Questão social

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vigente aumenta a produção e reprodução de desigualdades sociais, que pode ser no âmbito econômico, político e/ou cultural. Deve-se dizer, também, que a questão social não deve ser vista apenas como responsabilidade exclusiva do governo, mas sim como fruto de carências materiais e intelectuais, como a pobreza.

Para ajudar a minimizar as mazelas trazidas pela questão social, o assistente social participa diretamente na realidade e singularidade de cada contexto, que podem variar. Contudo, a ação do assistente social é limitada, pois depende das políticas públicas e interesses sociais diversos, o que torna a autonomia desse profissional muito relativa. Esse fato gera limitações de ordens diversas e em variadas esferas de atuação.

As desigualdades geradas pelo modo de produção se expressam nas políticas econômicas, sociais e culturais traçadas em âmbito governamental. Se a manifestação da desigualdade, a luta pelos direitos sociais e de cidadania são expressões da questão social, naturalmente não será do interesse das classes detentoras de poderes políticos e econômicos que haja um acirramento de contradição, viabilizando espaços de organização da população.

Por conseguinte e levando em conta a afirmação de Carmelita Yazbek, é óbvio que existem limites para a prática do profissional, dificultando a efetividade do trabalho do assistente social. Os profissionais comprometidos com as classes subalternas devem estar atentos às demandas cotidianas, pois sem a mesma pode ocorrer apenas de se estar reproduzindo o modelo capitalista. O assistente social, portanto, deve intervir frente às expressões sociais da questão social, naturalmente dentro do âmbito das possibilidades e limites da sua intervenção profissional, buscando contribuir para que os indivíduos afetados por políticas econômicas e sociais excludentes deixem de ser excluídos e sejam mais autônomos.