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JOGOS TEATRAIS

Por:   •  2/1/2018  •  1.688 Palavras (7 Páginas)  •  308 Visualizações

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E a avaliação não é para julgar ou criticar e sim contabilizar o que foi realizado no decorrer do jogo. Não só o professor como os jogadores tem a oportunidade de emitir sua opinião a respeito.

Há alguns tipos de jogos que podemos mencionar e que contribuem em grande grau na aprendizagem. Os jogos de aquecimento: Necessário antes ou ao final das oficinas de baixa energia, para revigorar os jogadores. Focam na interação do grupo; Jogos de movimentos: Propiciam a exploração do ambiente, a liberação de gestos e energia. “As caminhadas no espaço estendem esta exploração, dando aos alunos a chance de se movimentar e explorar o espaço familiar da sala de aula, proporcionando um novo imediatismo ao espaço.” (SPOLIN, 2007, p. 69); Jogos de transformação: O invisível torna-se visível. Cria-se objetos, coisas ou personagens e se joga com eles, de maneira criativa e de improviso, porém detalhada para que a plateia possa identificar; Jogos sensoriais: Exige uma consciência sensorial e a concentração para compreender o que se pede, assim, o jogador pode demonstrar através de ações, gestos, imagens, textos o que ouviu, mesmo que não tenha tempo para pensar; Jogos com parte de um todo: o jogador entende que faz parte de um todo, e responsabiliza-se pela resolução de um problema, apoiando e partilhando com o outro; Jogos de palavras: estimula-se a comunicação, e através do improviso e centrado no foco, as palavras surgem e com isso o diálogo acontece.

Percebemos que Spolim não estabelece um jogo que seja estático ou imóvel, pelo contrario ela se concentra em construir um ambiente acolhedor, tornando possível a liberdade criativa de cada um dos participantes criando assim a respeito pelo o outro.

PROPOSTA

Fila de Cegos

Faixa Etária: 8-9 anos

Jogo Recreativo Sensorial Tátil

Formam-se duas filas (uma de frente para a outra), sendo uma delas formada por alunos de olhos abertos, e outra por crianças com os olhos vendados, que deverão sentir cada qual o colega à sua frente, usando o tato para perceber os formatos do corpo, tamanhos, os rostos, as roupas, acessórios etc. Depois a fila de alunos com os olhos abertos deve se misturar, e as crianças que estavam de olhos vendados retirarem a venda e usando a sua percepção anterior descobrir quem era seu par no jogo.

Para enriquecer a atividade, e também para uma maior participação de todos os atores, o professor(a) e os alunos que não estavam vendados podem fazer perguntas aos outros colegas “cegos”, impulsionando a sua percepção, “Há três alunos usando óculos, seu par usava óculos?”... Essas perguntas podem dar dicas, como confundir os alunos, trabalhando assim sua memorização, percepção, o lado sensorial e o cognitivo. O intuito é que ao final, com a ajuda das perguntas, todos encontrem seu par.

CONCLUSÃO (relação proposta-metodologia):

Os jogos teatrais na educação proporciona experiências que contribuem para o crescimento integrado da criança. Auxilia no desenvolvimento de suas capacidades expressivas e artísticas. Por ser uma atividade grupal, envolve o exercício das relações de cooperação, diálogo, respeito, reflexão sobre como agir com os outros, maior flexibilidade com as diferenças e desenvolve a autonomia.

A prática teatral favorece experiências que vão além do processo de integração e do enriquecimento da criatividade. A vivência teatral promove a ampliação da visão de mundo, estimula e desenvolve a consciência cultural e auxilia o indivíduo a se organizar em grupo, desenvolvendo a consciência da coletividade. O ato de dramatizar está potencialmente contido em cada um, como uma necessidade de compreender e uma realidade. Ao observar uma criança em suas primeiras manifestações dramatizadas, o jogo simbólico, percebe-se a procura na organização de seu conhecimento do mundo de forma integradora. A dramatização acompanha o desenvolvimento da criança como uma manifestação espontânea, assumindo feições e funções diversas, sem perder jamais o caráter de interação e de promoção de equilíbrio entre ela e o meio ambiente. Essa atividade evolui do jogo espontâneo para o jogo de regras, do individual para o coletivo. (PCN’s, 2001, p. 83)

Podemos assim, relacionar nosso jogo teatral com a perspectiva sociointeracionista, que é a tendência atual para a disciplina. A ideia de considerar a relação da cultura com os conhecimentos do aluno e as produções artísticas, tem seu ensino baseado em três eixos interligados: produção, apreciação e reflexão. Em nossa atividade é possível notar o fazer artístico do aluno (produção), com seu explorar, ainda que vendado, de modo sensorial, usando seus sentidos (tato), e expressando-se; vemos a apreciação, com o observar dos jogadores não vendados e suas perguntas, também com interpretar sobre essas perguntas pelos alunos que estavam vendados, um investigando e apreciando o fazer do outro; e, percebemos a reflexão com os objetivos do jogo, em que todos encontrem seu par, pensando sobre a trajetória daquele objeto de estudo.

Estudamos que Spolin, também fala de três características importantes, essas também podemos apresentar em nosso jogo. Um foco, dado no objetivo de que todos consigam encontra o seu par, a instrução e que as crianças sintam os detalhes do colega com tato, e a segunda investigação dos alunos que antes estavam vendados agora sem venda, terão que com o tato descobrir quem era o seu par, além das perguntas feitas pelos jogadores não vendados, que dão uma manutenção ao objetivo e por fim, há avaliação é que não há um julgamento, apenas uma contabilização, e todos podem

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