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Renascimento, barroco e neoclassicismo

Por:   •  12/10/2018  •  2.477 Palavras (10 Páginas)  •  353 Visualizações

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Dentre os escultores renascentistas um dos mais famosos foi Michelangelo Buonarotti, uma de suas criações mais célebres foi à estátua de “Davi”, onde ele retrata um realismo anatômico fascinante. Michelangelo, segundo Miranda (2010) é considerado um dos “três gênios da plasticidade renascentista” junto com Leonardo da Vinci e Rafael Sanzio.

Da Vinci era a figura perfeita do humanismo moderno, sendo um pintor, matemático, escultor, arquiteto, botânico, desenhista e inventor, dedicou sua vida aos estudos de anatomia, perspectiva, proporção e ótica. Suas obras mais famosas são a Santa Ceia e Monalisa, nesta última ele utilizou a técnica do esfumaço para criar volume. Já Rafael, foi um pintor conhecido por criar cenários simples e sem excessos com o amplo uso da perspectiva e simetria. Sua obra mais famosa é a Escola de Atenas, cujos personagens principais encontram-se no centro da imagem, e os demais os ladeiam ou se sentam mais a frente, posicionados por meio de linhas de perspectiva.

De acordo com Janson & Janson (2009) com o renascimento chegando ao fim, em Roma, surgiu um movimento que se contrapunha ao modelo de arte clássica, chamado de Maneirismo. Caracterizado pelo enaltecimento aos detalhes e exagero. Teóricos afirmam que esta foi à transição entre o renascimento e o barroco.

Os artistas munidos das técnicas utilizadas no renascimento possuíam um aguçado senso religioso, desde que a Europa encontrava-se mergulhada no caos advindo da Reforma de Lutero. Dentro deles clima, seu estilo foi marcado por labirintos misteriosos e formas estranhas. Na arquitetura, eram valorizadas as igrejas erguidas num plano longitudinal, com espaços maiores, a cúpula principal em cima do transepto, naves escuras, coros com escadas em espiral, guirlandas de frutas e flores, formatos convexos possibilitando um jogo de luz e sombra e o interior suntuosamente adornado com afrescos e abóbadas.

Na pintura reinava a composição de grandes multidões em espaços pequenos, criando uma singular atmosfera de tensão. As formas anatômicas passaram a ser mais longilíneas e os músculos dispostos de maneiras impossíveis. As faces são melancólicas e misteriosas. Os protagonistas dos quadros já não são representados no centro.

Na escultura, seguindo o estilo de Michelangelo. Há grupos de pessoas colocadas uma em cima da outra, de modo precariamente equilibrado, apresentando contorções impossíveis e alongamentos exagerado dos músculos, permitindo que um elevado número de pessoas na composição compartilhassem uma base de tamanho reduzido.

- BARROCO

O Barroco foi um movimento que compreendeu o período entre os séculos XVII e XVIII. Surgiu primeiramente nas artes plásticas, influenciando também a literatura, música e teatro e teve seu início na Itália durante o Concílio de Trento que propôs uma Contra-Reforma, como modo de deter a Reforma Religiosa liderada por Lutero em 1517 na Alemanha, Calvino na França e Henrique VIII na Inglaterra. A igreja católica havia perdido muito espaço, mas ainda possuía grande influência política e econômica, e por meio desta passou a utilizar a arte barroca como veículo de propaganda de sua doutrina.

Os artistas barrocos, patrocinados em sua maior parte pela igreja, criavam obras detalhadas, refinadas e com alto nível de expressividade e dramaticidade, o novo estilo reuniu em si a religiosidade teocêntrica da Idade Média e o racionalismo humanista do renascimento.

Apoiados pela Ordem dos Jesuítas, que como método de detenção do crescimento do protestantismo, iniciou o processo de evangelização primeiramente pela educação dos filhos dos nobres e burgueses e catequização dos nativos de países conquistados. A primeira manifestação barroca da arquitetura deu-se justamente na construção de uma igreja Jesuíta, a Igreja de Jesus ou Il Gésu, pelo arquiteto Giacomo Dela Porta.

De acordo com Gombrich (2013) o primeiro impacto na arquitetura foi à mudança no formato da igreja, rejeitando as construções arredondadas e simétricas do renascimento e adotando a construção cruciforme, com uma cúpula majestosa. A nave era vasta o suficiente para que a congregação se reunisse confortavelmente e olhasse em direção ao altar-mor, que se encontrava na outra extremidade, e por trás deste, ficava uma abside semelhante a antigas basílicas. No que seria considerado os braços da cruz, uma fileira de pequenas capelas para diversos santos foram dispostas de um extremo a outro. Uma perfeita união de elementos da arquitetura medieval e renascentista.

Miranda (2010) também fala sobre Bernini (1598-1680), um arquiteto, urbanista e pintor. Ele foi o criador do Baldaquino, uma obra com colunas de 29 metros de altura, esculpidas e decoradas com motivos florais. Outro exemplo de arquitetura barroca foi a Praça de São Pedro, que possui uma dupla colunata, onde se apoia uma cornija onde foram colocadas 162 estátuas, medindo 2.70 cada uma.

A pintura desenvolveu-se de modo semelhante, saindo do maneirismo ao barroco passando a enfatizar luz e sombras, a disposição das cores e começou a se aventurar em composições mais complexas, rejeitando o equilíbrio e simplicidade característicos do renascimento. Dois artistas que encontraram formas muito distintas e mesmo assim eficientes de fugir do maneirismo foram Annibale Carracci (1560-1609) e Michelangelo de Caravaggio (1573-1610).

Carracci, um grande apreciador das obras de Raphael procurou aplicar os preceitos da beleza clássica em suas obras. Suas linhas eram equilibradas e naturais, características renascentistas, mas a maneira como as luzes e a emoção da obra eram trabalhadas a caracterizava sem dúvida como barroca. Já caravaggio desprezava qualquer sentido de beleza clássica. Ele se atinha a mais pura verdade em suas obras. Segundo Gombrinch (2013) para ele o medo de retratar a fealdade era considerado uma fraqueza. Sua ideia era renegar todas as tradições. Figuras importantes ou não, eram retratadas de modo cru.

Houve também o pintor Tintoretto (1518-1594) que, segundo Miranda (2010) possuía um caráter arrojado, utilizava abundantemente os recursos de luz e cor. O autor procurava que primeiramente fosse contemplado o conjunto, para só então o observador se ater aos detalhes. Outros artistas como El Greco (1541-1614), Velasquez (1599-1660), Rubens (1577-1640) e Rembrant (1606-1669) também foram grandes nomes no movimento.

Na escultura, o barroco é caracterizado por sua exaltação aos sentidos. Sua principal característica é a presença do movimento e dinamismo, suas formas são côncavas e convexas, linhas curvas, vestes drapejadas. As

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