Resumo Carta de Atenas

...

Desta forma, o texto se divide em cinco pontos: habitação, lazer, trabalho, circulação e o patrimônio histórico das cidades, que se diferencia da proposta da Carta de Atenas de 1931, pois mostra que a preservação do passado é uma maneira de se consentir com os feitos históricos, ao possuir avaliações mais seletivas, analisando o bem monumental afastado do contexto urbano que está inserido, salvaguardando os valores arquitetônicos dos edifícios isolados ou conjuntos urbanos.

Para o CIAM, o patrimônio deve ser prudente em proteger os valores históricos e artísticos do passado e ser capaz de propagar estes legados para o futuro; saber escolher obras que se mantêm vivas para os interesses da cidade; equilibrar questões sobre a renovação com as de preservação; deve aceitar a destruição, caso esta seja inevitável, de conjuntos de casas degradadas ao redor de monumentos, para gerar superfícies verdes; condena a cópia estilística do passado, a fim de evitar o falso como princípio; assume que a importância do passado não pode ser maior que a importância da salubridade da moradia; assume oposição à demolição de patrimônios de grande relevância, preferindo o redesenho urbano.

Portanto, as Cartas de Atenas possuem diferenças entre si, em que a de 1931 assume a postura de que o passado deve ser integralmente considerado para a formulação do presente, enquanto a de 1933 refere-se ao presente destituindo as condições do passado, constrói o presente em prol de um novo futuro, porém é a favor da preservação de elementos históricos.

Por fim, a primeira Carta foi escrita por profissionais da restauração que possuíam visões específicas sobre o restauro e conservação do patrimônio artístico, histórico e cultural, já a Carta produzida pelo CIAM, visava a discussão de uma nova cidade submetida aos aspectos da modernização, e consequentemente, ao gradual crescimento populacional.