O Brasil no mundo - Uma nova Roma

...

Em circunstância disso Ribeiro sinaliza algumas soluções, e por sua maioria elas ainda se encaixam nos dias atuais, e se fazem necessários, entre elas a de “não permitir que a política de privatização do patrimônio público empobreça o povo brasileiro e o desarme na competição econômica internacional.” e a “competir numa economia mundial crescentemente regida por altíssima tecnologia.”

Nessa transição de uma civilização emergente se faz necessário ousar, e abrir os olhos para a nossa realidade, e fazer da realidade da pobreza a nossa, ansiar por suas esperanças de felicidade, assim atingiremos êxito.

Integração, para quem?

Neste ponto do texto Ribeiro questiona a necessidade de uma integração na América Latina, e o determina como falho, visto que já considera a mais integrada do mundo, nesse momento pontua a questão da língua por ser tratar apenas de duas versões neolatinas modernas inteligíveis entre si.

Ribeiro caracteriza os latino-americanos como já plasmados em sua forma básica, “Somos uma romanidade tardia, lavada em sangue índio e em sangue negro. Somos a matriz de uma latino-América-Nação, em busca do seu destino...”. E acredita que se foi possível a fundição europeia, em nossa sociedade emergente isso também o fará, com nossos povos homogêneos e solidários.

Para uma ascensão creditada ao seu destino pelo povo latino-americano, Ribeiro determina que não podemos nos temer a integração econômica e identifica nossa situação como uma integração dependente, um proletariado externo, com o agravante de não necessidade de mão-de-obra que se tem à disposição dentro do sistema econômico que está sendo implementado, dentro desse contexto caracteriza nosso povo como “descartável, como excedente das necessidades da economia.”. Então o autor determina que a solução alternativa a esse ponto é “reordenar todo sistema produtivo para garantir o pleno emprego e a fartura, criando, pela primeira vez, uma Latino-América para si mesma. ”.