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Trabalho Apresentado a disciplina Práticas Investigativas I

Por:   •  1/5/2018  •  2.119 Palavras (9 Páginas)  •  379 Visualizações

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2. Desenvolvimento

2.1.Contexto Histórico

2.1.1 Primeira fase da Arquitetura Industrial

Segundo Pablo Padin, a história da arquitetura industrial é dividida em três fases. A primeira fase corresponde ao início da Revolução Industrial, a criação da máquina a vapor, criada por James Watt, serviu de fonte de energia, assim como a roda d’ água, para edifícios industriais, estimulando a construção dos mesmos, por precisarem de água para energia, as primeiras fábricas eram instaladas bem próximas aos rios. A primeira tecelagem a vapor foi estabelecida em 1785.

Essas máquinas transformaram as indústrias têxteis em atividades mecanizadas, desenvolvendo as indústrias mecânicas até o surgimento de duas indústrias pesadas.

Com o desenvolvimento do tear automático, tornou-se necessária a construção de salas de produção mais longas e com menor número de interferências, um exemplo disso, é o Moinho de Algodão de Salford. Os primeiros armazéns industriais tinham suas coberturas executadas em madeira, um grande perigo se sujeitas ao fogo.

2.1.2 Segunda fase da Arquitetura Industrial

Na segunda fase, houve novas ideias para construção e manutenção dos edifícios industriais, além deles se instalarem próximos à água para higienização e dispersão de emissões, evitavam-se áreas onde o vento pudesse conduzir resíduos para cidade, houve melhoramento na obtenção de fontes de energia, etc.

As máquinas genéricas ou polivalentes surgiram, marcando o momento em que o empreendimento industrial passa de em edifício sem tratamento ambiental, para vários edifícios divididos, cada qual com sua função.

Segundo MUNCE (p.4), em 1960, os primeiros anos de desenvolvimento da indústria inglesa, o arquiteto não foi chamado. Os edifícios eram fruto do diálogo entre os industriais e os construtores. O desenho de fábricas era considerado abaixo da dignidade do arquiteto, a não ser que fosse mascarado por uma alvenaria acabada ou tijolo aparente, com desenhos específicos de uma produção artesanal, artística. Os arquitetos não receberam nem experiência, nem treinamento para defrontar esse tipo de tarefa. O edifício industrial ainda não caracterizava uma forma de edificação, onde apesar das limitações econômicas, o arquiteto pudesse expressar seus ideais artísticos.

Quando os métodos de organização de linha de montagem aparecem, o fordismo e depois o taylorismo, é que se começa a dar atenção ao objeto arquitetônico, pois esses exigiam de uma planta arquitetônica a possível locação de maquinários em linhas, respeitando o fluxo da entrada de matéria prima, a saída dos produtos, melhor meio de produção, etc.

2.1.3. Terceira fase da Arquitetura Industrial: Arquitetura do Ferro

As indústrias precisavam de estruturas melhores, que atendessem as exigências que a revolução industrial tinham posto, para isso, desenvolveram materiais construtivos, como o vidro e o ferro. Esse último material foi tão importante para época, que essa ficou conhecida como Arquitetura de Ferro.

O ferro foi utilizado em estruturas de pontes, fábricas, depósitos, estações, até na arquitetura civil e urbana, como pontos comerciais. Junto com o vidro, o ferro deu a possibilidade de construir edifícios transparentes. Segundo José Alonso, em seu livro Introdução à História da Arquitetura, o ferro é o símbolo da época industrial e o meio de sua expressão arquitetônica.

Surgiram edifícios inteiros com peças pré-fabricadas de ferro e com esses edifícios surgiram as exposições universais. Elas começaram em Londres, em 1851. Uma das grandes exposições é o Palácio de Cristal, de Joseph Paxton, parecido com uma grande estufa, ele era o dobro do parlamento britânico.

Em 1889, Na exposição universal de Paris, Dutert e Contamin criaram a Galeria de Máquinas que possuía um vão de 115 metros. Nessa mesma exposição, surgiu a torre Eiffel, de Alexandre G. Eiffel.

2.2 Arquitetura Industrial

A arquitetura industrial no período da revolução industrial é marcada por sua funcionalidade e racionalidade construtiva, deixando um pouco questões estéticas de lado, o que foi um grande desafio. Alguns exemplos são as docas portuárias de Liverpool, na grã- Bretanha, os centros industriais de Lille, na França e os de Manchester na Inglaterra.

No início do século XX, arquitetos europeus e americanos começaram a investigar esse programa industrial. Houve duas correntes de produção na Escola Alemã, em Bauhaus, a expressionista e funcionalista. A expressionista associava novas formas para novos problemas com livre criação artística, representada por Poelzing, Berg, Marx e Stoffrengen. A funcionalista estava a serviço da função e não era inventiva na forma, representada por Behrens, Muthesius, Mies Van der Rohe e Gropius (Banham, 1979; Phent, 1975). A fábrica Fagus de Gropius e Werner (1910-1914) e a Turbinenfabrik, de Peter Behrens, foram modelos para a arquitetura industrial no mundo durante o período pós-guerra.

Outras escolas e arquitetos também tiveram importância no programa industrial, a Escola Futurista, na Itália, destaca-se Sant’ Elia, por seu desenho e discurso, influenciando a corrente expressionista de Bauhaus. Na França, destaca-se August Perret e Tony Garnier, com a publicação do livro Cidade Industrial (1918) e com o projeto do Matadouro de Lion (1913), etc.

Nos dias atuais, as indústrias possuem novas características, ideias de uma indústria limpa e que separa e reutiliza seus resíduos estão bastantes presentes. O arquiteto Industrial precisa tornar a indústria mais flexível possível, atendendo não só as necessidades do mercado, mas procurando um diferencial para a indústria. Se muito antes não teve uma preocupação com a estética, atualmente, há essa preocupação, os donos de indústrias, não quer apenas funcionalidade, quer uma indústria que chame a atenção de quem vê, com projetos sustentáveis e até áreas de convivência e lazer para os funcionários, pois o bem estar dos mesmos retém uma atenção maior do que anteriormente. Além disso, deve-se especializar em outras áreas, como logística de transporte, que é de fundamental importância para uma fábrica.

2.3 Campo/Área De Atuação

A arquitetura industrial visa à elaboração de projetos voltados para a organização do uso, buscando espaços versáteis,

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