Departamento de Filosofia e Ciências Humanas – DFCH
Por: Salezio.Francisco • 23/5/2018 • 1.338 Palavras (6 Páginas) • 352 Visualizações
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- ASPECTOS BÁSICOS DA VIDA SOCIAL: produção (material) das necessidades (meios de subsistência e novas necessidades), reprodução social (família, procriação e relação social) e a consciência (da vida em sociedade)
Existem necessidades básicas para existência humana, o mínimo deve ser garantido, desta forma, a produção de cultura, de meios, de conhecimento garante a reprodução dos mesmos, o que garante a perpetuação de hábitos, logo fortalece e garante o domínio da burguesia. Sendo assim, as relações complexas são criadas pelo homem e não visam apenas sua reprodução ou perpetuação da espécie. As relações são produtos históricos, reproduzidos, o que gera uma consciência, porém, esta não é crítica fomentando a solidificação do capitalismo. A família é a célula-mãe da alienação, o que determinará as relações e concepções acerca da sociedade em que vive.
- DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO E SUAS CONSEQUÊNCIAS: propriedade privada, Estado e a produção das desigualdades sociais (alienação)
Para Marx, as forças produtivas e relações sociais são influenciadas pelo desenvolvimento da tecnologia, a partir da divisão do trabalho, onde um pequeno grupo domina os meios de produção e uma maioria vende sua mão-de-obra, mas ainda assim, existem os modos de cooperação, a partir das relações de propriedade, ou seja, o domínio que o ser humano é capaz de exerce sobre a natureza, sempre levando em consideração o processo histórico. O Estado interfere pouco nas relações comerciais para retroalimentar os sistemas, consequentemente as desigualdades sociais que existem em detrimento da alienação gerada pela reprodução social. O conceito de relações sociais de produção faz referência a interação dos elementos sociais e produtivos, como a propriedade dos meios de produção, atividades políticas, distribuição da riqueza, divisão do trabalho e técnicas de produção. O trabalhador não se reconhece no produto que cria; o trabalhador se reduz a tarefeiro; o trabalhador vende sua força de trabalho para sustento próprio. Assim, a um processo de desumanização.
- CONCEPÇÃO MATERIALISTA DA HISTÓRIA: caráter transitório da sociedade, transformação histórico-social e revolução
Assim como o Capitalismo conseguiu se sobrepôs ao sistema Feudal a partir da ação revolucionária da burguesia, a classe trabalhadora também pode fazer o mesmo por meio da luta armada com o avanço tecnológico, levando a sociedade a partilhar a riqueza produzida, eliminando a propriedade privada, a luta de classes implementando o comunismo. Partindo da divisão da sociedade em classes, surge então o conflito eterno dessas classes, cabendo ao proletariado ser a antítese do sistema, na busca de formar uma nova síntese. Para tanto, a luta de classes caracteriza-se como a alavanca da História para modificar os rumos da sociedade capitalista até a extinção das classes, através da organização da classe “para si” em defesa dos seus interesses. Feita a revolução pelo proletariado, surgiria o comunismo, com a finalização da luta de classes. O avanço tecnológico daria conta de suprir todas as necessidades humanas. Não existiria a propriedade privada, logo não existiria exploração e concentração de riqueza.
- CRÍTICA DA CONCEPÇÃO MATERIALISTA DA HISTÓRIA AO IDEALISMO
O autor realiza a primeira grande crítica ao pensamento filosófico hegeliano. Ele tenta mostrar como as bases fundamentais do pensamento alemão da primeira metade do século XIX, derivado de Hegel e cujos autores são denominados de neo-hegelianos, tem um caráter idealista, e continua colocando a ideia à frente da realidade. Suas críticas mais ferozes são contra os precursores filosóficos do anarquismo individualista.
Para isso, Marx partiu das teses de Paul Feuerbach que desenvolveu um materialismo humanista, ou seja, uma compreensão do progresso da história em que as crescentes necessidades materiais do homem, fruto do desenvolvimento das ideias, são motos da evolução da civilização. Marx nunca nego que sua compreensão de história partisse de Feuerbach. Porém, a concepção materialista do progresso histórico, tese central de Marx, não se dá como uma evolução das necessidades humanas, mas como uma evolução das relações de produção, e tem como pressuposto um estudo histórico de desenvolvimento das forças produtivas da humanidade.
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