EDUCAÇÃO DO CAMPO

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Diante desse pressuposto escolhemos para a realização do processo de aprendizagem da atividade solicitada a turma da 3ª série. Esta turma composta por 26 alunos tendo níveis diferenciados de aprendizagem diagnosticados anteriormente pela professora tendo um aluno com laudo médico, apresentando provável deficiência mental leve.

Este aluno, com 9 anos, freqüentando a classe da 3ª série, ainda está em fase de alfabetização, ficou retido um ano na 1ª série por não ter atingido o nível para avançar para a série seguinte. Durante todo este tempo em que ele estudou nas séries anteriores, sempre precisou de atividades diferenciadas e acompanhamento individual, pois não realiza as atividades sozinho, necessita de estimulo e intervenção a todo o momento.

O educando identifica as letras do alfabeto, forma sílabas e palavras simples com ajuda da professora, precisa ouvir o som das letras, porém sozinho ainda não consegue identificar ou ler sílabas e ou palavras. Também demonstra dificuldades em expressar sua opinião com clareza e lógica, sobre os assuntos em estudo.

Em relação à matemática, reconhece os números de zero a dez na escrita dos símbolos e na representação da quantidade e está estudando os numerais de dez a vinte. Apresenta noção sobre o processo da adição e subtração das unidades. E nas atividades artísticas demonstra interesse e habilidade.

Além deste há 6 alunos com dificuldade de leitura, interpretação e produção escrita e 19 alunos que apresentam boa leitura, interpretação e produzem textos com coerência.

Através das orientações recebidas pela formação elaboramos em grupo um planejamento de aula em multiníveis abrangendo o tema ALIMENTAÇÃO visto que era a temática em estudo. O planejamento contemplou os três níveis diagnosticados. As atividades enfocaram leitura, interpretação, vocabulário e produção, além dos momentos de discussão coletiva.

No desenvolvimento da aula houve uma conversa inicial sobre o assunto, após leitura circular do texto COM TODAS AS CORES, em seguida a leitura foi feita pela professora, prosseguindo a aula teve um momento coletivo com conversa informal e explicação do texto. Distribuição das atividades de acordo com os níveis, realização das atividades com a intervenção da professora e o auxílio de outra profissional da escola sempre que necessário, correção individual e oral, produção coletiva de cartaz com o tema ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL É... exploração oral do cartaz.

Na execução da aula em multiníveis, percebeu-se que os alunos mais avançados necessitaram todo o tempo disponível para conseguirem realizar todas as atividades propostas. Sendo que os demais realizaram as tarefas em um tempo menor. O que os deixou satisfeitos e animados.

Mediante essas ações, percebemos que no decorrer das atividades com a intervenção do educador e a socialização com os colegas, facilitou muito a aprendizagem dos mesmos. Nessa certeza, esperamos ter sanado algumas dificuldades, ajudando-os e motivando-os a superar desafios por eles encontrados.

CONSIDERAÇÕES

Ao terminarmos as atividades realizadas, constatamos que os nossos objetivos de incluir todos os educandos no processo de aprendizagem, de acordo com cada nível do educando e explorando a temática alimentação, foi realizado com êxito o desenvolvimento intelectual. Podemos afirmar que ações como essas se constituíram em um tema de estudo importante para o cotidiano dos educandos, a partir do momento que estes compreenderam e interagiram com processo do ensino aprendizagem.

É importante que o educador tenha o hábito de observar o educando para que conheça o nível de aprendizagem de cada um, pois diante das observações ele poderá diagnosticar e aplicar as atividades de acordo com cada nível, ajudando assim os educandos se desenvolverem melhor dentro da temática em estudo.

Desse modo, o desenvolvimento das aulas em multiníveis foi relevante, pois contribuiu para observar a capacidade do educando e também constatar o conhecimento assimilado.

Para que o acompanhamento pedagógico dos educandos que necessitam de apoio diferenciado seja realizado com coerência e para que de fato esse educandos passem pelo processo de inclusão, não somente pela socialização, precisamos nos compreender com o processo de formação permanente, pois somente assim poderemos buscar condições metodológicas de ensino, uma vez que precisamos ser constantes pesquisadores e profissionais reflexivos em nossa prática.

Precisamos pensar a inclusão numa perspectiva da dimensão humana e a dimensão humana e sócio-cultural que procura enfatizar formas de interação positivas, ou seja, olhar ás possibilidades, proporcionar apoio ás dificuldades e acolher as necessidades desses aprendizes, partindo do principio do atendimento a todos eles sem nenhum tipo de discriminação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagoga histórico-crítica.2.ed., Campinas: Autores Associados, 2003.

AMBROSETTI. N. B. O “eu e o” nós: trabalhando com a diversidade em sala de aula. In: ANDRÉ, Marli (org.). Pedagogia das diferenças na sala de aula. Campinas/SP: Papirus, 2001, p. 11-26.

FLEURI, Reinaldo. Interculturalidade e educação. In: Revista brasileira de educação. São Paulo: n. 23, Maio/Jun/Ago, 2003

SOUZA, J. Francisco. Atualidade de São Paulo Freire:contribuição ao debate sobre a educação na diversidade cultural. SP: Cortez, 2002.

MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar: o que é? Por quê? Como fazer? São Paulo: Moderna, 2003.

ANEXOS

ANEXO A

Diagnóstico dos alunos

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Nível 1-

Nível 2-

Nível 3-

ANEXO B

EMEF Gustavo Guilherme João Plaster

Plano de Aula

Série: 3ª Série

Professores: Fátima e Aderlainy

Data: 27 de maio de 2011

Tema: Alimentação