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A Cidade Como Construção Social na Modernidade

Por:   •  31/3/2018  •  1.177 Palavras (5 Páginas)  •  319 Visualizações

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Para Octávio Ianni, em seu texto “Tipos e Mitos Modernos”, a modernidade “está desafiada principalmente por um enigma: as figuras e as figurações do indivíduo” (2000, p. 3), pois este é o elemento central dos conflitos que regem a sociedade moderna, de tal maneira que, devemos considerar a sua individualidade e também em sua coletividade. Esse indivíduo se encontra como “sujeito do conhecimento” numa sociedade onde o progresso é a sua verdadeira liberdade, ultrapassando os limites geográficos, estéticos, sociais e ideológicos e implicando na descoberta de novas possibilidades de utilização da linguagem poética.

Em sua análise, Giddens apresenta três fatores básicos como consequência de modernidade: o Estado-nação como o ainda encontramos nos dias atuais; o capitalismo que rege o modo de produção e faz surgir o mundo das indústrias e a cidade, centros urbanos de delimitação territorial, onde se desenvolvem tanto o estado-nação como o pólo industrial.

Para autores com Max Weber, por exemplo, a cidade também é um produto de diversas causas econômicas, sociais e políticas e desempenha funções dentro destas perspectivas. A cidade seria, então, uma espécie de mercado. Weber, no texto "Conceito e Categorias da Cidade" (1987), apresenta a cidade como uma comunidade autônoma ligada diretamente ao capitalismo, incorporadas, depois, ao Estado-Nação, com uma estrutura social que vai além do espaço urbano.

A nação, neste caso, além de uma entidade política, é também um espaço que produz sentidos, uma representação cultural que está implícita a nossas ações e até à concepção que temos de nós mesmos. É importante elemento de afirmação de identidades, tanto individuais quanto coletivas, reforçando a necessidade humana de pertencer a uma comunidade local.

Durante muito tempo, pensou-se no desaparecimento dessas sociedades locais pelo crescimento desenfreado do processo de globalização. No entanto, Castells (2001) desconstrói tal pensamento afirmando que as pessoas tendem a agruparem-se em comunidades, gerando um sentimento de pertença e, em consequência, uma identidade cultural local.

Com isso, o que se percebe é aquilo que Hobsbawm, citado por Ricardo Oriá no livro “Memória e Ensino de História” (2005), analisa sobre a cidade moderna. Ele salienta que os jovens, e também boa parte da população, estão perdendo referenciais históricos importantes com a destruição de valores passados. Para este autor, o passado está sendo descartado cada vez mais rapidamente e, com isso, perde-se a visão de totalidade, colaborando, assim, para o desconhecimento de elementos construtivos de identidade dos indivíduos e dos grupos. Sem levar em consideração que a a cidade se faz a partir da tendência humana às trocas, e que é o surgimento do mercado, que traduz, desse modo, o surgimento da cidade.

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