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TONY GARNIER E CAMILO SITTE NO CONTEXTO HISTÓRICO DA ARQUITETURA

Por:   •  18/12/2018  •  2.118 Palavras (9 Páginas)  •  227 Visualizações

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Algumas obras de Tony Garnier

Na imagem 1, pode-se verificar o esquema de setorização da cidade industrial, onde 1 é referente a cidade antiga, 2 é a estação central, 3 é a zona residencial, 4 é o centro, 5 é a região das escolas primárias, 6 é a das escolas profissionais, 7 é o hospital, 8, a estação, 9 é a zona industrial, 10 é a estação industrial, 11 é o cemitério e o 12 é o matadouro.

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Na imagem 2 fica nítida a organização da zona residencial, as ruas, a pavimentação para os pedestres, a arborização em meio as construções, a distância retilínea de uma casa para a outra, as janelas, largas, todas voltadas para as ruas.

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Como ilustrado na imagem 3, o Hospital Edouard Herriot, com suas instalações impecáveis até os dias de hoje na cidade natal de Garnier, Lyon na França, retrata toda a ideia paisagista do arquiteto. Janelas largas viradas para a rua, paredes em concreto e uma jardinagem que envolve toda a construção.

Camilo Sitte

Sitte contrapõe em sua ideologia o passado do presente, trazendo conceitos em sua obra “Construção das cidades segundo seus princípios artísticos” para uma arquitetura em construções modernas valorizando a estética, o lado artístico da arquitetura não enfatizando as construções como monumento mas, evidenciando o ambiente, a cidade como um todo, respeitando cada parte como fragmento essencial.

Para o arquiteto, ainda da geração dos românticos, toda a construção precisa estar em harmonia com a cidade, ser útil, bela e trazer bem estar e estar inserida à paisagem natural. O belo, para ele, é definido pelo olhar pitoresco, pela paisagem que beneficia o homem feliz e seguro, em um ambiente que guarda as proporções artísticas conscientes e culturais.

Portanto, para Sitte, o ponto principal para o desenvolvimento de uma cidade se dá na praça central. Explica que o centro da praça precisa ser livre, liberando assim linhas de trafego e plano de visão. Sitte argumenta que uma parte considerável da vida pública continuou a realizar-se nessas praças, mantendo tanto parte de seu significado público, quanto relações entre as praças e as construções que as circundam, mas com a industrialização, notou que o interesse da população pelas praças foi diminuindo, perdendo assim seu sentido original, deixando de ser um ambiente propício à concepção artística e ao desenvolvimento urbano dando espaço para a valorização dos espaços privados, ao individualismo. A cidade é o espaço da arte por excelência, surte efeitos mais edificantes e duradouros sobre a grande massa da população, enquanto os teatros e concertos, como espaços privados, são acessíveis apenas às classes mais abastadas.

Olhando pelo lado artístico, Sitte valorizava na cidade, a simetria a partir das sensações que esta trazia e não pelo conceito idêntico. Quanto aos elementos naturais, ele separa principalmente dois elementos, a água e o verde, que podem ser usados como forma decorativa, em lugares abertos, integrando o paisagismo da cidade, ou sanitária, estando em locais fechados, tendo como função o apoio a manutenção da saúde.

Na sua visão, o principal problema é o planejamento urbano sem considerar a cidade como uma arte. O comércio, a industrialização e o capitalismo acabaram fechando a área ao redor das praças gerando desconforto na população que a frequentava.

Mesmo assim, as ideias de Sitte quanto ao planejamento urbano foi inspiração para outros arquitetos.

Retratando as ideias de Camilo Sitte

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A Piazza del Santo, na província de Pádua, na Itália, ilustrada na imagem 4, é uma praça aos moldes sonhados por Sitte. Apesar de possuir a Basílica de Santo Antônio de Pádua e a estátua equestre de GattamelataI de Donatello, a praça não perde seu valor em espaço e área verde, pois a construção e o monumento estão localizados em uma das pontas da praça, deixando uma área significativa para a convivência dos habitantes locais e para os visitantes.

A imagem 5 retrata outra construção que traz em seus traços as ideias de Sitte. A galeria Degli Uffizi, na província de Florença, na Itália, é uma construção romântica, pitoresca e enfatiza em suas linhas arcos de passagem sob a construção, que trazem visão e campo de tráfego além de uma visão privilegiada para o rio Arno e ser uma construção harmoniosa com todo o ambiente local.

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A praça Signoria, também situada na cidade de Florença, na Itália, retrata a importância citada por Sitte sobre a beleza da construção, a colocação de monumentos de forma a não atrapalhar a linha de tráfego das pessoas e a visão geral do ambiente que estando disposto de forma harmônica, não cansa os olhos, deixando-se sentir toda a experiência artística do local.

Considerações Finais

Este trabalho foi realizado através de pesquisas bibliográficas em artigos e documentos de respaldo científico no campo da Arquitetura.

Ao se referir aos arquitetos pesquisados, se avalia a importância que ambos tiveram para a história e o desenvolvimento da arquitetura.

Tony Garnier, vivenciando uma mudança notável na vida da população francesa no século XVIII, participando do surto industrial em que o mundo passava, viu a necessidade de organizar a cidade e usou dos seus conhecimentos em arquitetura para projetar uma reelaboração urbana.

Garnier organizou a cidade em zonas e constituiu um ideário: a cidade industrial.

Buscando facilitar o cotidiano da população e prevendo o desenvolvimento das cidades, que até então se dava de maneira não planejado, Garnier foi audacioso em dividir as áreas da cidade em residenciais, industriais, educacionais, comerciais, etc..

Hoje, analisando a disposição dos bairros nas cidades,

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