Essays.club - TCC, Modelos de monografias, Trabalhos de universidades, Ensaios, Bibliografias
Pesquisar

A ÁFRICA E SUA PRESENÇA NA MUSICA BRASILEIRA

Por:   •  26/9/2018  •  4.621 Palavras (19 Páginas)  •  402 Visualizações

Página 1 de 19

...

INTRODUÇÃO

A realização do presente estudo, se deu a partir da necessidade de compreender e refletir acerca da influência africana na música popular brasileira.

De maneira geral, tanto na época colonial como durante o século XIX a matriz cultural de origem europeia foi a mais valorizada no Brasil, enquanto que as manifestações culturais afro-brasileiras foram muitas vezes desprezadas, desestimuladas e até proibidas.

Objetivos:

Objetivo Geral: reconhecer a influência das culturas africanas na formação da cultura popular afro-brasileira, tendo na máscara o objeto artístico.

Objetivos específicos:

- Refletir sobre a importância cultural da África nos ritmos brasileiros

- Estabelecer a conscientização dos educandos sobre a cultura em nosso pais, em relação a música enquanto arte;

- Compreender a música como um processo de arte e cultura que revela os saberes de um povo.

As religiões afro-brasileiras e a arte marcial da capoeira foram frequentemente perseguidas pelas autoridades. Por outro lado, algumas manifestações de origem folclórico, como as congadas, assim como expressões musicais como o lundu, foram toleradas e até estimuladas.

Entretanto, a partir de meados do século XX, as expressões culturais afro-brasileiras começaram a ser gradualmente mais aceitas e admiradas pelas elites brasileiras como expressões artísticas genuinamente nacionais. Nem todas as manifestações culturais foram aceitas ao mesmo tempo. O samba foi uma das primeiras expressões da cultura afro-brasileira a ser admirada quando ocupou posição de destaque na música popular, no início do século XX.

Posteriormente, o governo da ditadura do Estado Novo de Getúlio Vargas desenvolveu políticas de incentivo do nacionalismo nas quais a cultura afro-brasileira encontrou caminhos de aceitação oficial. Por exemplo, os desfiles de escolas de samba ganharam nesta época aprovação governamental através da União Geral das Escolas de Samba do Brasil, fundada em 1934.

Outras expressões culturais seguiram o mesmo caminho. A capoeira, que era considerada própria de bandidos e marginais, foi apresentada, em 1953, por mestre Bimba ao presidente Vargas, que então a chamou de "único esporte verdadeiramente nacional".

A partir da década de 1950 as perseguições às religiões afro-brasileiras diminuíram e a Umbanda passou a ser seguida por parte da classe média carioca. Na década seguinte, as religiões afro-brasileiras passaram a ser celebradas pela elite intelectual branca.

1 A MÚSICA NUM PROCESSO DE COMUNICAÇÃO ENTRE OS POVOS

1.1 O que é música?

Falar sobre a natureza daquilo que se constitui como música, ou mais especificamente, do que é a música é uma atividade extremamente sedutora. Essa sedução tem um duplo sentido: por um lado, a música se constitui numa das mais ricas e difundidas atividades culturais da sociedade atual, enquanto que, por outro, ela conserva um caráter de abstração que resiste a qualquer definição fechada ou precisa. Quer dizer, embora estejamos o tempo todo imersos num mundo povoado por músicas de todas as espécies, a nossa relação com a música é algo extremamente difícil de ser formalizado e cuja compreensão se dá na esfera do sensível e do intuitivo. Desvendar de modo formal a natureza da música se constitui, portanto, como um desafio e uma necessidade dada a presença marcante que ela ocupa em todos os âmbitos da vida moderna, incluindo aí as situações de lazer, de pesquisa, de criação, de relacionamento social e até mesmo em contextos aparentemente mais desligados de sua natureza artística, como na medicina e nas práticas terapêuticas.

Entretanto que tentar decifrar o que é a música nada mais resultaria do que no exercício de criar uma armadilha na qual aprenderíamos apenas uma parte de nossa questão. Qualquer definição de música representaria, quando muito, a definição de uma música em particular, ou ainda, apenas o ponto de visita restrito e particular sobre o assunto. A validade dessa busca por algo que não cabe dentro de definições estanques é questionável na medida em que a música se apresenta como estrutura dinâmica e viva que se reconfigura dentro de suas práticas, dentro da criação e da escuta e como tal deve ser percebida como algo vivo, em constate mutação e que se atualiza a cada momento de sua realização: "ninguém pode dizer o que é música, a não ser por proposições normativas, porque "música em si" é de fato algo não demonstrável e sua prática não é nem arbitrária nem baseada em fundações físicas ou metafísicas". Ao contrário, embora possamos falar de música com muita propriedade, esse discurso não se baseia necessariamente em dados precisos ou formalizáveis, embora possam ser objetivos e não-arbitrários.

1.2 Música, arte e cultura

De acordo com o autor Ribeiro [d/d] se houver a necessidade de descobrir o quão musical é o homem, precisamos perguntar quem ouve e quem toca e canta em qualquer dada sociedade, e o porquê. Tal é uma pergunta sociológica, e pode-se comparar situações em sociedades diversas sem qualquer referência às formas superficiais da música, pois que estamos interessados apenas na sua função na vida social.

Neste aspecto, pode não haver quaisquer diferenças significativas entre a Música Negra, a Música Country ou Western, a Música Pop ou o Rock, as Óperas, a Música Sinfônica ou o Cantochão. O que não diz nada a alguém pode mexer com outrem, não graças a qualquer qualidade absoluta na música em si, mas graças ao que a música veio a significar para ele enquanto integrante duma sociedade ou grupo social em particular.

Para o autor, se podemos ter nossas próprias preferências pessoais, não podemos julgar a eficácia da música ou dos sentimentos dos músicos com base naquilo que parece ela provocar nas pessoas.

Algumas culturas, ou alguns tipos de música e dança dentro duma cultura, podem promover a internalização consciente das emoções, mas isso não quer dizer que sejam estas menos intensas. As experiências místicas ou psicodélicas dum homem podem não ser vistas ou sentidas por seus circunstantes, mas não se pode rejeitá-las por irrelevantes para a vida dele em sociedade.

As funções da música na sociedade podem ser

...

Baixar como  txt (31.4 Kb)   pdf (91.9 Kb)   docx (27.8 Kb)  
Continuar por mais 18 páginas »
Disponível apenas no Essays.club