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TG - Unidades Disciplinares I Artes visuais UNIP

Por:   •  20/4/2018  •  1.139 Palavras (5 Páginas)  •  338 Visualizações

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Temos nessa obra muitas informações com cores muito quentes e vibrantes, o local ao redor com pequenas construções amontoadas e vegetação também gritante com palmeiras altas e nada sutis.

A negra, provavelmente africana, pela época em que foi feita a obra, demonstra suas características diferentes, com cabelos crespos e curtos, nariz largo e lábios grossos.

Nota-se uma certa radicalidade na forma de mostrar a pobreza, que era a realidade da grande maioria dos negros daquele período no Brasil, figuras que foram muito marginalizadas, e na obra notoriamente entristecida.

Um dos reflexos expressionistas é o de mostrar questões sociais, como demonstrado na obra.

Outro fato notório, é a obra toda parecer estar em um segundo plano enquanto a mãe e a criança seguem em primeiro, como se flutuassem, sem uma colocação geral harmoniosa.

Os questionamentos feitos para chegar a esta conclusão:

1 – Esta é uma obra considerada religiosa?

R: Sim, primeiramente por nos retratar à Virgem Maria e o Menino Jesus, e segundo podemos notar a frontalidade e centralidade da obra, muito comuns em obras religiosas.

2 - O que chama logo a atenção?

R: O fato da Virgem Maria e o Menino Jesus serem negros, com formas e traços mais grosseiros que o usual e com cores fortes e vibrantes.

3 – É uma composição clássica?

R: Não, a forma como a natureza e as pequenas construções são dispostas chegam a incomodar visualmente, como se a obra quisesse, falar ou mesmo gritar alguma mensagem a quem está admirando-a.

4 – Reflete alguma relação social?

R: Sim, não vemos casas luxuosas, ou mesmo campos espaçosos ao redor da mulher negra, mas sim construções amontoadas como eram caracterizadas as moradias pobres, principalmente a de negros que foram os que mais sofreram com questões sociais. Provavelmente Lasar Segall quis retratar uma negra, pobre, entristecida, como Virgem Maria como se fosse uma espécie de denuncia social.

- Comparativos:

Ambas são obras religiosas. Madonna sendo bem mais tradicionalista em sua composição de cores tranquilas, simbolismos religiosos, aparências físicas tradicionais. Já em Morro Vermelho é um tanto quanto gritante com suas cores muito fortes e vibrantes, com composições cheias de informação e nada tranquilas e com aparência física diferentes do usual.

Morro Vermelho apesar de ser uma notória obra religiosa, tem também uma preocupação em remeter a questão social e racial com a negra e sua aparência diferente, roupa simples, querendo demonstrar a pobreza e a tristeza ali vividos, inexistentes em obras religiosas até então.

O fato de serem obras religiosas é um traço em comum entre elas, mesmo sendo colocadas de formas diferentes. Outro fato é o de as duas Marias estarem com olhar triste. A Maria de Morro Vermelho poderia ser questionada por suas condições sociais que a fariam triste, já a Maria de Madonna olha claramente triste para as crianças aos seus pés. Talvez isso possa querer dizer que Maria já sabia ou previa por tudo que seu filho passaria.

Acho que a principal característica da análise das obras é o contraste entre elas. Com isso vemos um autor mais tradicionalista, e outro trazendo traços tradicionalistas e aos mesmo tempo expressionistas com suas colocações sociais.

- Experiência pessoal:

Gostei muito de poder fazer uma leitura das imagens propostas e ver como um mesmo tema, pode nos trazer diferentes representações, leituras e sensações. Com isso vemos que um mesmo tema, não nos traz necessariamente resultados iguais.

As obras são muito interessantes para analisarmos as diferenças e semelhanças e querer buscar saber mais sobre os tipos de obras, autores, estilos, etc.

- Referências Bibliográficas:

Madonna, Rafael http://virusdaarte.net/rafael-sanzio-virgem-no-prado/

Morro Vermelho, Lasar Segall

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