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A Serviço Social

Por:   •  16/10/2017  •  1.795 Palavras (8 Páginas)  •  280 Visualizações

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Idade: 61 anos

Gênero: Masculino

Grupo Social: Classe média

Grau de Escolaridade: Fundamental Incompleto

Cidade: Sousa

10 Entrevistado

Idade: 60 anos

Gênero: Masculino

Grupo Social: Classe baixa

Grau de Escolaridade: Fundamental Incompleto

Cidade: Sousa

Entre o tradição e o preconceito: um lugar chamado exclusão

O homem é um ser social e, portanto, possui sua individualidade e diversidade, pois ao conviver socialmente adquire novas características, novos hábitos, atitudes, valores culturais. E, para sentir-se bem, precisa estar bem consigo mesmo e com os diferentes grupos sociais que conviva. Com isto, o homem vai adquirindo habilidades diversas, completando-se e completando a sociedade.

Moreira em seus estudos culturais entende a palavra “cultura” no sentido plural, como “culturas” e afirma que:

Corresponde aos diversos modos de vida, valores e significados compartilhados por diferentes grupos (nações, classes sociais, grupos étnicos, culturas regionais, geracionais, de gênero etc.) e períodos históricos. Trata-se de uma visão antropológica de cultura, em que se enfatizam os significados que os grupos compartilham, ou seja, os conteúdos culturais. Cultura identifica-se, assim, com a forma geral devida de um dado grupo social, com as representações da realidade e as visões de mundo adotadas por esse grupo. (MOREIRA, 2007, p. 17)

Numa visão sociológica, a cultura nasce a partir da interação entre os homens. A cultura brasileira, como qualquer tipo de cultura é pluricultural. Ou seja, é envolvida por diversas culturas, respeitando as diferenças apresentadas por essas culturas. Através da sociabilidade, que é a tendência natural da espécie humana para viver em sociedade e é desenvolvida por meio do processo de socialização, pelo qual o indivíduo se integra ao grupo em que nasceu assimilando sua cultura, que vivemos e transformamos nossos valores culturais.

O embasamento em valores tradicionais religiosos, muitas vezes, ao invés de promover o amor ao próximo desemboca em atitudes contrárias, tendo em vista, que a sociedade brasileira é formada não só por diferentes etnias, como também por diferentes valores culturais que demarcam os espaços de sociabilidade. Além disso, a constituição de novos arranjos familiares coloca em contato grupos bastante diversos e que a convivência entre estes grupos nos planos cultural e social é marcada pelo preconceito e pela discriminação. De um lado, busca-se manter a ordem e a família nuclear tradicional, que para muitos corre risco, devido essas mudanças contínuas e desenfreadas no tecido social e na formação familiar. Adaptar-se a essa “nova geração” e ainda aceitar que tenham os mesmos direitos, parece aos nossos olhos uma barreira difícil de superar, imagine em um grupo perpassado pela tradição e por valores morais que norteiam suas concepções acerca da sociedade. Como é o caso do grupo de idosos.

Para se ter uma ideia disso, dos 10 entrevistados 9 responderam que os casais homoafetivos não deveriam ter os mesmos direitos da família tradicional, tendo em vista, que esta é uma instituição divina e não uma criação mundana. E ainda por unanimidade, disseram que não podiam adotar crianças, pois elas poderiam imitar seu comportamento “errado”.

Caroline Ramos afirma que:

A finalidade da adoção visa à satisfação de ambas as partes, ou seja, objetiva tanto a realização do desejo de uma pessoa que não pode ter um filho biologicamente ou geneticamente, como também por motivos de ordem pessoal, além do interesse que uma criança e adolescente possui no sentido de possui um lar digno de seus direitos (2006, p. 26)

Desse modo, a exata finalidade da adoção é oferecer um ambiente familiar favorável ao desenvolvimento de uma criança, atendendo às reais necessidades da criança dando a mesma uma família em que se sinta segura e amada (GRANATO, 2010, p. 29-30). Não há como justificar a adoção de uma criança e adolescente somente com o objetivo de benevolência, devendo ter como objetivo a proteção do menor com sujeito de deveres e de direitos.

A tradição e o preconceito velado podem andar de mãos dadas e às vezes nem percebemos que algumas atitudes podem provocar a marginalização do outro, e ainda pior podem causar a inferioridade de alguém, pelo simples fato de ser diferente do que manda a ordem social.

A exclusão social é fato, pois nossa sociedade ainda não está preparada para viver tanta diversidade. Todos os grupos que lidam com isso, não foram e não estão preparados, tendo em vista, que cada um tenta impor seu ponto de vista e não há um debate e muito menos respeito entre ambas as partes e isso apenas dificulta a emancipação humana de uma forma geral. Respeitar o outro é a palavra que pode mudar toda uma realidade de tradição, preconceito e exclusão. Mas, devem procurar dialogar e investir numa prática social diferenciada para que essa pluralidade cultural seja, de fato, construída socialmente.

A partir de um pensamento pautado no binarismo, entre o certo e o errado, o bem e o mal, o verdadeiro e o falso, existe um lugar chamado exclusão, onde seus moradores são julgados e condenados por suas diferenças e por isso marginalizados, tornando-se muito importante a construção de uma ponte formada por tijolos de diálogo, ferros de respeito e por um cimento de diferenças que grudam e seguram toda a estrutura social. Isto significa que as relações sociais, interpessoais, significativas, são condição de possibilidade de um melhor desenvolvimento humano.

2.2 Respostas Apresentadas

Em relação a pergunta: Como é a sua constituição familiar? Todos apresentaram uma familiar nuclear, que variava apenas no total de membros.

Ao quesito 2) O que é a família para você? As respostas foram variadas, entre “é a base” “o bem maior”, “presente de Deus” entre outros.

O 3) conhece alguma família que sai dos padrões tradicionais? Como é essa família? Em relação a esse questionamento apenas 1 pessoa não conhecia,

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