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Capitalismo Concorrencial em Ciências Sociais

Por:   •  18/5/2018  •  1.699 Palavras (7 Páginas)  •  351 Visualizações

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A modernização das transações comerciais facilitou as formas de capitalização por parte do capital, possibilitando a criação e reprodução da atividade produtiva. Mas, as condições financeiras eram bastante ruins para os trabalhadores, ao mesmo tempo em que eles são vitimas de qualquer erro de planejamento pelo dono do capital, que se encontra em constantes desafios, por exemplo, a concorrência. O fracasso do empreendimento pode levar a falência e gerar desemprego dos trabalhadores que estavam exercendo aquela atividade. A intensificação do uso do dinheiro e a criação de outras formas (cheque, cartão de crédito e outras), que foram feitas para agilizar e facilitar a circulação das mercadorias colocou o setor financeiro um grande grau de importância para o processo de acumular o capital, a qual o objetivo só se torna possível por uma produção excedente, que é fruto de uma exploração da força do trabalho.

No início do capitalismo, a força de trabalho foi explorada intensivamente através de longas jornadas de trabalho, que variavam entre doze a dezesseis horas. Porém essa forma de adquirir capital estava sendo prejudicada pelo limite de resistência humana que era exposta a esforços físicos, que levaram os trabalhadores a exaustão, provocando muitos acidentes de trabalho, morte de trabalhadores e também se tornava frequente as paralisações por causa das máquinas quebradas, tudo isso causava prejuízo ao capitalista.

Para superar os problemas que estavam ocorrendo, consequência das longas jornadas de trabalho, os capitalistas procuraram aumentar sua produtividade através de uma maneira racional de controle dos trabalhadores chamado de gerenciamento científico, que é o uso da técnica e da tecnologia no processo de produção. Esse gerenciamento científico estava voltado a dar maior racionalidade na produção de forma que dava para controlar o trabalhador sobre o tempo que ele ia fazer tal tarefa e a forma que ele iria exercer para produzir a tarefa.

Os principais métodos e organização do trabalho na empresa capitalista, utilizados até hoje, foram o taylorismo, fordismo e o pós-fordismo. O taylorismo compreende princípios de racionalização produtivista do trabalho, elaborados pelo consultor de empresa Frederick Winslow Taylor, na ultima década do século XIX. Tem como principais características: concepção e planejamento do processo de trabalho são assumidos pelo administrador, pois, segundo Taylor “os trabalhadores não são pagos para pensar, mas para executar”, intensificação da divisão do trabalho através do controle do tempo e movimentos realizados pelos trabalhadores, que deveriam efetuar parcelas simples e elementares, e o controle do tempo também serve para impedir desperdícios por vários motivos da jornada de trabalho.

O fordismo por sua vez, segue os princípios elaborados por Henry Ford, proprietário da fábrica Ford Motor, que é explicado suas características por Antonio David Cattani.

Radical separação entre concepção e execução, baseando-se no trabalho fragmentado e simplificado, com ciclos curtos, requerendo pouco tempo para treinamento e formação dos trabalhadores. O processo de produção fordista fundamenta-se na linha de montagem acoplado à esteira rolante, que evita o deslocamento dos trabalhadores e mantém um fluxo continuou e progressivo das peças (...) (CATTANI, 1997).

A realização do trabalho nas condições fordistas impõe ao trabalhador ritmos e velocidade não comum para eles, tornando as atividades exercidas monótono, repetitivas e fragmentadas. Para atrair o trabalhador e garantir a sua eficiência, Ford dizia que ele deveria receber um salário que possibilitasse ele comprar a mercadoria que ele mesmo estava produzindo, e o trabalhador também deveria ter uma vida sem vícios.

A partir da década de setenta, por conta do uso de nova tecnologia e da concorrência o fordismo sofreu profundas transformações, fazendo com que alguns teóricos passassem a definir a regulação utilizada em algumas empresas de pós-fordismo. Ocorreu um flexibilização na produção, a qual exigia uma melhor qualificação dos trabalhadores, envolvido com elaboração, planejamento e a execução na produção, ao mesmo tempo as empresas para conquistar o mercado consumidor e eliminar os concorrentes buscaram diminuir gastos e intensificaram a substituição de a mão de obra humana, trocando por máquinas, informatização, robotização etc. Uma das grandes consequências foram a dispensa da força de trabalho , gerando muito desemprego.

Os três modelos, de Taylor, fordista e pós-fordista têm os mesmos objetivos, que é controlar o tempo do trabalhador, organizar o processo de produção visando alcançar maior produtividade e maior acumulação de capital. Também da forma de produzir imposta aos trabalhadores, visando uma boa produtividade com ações fragmentadas, a qual quebrava o seu poder de luta. Ligado ao gerenciamento cientifico os capitalistas buscaram a ampliação da mecanização, aos poucos eliminando postos de trabalho, e ao mesmo tempo ampliavam a divisão dos serviços, o que cada vez era substituído a força de trabalho humana.

A consolidação do uso da máquina no processo produtivo capitalista tira o trabalhador do papel de protagonista para transforma dele uma simples peça subalterna. Enquanto a máquina se torna mais complexa, tornando o trabalhador cada vez mais alienado ao processo de trabalho.

Para alcançar o principal objetivo do capitalismo, a acumulação de capital, não basta fazer o produto, é necessário vender a mercadoria para poder forma a mais-valia, fonte de lucro, da acumulação do capital. A realização da comercialização capitalista acontece em um mercado fortemente marcado pela disputa e competição de outros proprietários que também desejam vender o seu produto.

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