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O ESPELHO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA PARA O MUNDO: PISA A AVALIAÇÃO QUE EXPÕE O BRASIL

Por:   •  11/4/2018  •  6.872 Palavras (28 Páginas)  •  427 Visualizações

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Os alunos brasileiros, a partir da primeira participação no PISA têm obtidos resultados pífios em comparação aos alunos de outros países. Nossos discentes apresentam dificuldades para entender e lidar com os modelos das questões apresentadas no Exame Internacional e o resultado disso é que o Brasil configura sempre nas últimas colocações no PISA. De acordo com informação retirada da revista VEJA[5], como bem escreve CASTRO (2014, p.35):

“[…] Um país no qual três quartos da população ativa não entende um texto escrito (pesquisa Ibope/ fundação P. Montenegro) não pode se dar ao luxo de desviar sua atenção da escola fundamental, na qual se permitiu a consumação dessa catástrofe”.

HISTÓRICO CRONOLÓGICO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

Estes desmandos na educação brasileira vêm desde o início da construção da nossa trajetória conforme se pode ver através da escritora ARANHA (2006, p.140):

Em 1549, chega ao Brasil o governador Geral Tomé de Souza acompanhado por diversos padres jesuítas, chefiados por Manuel da Nóbrega, e em apenas Quinze dias após a chegada fundam, na cidade de salvador, a primeira escola elementar com o intuito de ensinar aos nativos a ler e escrever, marcando, desta forma, o início da História da educação no Brasil, sendo eles os primeiros responsáveis por uma educação organizada no país.

Em 1556 começa a vigorar as constituições da companhia de Jesus cujo objetivo maior era difundir o Evangelho, a aprendizagem do canto, da musica instrumental e o estudo profissional agrícola, ensinavam também princípios morais, normas de comportamento. Aos poucos, essa ação educativa foi ampliada para a educação da classe dominante, representada pelos colonizadores e seus descendentes, o povo estava de fora. como comenta SOUZA (2011, p.35):

“[…] Assim como o ensino superior no Brasil nasceu antes do básico para atender à elite em desfavor do povo, também os institutos isolados nasceriam antes das universidades”.

Em 1759, após duzentos e dez anos, os padres jesuítas, que eram os únicos responsáveis pela educação no país, são expulsos por Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal. Como resultado desta expulsão, são paralisados 17 colégios, 36 missões, seminários e escolas elementares.

Em 1822, devido à carência de professores é criada no Rio de janeiro uma escola baseado no método Lancasteriano ou de ensino mútuo, ou seja, um professor por escola, método este, de influência inglesa. Este método consistia em treinar um aluno capaz de ensinar um grupo de dez alunos sob a supervisão de um inspetor.

Em 1834, Através do Ato adicional da reforma constitucional, às províncias obtiveram autonomia quanto à forma de administrar a educação básica – primária e secundária – em sua jurisdição, ficando o ensino Superior a cargo da Administração Nacional.

Em 1872, com uma população de 10 milhões de habitantes, o Brasil possuía apenas 150.000 alunos matriculados em escolas primárias e o índice de analfabetismo era de 66,4%.

No ano de 1884 é criada a escola Neutralidade, escola primária de cunho positivista.

Em 1911 surge a Lei Orgânica de Rivadávia Correa. Esta lei estabelecia o ensino livre e retirando do Estado o poder de interferência no setor educacional. Quatro anos depois, ou seja, em 1915 chegaram à conclusão que a referida lei não poderia continuar. A Lei do Ministro Carlos Maximiliano torna a oficializar o ensino.

No ano de 1932, um grupo de educadores lança a nação o “Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova”. No mesmo ano é baixado o decreto 21.241, de 04 de abril consolidando a reforma do ensino secundário. Este decreto resultou na implantação de um currículo enciclopédico.

73,3% das escolas do país são controladas e mantidas pelos poderes públicos e 24% das escolas particulares não obedecem aos padrões oficiais de ensino. Isto ocorreu no ano de 1936.

Em 1948 o Ministro Clemente Mariani encaminha ao Congresso Nacional o Projeto de Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional.

Em 1952, em Fortaleza, Estado do Ceará, o educador Lauro de Oliveira Lima inicia uma didática baseada nas teorias científicas de Jean Piaget: o Método Psicogenético.[6]

Em 1957, o Ministro Clóvis Salgado altera o projeto original da Lei de Diretrizes e Bases da Educação.

Em 1958 É criada a Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo - CNEA.

No ano de 1961, depois de treze anos, é promulgada a Lei 4.024 que regulamentaria as Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

Em 1962 é criado o Plano Nacional de Educação e o Programa Nacional de Alfabetização, pelo Ministério da Educação e Cultura, inspirado no Método Paulo Freire.

Em 1964 foi divulgado pela Secretaria de Educação e Cultura, do Ministério de Educação e Cultura, de cada mil (1000) alunos que entraram na 1a série no ano de 1963, quatrocentos e quarenta e nove (449) passam para a 2a série do 1o grau.

[pic 1]

[pic 2]

No ano de 1965, de cada mil (1000) alunos que entraram na 1a série no ano de 1963, apenas trezentos e treze (313) passam para a 3a série do 1o grau conforme se pode ver melhor:[pic 3]

[pic 4]

No ano de 1966 Segundo a Secretaria de Educação e Cultura, do Ministério de Educação e Cultura, de cada mil (1000) alunos que entraram na 1a série no ano de 1963, apenas duzentos e quarenta e cinco (245) passa para a 4a série do 1o grau.

[pic 5][pic 6]

No ano de 1967 de cada mil (1000) alunos que entraram na 1a série no ano de 1963, apenas cento e sessenta e cinco (165) passam para a 5a série do 1o grau.

[pic 7][pic 8]

Em 1968 de acordo com a Secretaria de Educação e Cultura, do Ministério de Educação e Cultura, de cada mil (1000) alunos que entraram na 1a série no ano de 1963, somente cento e trinta e três (133) passam para a 6a série do 1o grau.

[pic 9]

[pic 10]

Em 1969 Segundo a Secretaria de Educação e Cultura, do Ministério de Educação e Cultura, de cada mil (1000) alunos que entraram na 1a série no ano de 1963, cento e quinze (115) passam

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