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O DESAFIO DO EDUCADOR NO PLANEJAMENTO E APLICAÇÃO DA TECNOLOGIA NOS DIAS ATUAIS

Por:   •  18/2/2018  •  6.926 Palavras (28 Páginas)  •  451 Visualizações

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adequando ao ensino-aprendizagem a esta nova era. Nesse sentido, o Governo Federal, através do MEC, tem procurado investir nas escolas, dando computadores para uma nova aprendizagem, mas tem esquecido de que os professores não estão aptos à utilização. Se professores não tiverem uma formação e não forem treinados para a tecnologia, efetivamente estas iniciativas não trarão avanços na qualidade do ensino. Então, é faz necessário que se invista desde já nos futuros professores e que os mesmos saiam aptos a levarem aos educandos novas metodologias de ensino e aprendizagem. E é isso que este projeto tem por objetivo maior, iniciar uma contribuição tecnológica aos futuros educadores a partir de sua formação inicial e apoiá- los nos desafios para elaboração e aplicação das tecnologias. 2 AS TECNOLOGIAS E O SURGIMENTO DE NOVOS PARADIGMAS 2.1 Tecnologias na Educação As crianças, adolescentes e jovens do século XXI são da geração cibernética, pois conhecem e manuseiam a tecnologia melhor do que pessoas da geração anterior. Este novo comportamento gerou uma mudança nas competências esperadas dos profissionais da área educacional, que agora exige uma postura de aprendizado mais moderna e mais criativa. Os professores, distante desta realidade, na sua maioria, não estavam se adequando a este novo modelo e acabaram não utilizando nenhuma forma de tecnologia com seus alunos, o que poderia ser de grande valia para suas práticas no ensinoaprendizagem, como nos aponta Guilherme Canela Godói ao afirmar que “Ainda não conseguimos desenvolver de forma massiva metodologias para que os professores possam fazer uso dessa ampla gama de tecnologias da informação e comunicação, que poderiam ser úteis no ambiente educacional.” (REVISTA VEJA, 2010) Diante da colocação do autor, podemos entender que os professores não estão preparados para aplicar uma nova metodologia utilizando as tecnologias, isto é, estas podem ser até aplicadas, mas sem metodologia adequada. Com isso, entendemos que 14 em pleno século XXI os educadores precisam preparar-se para interagir com a geração que se atualiza e se informa pelos modernos meios de comunicação liderados pela internet. Nota-se que a falta de capacitação dos educadores na aplicação da tecnologia na educação é uma realidade nacional, como explicita Ângela Danneman (2009), da Fundação Victor Civita quando diz que “A formação inicial não prepara os professores para isso. Você precisaria combinar a disponibilidade dos recursos com a melhor formação para que a tecnologia fique a serviço da aprendizagem dos conteúdos escolares”. Neste contexto, através da tecnologia, seria possível a utilização de símbolos visuais, tais como o DVD e o Paint, na tentativa de tornar a sala de aula mais interessante e interativa. Dessa forma, os alunos passam a ser autores na construção do conhecimento, como nos coloca OROFINO (2005) quando defende o apelo à construção de visibilidade para a imaginação e criatividade das crianças e adolescentes, melhorando o processo de ensino e aprendizagem. Dessa forma, verifica-se que a tecnologia em sala de aula traz um diferencial na aprendizagem, proporcionando um resultado positivo tanto para o professor que a utiliza como para os alunos. Sobre esse tema, LEVY (1996) nos coloca que: Considerar o computador apenas como um instrumento a mais para produzir textos, sons e imagens sobre suporte fixo (papel, película, fita magnética) equivale a negar sua fecundidade propriamente cultural, ou seja, o aparecimento de novos gêneros ligados à interatividade (LÉVY,1996, p.41). O autor impulsiona o educador a ir além de somente conhecer o computador e conter-se com o básico, mas enfatiza a necessidade de buscar aprofundar, adquirir e estimular os novos gêneros à interatividade, utilizando esta ferramenta como máquina de ensinar, de interagir, como manipuladora de situações e com isso, buscar sempre novas alternativas para o ensino-aprendizagem. O professor precisa não só conhecer o computador e suas funcionalidades, mas também aplicá-lo ao conteúdo de sua disciplina como ferramenta de apoio, melhorando assim a comunicação, tornando as aulas prazerosas e estreitando um relacionamento com o aluno. 15 Por isso, quanto melhores os recursos de comunicação melhores serão resultados comportamentais e de aprendizado, pois os alunos ficam mais atentos às aulas, trazendo uma melhor comunicação entre professor e aluno, como ainda nos afirma PENTEADO (1999) quando diz que “Ao trazer o computador para a sala de aula, o professor passa a contar não só com mais um recurso para a realização de tarefas, mas está abrindo um novo canal de comunicação com seus alunos.” (PENTEADO, 1999, p.306). Muitos professores ainda temem a utilização dos recursos tecnológicos na sala de aula, ministrando ainda em caráter conservador e tradicional. Isso pelo fato de não terem um conhecimento em tecnologia no seu dia-a-dia e falta de incentivo das escolas, que mesmo com seus laboratórios montados, não disponibilizam para que os interessados os utilizem. Para sanar tais deficiências seriam necessários alguns passos tais como propõe a UNESCO, relatado na revista Veja (2010), tais como: alfabetização tecnológica, aprofundamento do conhecimento e criação do conhecimento, como pressupostos básicos para formação destes professores e demais profissionais da educação. Assim, o professor deve ser moderno, querer mudar, querer fazer e ser diferente, fazendo-se um processo não superior ao aluno, mas incentivando um processo comunicativo, com troca de informações, porque a tendência do professor é não ser um difusor de saberes, mas um incentivador da inteligência coletiva dos alunos, fazendo com que estes troquem suas experiências e conhecimentos. Com isso, o objetivo agora deveria ser o de capacitar o professor para tornar-se versátil para aplicação dessa nova forma de ensino e essa nova metodologia, para que com isso, possa incentivar seus alunos com aulas interessantes, modernas e dinâmicas. Além de tirar toda resistência e medo que vem do não conhecimento do uso da tecnologia. Nesse aspecto, FREIRE (1993) apud BUENO (2003) enfatiza que: Na medida que temos mais clareza de nossas opções, de nossos sonhos, na medida que reconhecemos que, enquanto educador, somos ser político, também entendemos melhor as razões pelas quais temos medo e percebemos ainda o quanto temos que caminhar para melhorar nossa democracia. Há a necessidade de comandar o nosso medo de educar, o nosso medo de que nasce finalmente a nossa coragem. (FREIRE, 1993 apud BUENO, 2003, p. 10) 16 A partir do citado acima, entendemos que o educador deve ter persistência para sempre melhorar sua metodologia de ensino, ter coragem de prosseguir nos desafios e nas novas propostas impostas pela profissão, designando metas e alcançando

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