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O Conceito de cultura

Por:   •  8/6/2018  •  2.527 Palavras (11 Páginas)  •  295 Visualizações

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A aquisição da linguagem não é a imposição de um sistema arbitrário ou convencional por códigos e sim uma habilidade dotada de motivação própria para adquiri-la. O ser humano é biologicamente linguístico; nasce com os recursos cognitivos, motivacionais, fisiológicos e anatômicos para entender e usar a linguagem humana. Por sua vez, as línguas humanas são construídas, mantidas e transformadas por esses mesmos seres humanos que as adquirem a cada geração.

Ao lado das especializações anatômicas e fisiológicas, exemplificadas pela especialização do cérebro e do aparelho fonador, ao longo do processo de hominização os indicadores culturais foram ficando mais complexos. Pode-se dizer que uma coisa puxou a outra: um cérebro maior permitia novos desenvolvimentos culturais e um contexto cultural mais desenvolvido promovia a seleção de nova especialização cerebral. Todavia pode-se dizer que a biologia e cultura caminham juntas.

A própria cultura é uma característica biológica

O ser cultural do homem deve ser entendido como biológico. O homem é naturalmente cultural e é a um só tempo, criatura e criador da cultura.

À medida que vai crescendo a utilização de recursos naturais, aumenta-se a iniciação requerida dos jovens aos usos e costumes do grupo.

A predisposição dos bebês para a iniciação cultural

A evolução cultural não se deu só pelo desenvolvimento da inteligência e da capacidade simbólica, mas também pelo fortalecimento das vinculações afetivas, das trocas interacionais, dos compartilhamentos e da comunicação de um modo geral.

Algumas situações naturais envolvendo pequenas crianças têm revelado a presença de adaptações naturais para a interação social e para a formação de vinculações afetivas. Os bebês nascem com uma forte tendência para a vinculação afetiva.

Formam-se as ligações afetivas, determinadas pela quantidade e qualidade das interações-responder consistentemente aos sinais da criança e brincar adequadamente com ela são os fatores essencialmente determinantes da formação de laços afetivos (Bowlby, 1984). Ao mesmo tempo, ocorre o desenvolvimento cognitivo: a aquisição da linguagem, por exemplo, também se processa neste mesmo contexto interacional, de percepções compartilhadas, em associação a uma forte predisposição da criança para balbuciar e para igualar emissões vocais.

A seleção natural atua favorecendo ligações afetivas individualizadas e outras relações entre os indivíduos processando a iniciação cultural.

O comportamento lúdico

A brincadeira tem sido analisada em termos de estratégias de história de vida. Benefícios imediatos quanto à aptidão não são nítidos e podem ser contraditórios, porém acredita-se que traga benefícios de longo prazo, decorrentes do aumento da flexibilidade comportamental e da redução das reações de medo.

O ambiente cultural da tribo de raça e coleta

- Histórico dos grupos de hominídeos que viviam com caça e coleta.

Ao conviver intensamente com um grupo social estável a criança tem oportunidades de interação, de estabelecimento de vínculos e de brincadeira exploratória.

A ausência de instrução formalizada chama a atenção. O aprender ocorre por exposição contínua e por interesse próprio. Todos os elementos significativos da vida do grupo aparecem na brincadeira. Os adultos estão sempre muito disponíveis, afetivos e convivem intensamente com os jovens. Este envolvimento mútuo e as predisposições naturais da criança para aprender com as figuras de apego parecem garantir, neste modo de vida, o desenvolvimento e o domínio do repertório típico do adulto.

A sociedade como realidade objetiva

No texto ficam claros vários conceitos dos aspectos que se fazem presente em uma sociedade, a começar pelo próprio conceito de sociedade, que segundo o autor é uma aglomeração de instituições, ou seja, um conjunto de regulamentos que levam ao controle social, pois tipificam as ações dos indivíduos, tornando-os possíveis.

Dentro da sociedade a vida social é constituída por três aspectos: ordem, direção e estabilidade. A ordem é estabelecida pelo convívio social, é um produto humano, ou melhor,uma progressiva produção humana, logo, a ordem social só existe na medida em que a atividade humana continua a produzi-la, ela é quem dá a direção e a estabilidade. A estabilidade é a previsibilidade social, ou seja, quando prevemos as reações dos outros nos baseando nos padrões estabelecidos que limitam essas ações, logo o que foge dos padrões nos causa medo e estranhamento.

As ações que são frequentemente repetidas tornam-se um padrão e esse padrão é aprendido e pode ser repetido com economia de esforço, já o hábito pode ser executado no futuro da mesma maneira e com o mesmo esforço. O hábito estreita as opções. A institucionalização acontece quando há uma tipificação das ações, qualquer tipificação é uma instituição, vemos essas tipificações claramente nas escolas, nas igrejas e na própria família. Elas controlam nossa conduta, pois estabelecem padrões, normas de conduta estreitando-os diante das muitas direções possíveis.

Dentro das instituições existem os papéis sociais “As instituições incorporam-se a experiência do indivíduo por meio dos papéis”. Para o autor quando desempenhamos papéis, participamos de um mundo social, quando esses papéis são interiorizados esse mundo torna-se real. Estamos a todo tempo desempenhando papéis de acordo com o mundo em que estamos inseridos, isso porque nossas experiências nos possibilitam essa inserção no mundo social.

Sociologia: Instituições sociais

O conceito de instituição social é amplamente utilizado pela Sociologia e analisada por variadas escolas sociológicas. Entende-se por instituição social o conjunto de regras e procedimentos padronizados, reconhecidos, sancionados e aceitos pela sociedade, e que possui um enorme valor social. Nada mais são do que os modos de pensar, de agir e de sentir que o indivíduo encontra estabilidade.

As principais instituições sociais são:

1) Família;

2) Instituições de

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