse apenas mais uma engrenagem, mais uma peça desse maquinário, a ele basta apenas a manipulação simples e monótona, de forma que qualquer um pode fazer, reduzindo o seu custo, sendo-lhe oferecido o mínimo para se sobreviver e se perpetuar, o modo de produção das grandes industrias pode ser comparado a formação de um exército de soldados enfileirados, sendo fiscalizados e subordinados por seus oficias superiores, escravos da máquina, tudo visando o lucro do proprietário do maquinário, o burguês.
A medida em que as máquinas evoluem e o trabalho manual passa a exigir menos força e habilidade motora, mais há a substituição de homens na indústria por mulheres e crianças, para o burguês não há diferenças de sexo e idade, isso não importa, o que importa é o reduzir os custos e aumentar os lucros.
A classe operária além de sofrer a exploração do dono da fábrica e receber seu mísero salário em dinheiro vai ser abocanhado por outros membros da burguesia, o varejista, o penhorista, o senhorio etc. Muitos dos pequenos industriais, pequenos comerciantes, artesões e camponeses caem nas fileiras do proletariado, seja por não poder concorrer com as grandes indústrias, seja por seu oficio tenha ficado obsoleto com o avanço das tecnologias e novos métodos de produção.
Com o desenvolvimento da indústria, o proletariado cresce e sua luta passa ganha outras dimensões, operários tornam-se massas cada vez maiores, ganhando força e adquirindo consciência disso, direcionam seus ataques não só contra relações burguesas, como também contra instrumentos de produção, destruindo as mercadorias estrangeiras, quebram as máquinas, colocam fogo nas fábricas a medida em que há também crises comerciais , concorrências entre burgueses, as máquinas tornam-se cada vez mais rápidas tornando o trabalho do operário cada vez mais insatisfatório, operários começam a formar coligações contra burgueses e em defesa de seus salários. Cada vez mais existe a união dos trabalhadores essa união é impulsionada pelo desenvolvimento dos meios de comunicação criados pela grande indústria e que permitem o contato de operários de diversas localidades fazendo-se presente em sua luta de classe, não apenas de classe, mas sua luta política. O proletariado se organizava em classe e por consequência em partido político, apesar das concorrências internas conquistaram alguns direitos da classe operária como por exemplo, a lei da jornada de dez horas de trabalho na Inglaterra.
A burguesia não tinha conflito apenas com sua classe antagônica, mas também com a aristocracia, existiam também conflitos de interesse interno entre a própria burguesia, contra a burguesia de países estrangeiros, em todas essas lutas ela sente-se obrigada a usar o proletariado como massa para impulsionar o movimento político. A burguesia passa a fornecer aos proletários educação política, que há uma certa altura será usada contra ela própria, além algumas frações de pequenos burgueses que foram lançados ao proletariado também somam a essa educação. O proletariado é uma classe deveras revolucionária contra a burguesia, pois ganham força a medida que a indústria cresce, enquanto os classes da camada média acabam por se sucumbir. A camada média (pequenos comerciantes, pequenos fabricantes, artesões) combatem a burguesia pois esta ameaça a sua existência mas não de um caráter revolucionário, pelo contrário, são conservadores e reacionários, pois gostariam que tudo voltasse como era antes, na idade média, mas acabam se juntando ao proletariado, abraçando a sua causa.
Os proletários não enxergaram outra alternativa a não ser destruir todas as garantias e seguranças da propriedade privada, desse e modo impedir que a classe dominante submeta toda a sociedade as suas condições de apropriação. O movimento proletário é o movimento autônomo da maioria em proveito da maioria e o que em certo momento é uma guerra civil disfarçada em dado momento explode numa revolução aberta e o proletariado derruba de forma violenta a burguesia. Como podemos aprender com a história, para oprimir é preciso ao mínimo garantir condições para que o oprimido se viva de maneira servil. O operário moderno cada vez com o progresso da indústria, o trabalhador é mais subjugado, miserável. A burguesia foi incapaz de nutrir a sua força de trabalho, para manter a supremacia, a burguesia precisa acumular capital, para se acumular capital precisa de trabalho assalariado que tem relação com a oferta e procura de mão de obra.
Comunistas e proletários tem interesses em comum no plano geral, partido comunista fazem prevalecer os interesses comuns do proletariado, independente da nacionalidade. Os comunistas representam uma fração mais corajosa e determinada dos partidos operários de cada nação, impulsionando os demais, querem : constituição do proletariado em classe , derrubada da supremacia burguesa, conquista do poder politico pelo proletariado, não querem abolir a propriedade em geral, mas sim abolir a propriedade burguesa, de modo que não querem abolir a propriedade pessoal do pequeno camponês, ou do pequeno burguês. Com o trabalho assalariado não se consegue adquirir propriedades, apenas cria capital para o proprietário, de modo que na visão dos comunistas a propriedade que explora. O capital só é possível com o esforço coletivo, portanto é considerado pelos comunistas um poder social, deve ser transformado em propriedade comum e pertencer a todos os membros da sociedade. Entendem que o trabalho assalariado é o mínimo pago para que o operário possa sobreviver como operário e manter sua existência.
Comunistas querem eliminar a propriedade privada e argumentam que a propriedade privada já é inexistente para nove em cada dez membros da sociedade e justamente por
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