Budismo e Suas contemplações e estrutura canônizada
Por: Hugo.bassi • 20/12/2017 • 2.782 Palavras (12 Páginas) • 369 Visualizações
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Ao se deparar com essas realidades Sidarta, abandona a vida de príncipe pois reconhece uma existência problemática da dor e busca na religião uma forma de livras os homens do sofrimento. A partir disso Gautama começou sua caminhada itinerante e a estudar as religiões e preceitos do Hinduísmo com vários sábios da época, adquirindo os conhecimentos e apropriando-se rapidamente das doutrinas passadas, no entanto sempre achando os ensinamentos insuficientes e buscando outros mestres e adquirindo mais conhecimentos.(ALDROVANDI, 2006, p.313)
Pondo em prática os ensinamentos ióguicos adquiridos, Sidarta medita durante seis anos optando pelo jejum total, entretanto percebeu a inutilidade da ascese para a libertação a alcançar a plenitude e decide quebrar o jejum, após se recuperar do jejum restaurado pelo alimento dirige-se a um bosque onde escolhe a árvore sagrada Pippala, senta-se ali e decide só levantar depois de ter obtido a iluminação o “despertar”.
Depois de alguns dias fazendo os conjunto de oito práticas que correspondem à quarta nobre verdade, também conhecido no budismo como o "caminho do meio",Sidarta alcança o “despertar” ou o “nirvana”, isso o fez atrair Seguidores e fez com que ele virasse um líder espiritual do grupo, e assim Sidarta passou a ser conhecido como Buda “o desperto” A partir disso ele começou a passar seus ensinamentos conhecidos como darma, assim o Budismo começa a ser iniciado.(ALDROVANDI 2006, p.314)
Budismo e sua relação com o Hinduísmo
Uma das características fundamentais para se entender o budismo é perceber à relação que ele tem com o hinduísmo, ou seja certos elementos do budismo provêm do hinduísmo, desde divindades praticas de iogas entre outros, isto porque a religião que estava predominante ascensão na região naquele período em que Sidarta viveu era o hinduísmo, buda viveu no período Bramânico, Além disso, os metres que passaram os ensinamentos para buda também vinham de preceitos hinduístas, estes fatores influenciaram toda uma cosmo visão por parte de Sidarta para oque ele iria se tornar posteriormente.
Percebe-se que embora até um certo período buda segue os ensinamentos do hinduísmo, no entanto para ele estes ensinamentos eram insuficientes para alcançar a iluminação, diante disso, buda rompe com o hinduísmo, mas acredita-se que este rompimento vai de acordo aos pontos extremos do hinduísmo um destes em relação ao jejum.
Após quase desmaiar de fome devido a seu rigoroso jejum, buda somente recuperou a consciência após ser alimentado por camponesa que passava casualmente por perto, isto o fez até perder alguns discípulos que discordaram da atitude do mestre, no entanto isto e fez parar para pensar.(ELIADE, 2010, p. 76).
Depois meditar sobre este fato, Sidarta concluiu que o controle excessivo é tão ruim e ineficaz em termos espirituais quanto a excessiva permissividade e optou por seguir um caminho intermediário entre os dois.
Portanto Sidarta escolheu partir por outro caminho, “o caminho do meio”, o caminho para alcançar o Nirvana, em vez de tomar extremos de austeridades e indulgência sensual. nota-se que a partir deste fato buda faz uma cisão com os ensinamentos do hinduísmo. (ELIADE, 2010, p.76).
As características não-teísta do budismo e seu Método de análise baseado nas realidades
É possível observar que o Budismo se difere em vários aspectos a muitas religião tradicionais como o Cristianismo, Islamismo, Judaísmo, etc..., em relação a sua criação e criador, do ponto de vista teológico monoteísta (do judaísmo, cristianismo e islamismo) o Budismo seria visto como ateísta.
Entretanto, de um ponto de vista politeísta ou pagão, o Budismo seria tachado de não-teísta sendo assim, abrangendo vários conceitos relativos à espiritualidade e religião que não incluem a ideia de uma deidade um Deus ou vários deuses.
Contudo, essa concepção de Deus que existe no cristianismo não é visto no budismo, além disso, bem como é colocado pelo autor, Buda não é visto como um profeta nem um ser superior ou um enviado de Deus, pode-se pensar então que Sidarta seria um homem comum, porém que despertou e alcançou a iluminação, além disso, nega qualquer ideia de um ser supremo ou um Deus.
O budismo é a única religião cujo fundador não se declara nem profeta de um deus nem seu enviado, e que, além disso, rejeita até a ideia de um ser supremo.Mas ele se proclama “desperto”(buddha),e, por conseguinte, guia e mestre espiritual. Sua pregação tem por objeto a libertação dos homens. (ELIADE, Mircea. História das Crenças e das Ideais Religiosas. Vol. II, 2010, p.73)
Embora de fato ser mencionado no budismo devas como seres celestiais estes são apenas seriam seres que habitam temporariamente em mundos celestiais, eles fazem pare do ciclo de samsara, estes estão no estágio mais sublime do samsara, Mesmo com poderes e conhecimentos divinos, ainda estão sujeitos à reincarnação e males dos seres humanos.
Portanto observa-se que não são eternos nessa forma, e estão sujeitos à morte e eventual renascimento em reinos inferiores da existência. Embora o próprio Brahma (Deus da Criação no Hinduísmo) não seja claramente negado por Buda ele não é concebido por ele como um Deus Criador soberano, onisciente e onipotente, seria de fato como qualquer outro deva está sujeito à mudança, declínio e morte, ou seja mais um ser senciente do ciclo de renascimentos.
Outro elemento importante de se observar na cosmo visão do budismo é de que buda enxerga problemáticas empíricas ou seja, baseadas nas realidades mundanas, a existência real do sofrimento, “durante quatro incursões consecutivas nos jardins de prazer, no primeiro dia Sidarta encontra um velho decrépito apoiado a um cajado, no dia seguinte, um “doente macilento, lívido, ardendo em febre”, e finalmente um morto conduzido ao cemitério (ELIADE, 2010,p,75).
Portanto buda deseja livrar o homem deste ciclo de sofrimento, e ele é real as pessoas de fato passam por estas etapas na vida, portanto a problemática do budismo baseia-se em questões que realmente existe neste mundo, o sofrimento, as pessoas envelhecem, ficam doentes e morrem, tudo que de fato é real, essa questão no budismo é levada em consideração a ser resolvida.
Outra
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