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A importância da leitura

Por:   •  23/8/2018  •  4.982 Palavras (20 Páginas)  •  365 Visualizações

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O resultado desta falta de hábito de leitura compreensiva e critica é a incapacidade dos universitários e dos cidadãos comuns de entenderem um texto e de analisá-lo criticamente (observa-se a situação de vários professores que mostram incapacidade de uma analise crítica de gramatica tradicional). Esta falta de analise critica dos textos, por parte dos professores, desestimula a clientela, pois, muitas vezes não se leva em consideração fatores importantes como a faixa etária do aluno e nem memo o que mais se quer saber nesta fase da vida.

Muitos trabalhos e pesquisas vem sendo desenvolvidos na àrea de leitura por pessoas preocupadas com a alienação da sociedade perante tal processo.

Segundo Silva (1983, p.22):

O processo de leitura, apresenta-se como uma atividade que possibilita a participação do homem na vida em sociedade, em termos de compreensão do presente e passado e em termos de possibilidades de transformação cultural futura (...) a leitura, se levada a efeito crítica e reflexivamente, levanta-se como um trabalho de combate à alienação (não racionalidade), capaz de facilitar ao gênero humano a realização de sua plenitude (liberdade).

É inegável o fato de que a grande massa da população brasileira não tem acesso aos livros por problemas diversos, sendo o mais grave o próprio regime social que, injustamente privilegia apenas as classes dominantes, as elites, a usufruirem os bens culturais.

A leitura precisa ser vista como um instrumento que serve ao desenvolvimento da plenitude do homem e não como uma arma de dominação e alienação. Todos têm direitos a participar na sociedade e a usufruir o patrimônio cultural da humanidade. As classes trabalhadoras necessitam ter acesso aos documentos que regem a sociedade para evoluírem enquanto classe.

Precisamos entender que a leitura é a extensão da escola na vida das pessoas. A maioria do que se deve aprender na vida terá de ser conseguida através da leitura fora de casa. Cabe a escola preparar o aluno para a vivência da literatura como forma de faze-lo conhecer o mundo. Habilidade de leitura bem desenvolvida, torna-se um diferencial mesmos naquelas profissões em que se é exigido baixo nivel de escolaridade, por um simples fato de ler, por exemplo, um manual de como funciona tal objeto, podendo o próprio leitor por a funcionar o objeto sem ter a necessidade de chamar um técnico.

Dessa forma, a democratização da leitura, defendida por silva (1983), não se desvincula do processo de democratização da sociedade, justamente por esta manter uma consciência injusta, preconceituosa e uma situação comoda. Ao povo convém lutar, reagir e transformar-se, convém tomar consciência de que o ato de ler é uma atividade humana que possibilita a contestasção e a criatividade, convém saber que ler é um ato libertador e que uma sociedade letrada, que sabe expressar-se, sabe dizer o que quer, sabe lutar por um ideal, menos manobrável e mais decisões e escolhas poderão fazer em prol do país.

A leitura na nossa sociedade é uma condição para dar vez ao cidadão, e mais, é preciso prepará-lo para tornar-se sujeito no ato de ler. Paulo Freire (1997, P.85), nos diz que,“o livro deve levar a uma leitura, interpretação da vida que ajuda o indivíduo na transformação de si mesmo e do mundo. Aprender a ler não é uma tarefa tão simples, pois exige uma postura critica, sistematica, uma disciplina intelectual por parte do leitor, e esses requisitos básicos só podem ser adquiridos através da prática.

Já se tornou antológica e obrigatória, quando se trata de leitura, a citação de Paulo Freire (1984, P.12), onde “a leitura do mundo precede a leitura da palavra...”, contudo, torna-se necessário ir mais além: “refere-se a que a leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra e a leitura desta implica a continuidade da leitura daquele”. De alguma maneira, porém, podemos ir mais longe e dizer que a leitura da palavra não é apenas precedida pela leitura do mundo, mas por uma certa forma de escreve-lo ou de reescreve-lo, quer dizer de transforma-lo através de nossa prática consciente.

Segundo Freire, (1984, p.22):

O processo de ler implica vencer as etapas da decodificação, da intelecção, para se chegar à interpretação e, posteriormente, à aplicação. A decodificação é uma necessidade óbvia, tarefa que qualquer pessoa alfabetizada pode empreender; pois consiste apenas na “tradução” dos sinais gráficos em palavras. A intelecção remete à percepção do assunto, ao significado do que foi lido. A interpretação baseia-se na continuidade da ‘leitura do mundo”, isto é, na apresentação e interpretação das idéias, nas relações entre o texto e o contexto. Vencidas as etapas anteriores, pode o leitor passar à situação do conteúdo da leitura, de acordo com os objetivos que se propôs.

Para penetrar no conteúdo, aprender as idéias expostas e a intencionalidade subjacente ao texto, é fundamental que o leitor estabeleça um diálogo com o autor, que se transforme, de certa forma, em co-autor, a fim de reelaborar o texto, ou seja, reescrever o mundo, como sugere Paulo Freire. A leitura do texto, quando o leitor se transforma em sujeito ativo, é um manancial de significações e implicações que vão sendo descobertas a cada releitura e a esse respeito, diz KOCH (1993, p.162): Importante é o aprendiz notar que cada nova leitura de um texto lhe permitirá desvelar novas significações, não detectadas nas leituras anteriores,(...).

A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NO PROCESSO DE FORMAÇÃO DO LEITOR:

Partindo da premissa de que a leitura é uma prática sócio-cultural inserida nas relações de poder da sociedade, entender aspéctos que influenciam seu desenvolvimento e como a escola pode mediar de forma efetiva essa prática, é assunto de primeira importância para o educador. A principio pressupõs-se que a aquisição da leitura e escrita, fazem parte dos contextos e instituições em que esses grupos sociais estão inseridos.

Desse modo, a escola deve ser vista como mediadora na formação desses leitores, mantendo com a familia não uma relação de concorrência ou independência, mas de complementariedade. Por isso, é preciso conhecer as práticas, possibilidades e potencialidades de leitura com as quais a criança interage em seu meio familiar e social.

Quando a criança desde os primeiros anos é estimulada à prática de leitura através da motivação dos pais ou quando tem à sua disposição livros interessantes à sua faixa etária,

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