Análise na Compreensão da Transformação do Negro Escravo em Negro-Proletário

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sociedade moderna. Há o negro-massa discriminado e subjugado por sua cor de pele e por sua condição socioeconômica, exteriorizados através do local onde reside e/ou do trabalho que possui, “facilitando” o processo de exclusão e preconceito, como mostra o desenho no que se refere à ação da policia. E há a elite negra, onde a fonte da discriminação figura essencialmente na cor da pele, e é através deste grupo que as identidades raciais ganham força e as lutas pela ampliação das ações afirmativas ganham espaço. Nesse ultimo grupo, há que se refletir se dificilmente um policial abordaria de forma truculenta um estudante negro com uniforme de uma escola privada. E estar atento para o olhar, que nessa ultima circunstancia talvez fosse velado, permanecendo no campo do pensamento e exteriorizado num outro momento. Numa seleção de emprego, por exemplo, pois que não é surpresa para o negro, em certas ocasiões, ser preterido diante de um candidato branco. É valido afirmar que esta lógica não é essencialmente recorrente, sem exceções. Porém há de se avaliar que não há um negro sequer que não tenha sofrido, ou sentido as opressões de algum tipo de preconceito, velado ou aparente, pela sociedade moderna. Segundo os autores Costa Pinto e Florestam Fernandes, fruto de uma sociedade capitalista e competitiva.

Florestan Fernandes

Os autores acreditam que o seio do preconceito ganhou novas aspirações e para além da herança da escravidão alcançou também o âmbito econômico e ganhou forças. Então há que se combate-lo através do acesso a educação e da possibilidade de garantir oportunidades para que a competição na sociedade capitalista não seja tão injusta, e para, além disso, prepare o cidadão para entender os avanços da sociedade no campo social, econômico e político, proporcionando a construção de um pensamento crítico que seja capaz de contribuir com transformações significativas quando ao rompimento da lógica do preconceito.