Resenha: O livro - O que é arte, de Jorge Coli, inicia a sua problemática afirmando que arte é algo indefinido
Por: Hugo.bassi • 5/12/2018 • 796 Palavras (4 Páginas) • 400 Visualizações
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função utilitária, e “artística” a colher de pau deixa de fazer sabão, não fazendo mais parte de um sistema racional de utilidade.
O autor falará também sobre as classificações artísticas dadas a obras e artistas. Como dito pelo autor, as classificações não são instrumentos científicos, elas não são exatas nem partem de definições e que agrupam obras ou artistas por razões muito diferentes, onde podemos encontrar a ideia de estilo, mas não forçosamente e sempre parcialmente, o que ressalta que este deve ser muito cuidadoso.
Diante disso, é perigoso utilizar definições universais de forma banal, com aplicações e características categorizadas. Isto não é suficiente para definir um objeto artístico, pois este mesmo contendo características de um determinado movimento, não se reduz somente a isto, sendo muito mais do que classificações.
Além disso, podemos situar as expressões das artes em dois pontos: o “supérfluo” e o das funções sociais e econômicas, como ressaltado por Coli. Junto a isso, o autor problematiza a pintura contemporânea. Ele apresenta um pouco da história do mercado da arte, que se inicia no século XV com simples comerciantes de objetos, gravuras e quadros, ou simplesmente as obras sendo encomendas aos artistas por burgueses.
A arte possui também outro papel, o de distinguir, de valorizar socialmente uma elite. Como cita o autor, o álibi do aprimoramento artístico esconde a afirmação de classe. Pagar caro em entradas para espetáculos de dança ou ópera nos grandes teatros, faz parte dos sinais exteriores de endinheiramento, mal disfarçados sob a máscara do refinamento cultural.
A arte também, em certos casos, torna-se a insígnia de uma “superioridade” que um grupo determinado confere a si mesmo, segundo o autor. Interessar se pela arte significa ser mais “culto”, ter espírito mais “culto”, ter espírito “mais elevado”, ser diferente, melhor que o comum dos mortais.
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