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CONEXÃO DA CARTA DE ATENAS COM OS 4 PONTOS DE BRASÍLIA

Por:   •  24/4/2018  •  1.592 Palavras (7 Páginas)  •  413 Visualizações

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Circulação

Deve-se realçar o aspecto vertical das cidades de forma a permitir maiores e mais amplas superfícies verdes, além de proporcionar mais vias de circulação e mais espaços úteis à recreação.

A menor distância entre dois pontos é uma reta, logo, as vias de circulação devem ser paralelas. Os veículos estão ficando cada vez mais velozes e perigosos, logo, deve-se fazer uma via separada para cada tipo de circulação (pedestres, automóvel, ônibus, veículos pesados, ferrovias), de forma a evitar maiores transtornos. As distâncias entre os cruzamentos das ruas são muito pequenas, a circulação tronou-se hoje uma função primordial da vida urbana. Ela pede um programa cuidadosamente estudado, que saiba prever tudo o que é preciso para regularizar os fluxos, criar os escoadouros indispensáveis e chegar, assim, a suprir os engarrafamentos e o mal-estar constante de que são a causa.

CONEXÃO DE BRASÍLIA

Inaugurada no dia 21 de abril de 1960 considerada um marco do urbanismo moderno brasileiro. Projetada pelo Urbanista Lúcio Costa (Plano Piloto) e teve seus prédio projetados pelo arquiteto Oscar Niemeyer.

A construção de Brasília uniu o desenvolvimento tecnológico e econômico pelo qual o país estava passando com a necessidade de ocupação do cerrado e com o processo de construção de uma identidade nacional.

A inovação da proposta de Lucio Costa foi o zoneamento da cidade a partir das diferentes interações humanas com o espaço. A cidade está dividida basicamente em três setores: de lazer e comércio, de moradia (com pequenos equipamentos urbanos) e o centro cívico-administrativo do país. A partir de dois eixos, que se cruzam inicialmente em ângulo reto, e depois um deles se arqueia para melhor adaptar-se a topografia, surge o traçado urbano da cidade. No Relatório do Plano Piloto (1957), Lucio Costa ainda não utiliza o termo escala para o zoneamento que ele faz da cidade. Ele faz referência a diferentes setores: setores residenciais, setor central de diversões, setor bancário-comercial e setor municipal.

Habitação

Dentro do setor “residencial” referenciado como item de zoneamento dentro do Plano Piloto, Lucio Costa pode propiciar uma relação de proximidade entre quem usufrui do espaço livre e o espaço construído. Esta relação é responsável pela nova maneira de viver, uma relação que resguarda a vida cotidiana do resto da cidade.

Para isso foram desenvolvidas as superquadras, que são conjuntos de edifícios dispostos em lâminas, de gabarito uniforme de seis e de 3 pavimentos suspensos por pilotis.

A baixa densidade e a intensa presença do verde nas superquadras proporciona uma relação de maior proximidade do homem com a natureza, quebrando a dicotomia entre meio urbano e meio natural. A proximidade nesses espaços entre pequenos equipamentos urbanos e edifícios residenciais reforça o sensação de pertencimento dentro das superquadras, gerando um sentimento de coletividade. O eixo residencial representa o homem no nível individual de sua existência, onde ele pode viver com boa qualidade, possibilitando-o de usufruir, na forma plena, dos momentos de descanso e do convívio social mais íntimo.

Trabalho (?)

Dentro do coração da cidade, possui dentro do Plano Piloto a plataforma rodoviária, que abrigam setores como comerciais, bancários, hoteleiros, hospitalares, radio e televisão.

Está presente nos vazios urbanos e na densa massa vegetal que envolve a cidade, configurada em todas as áreas livres. Enquanto que as outras três escalas possuem uma clara definição espacial, com seus padrões de uso e ocupação do solo e gabaritos limitados, a escala bucólica possui uma expressão intangível, que permeia todas as outras.

As superquadras também vêm colaborado, de forma que procuram atender às formas de convívio, onde o homem pode viver com qualidade de vida, junto à natureza e perto de diversos serviços, sem necessitar percorrer longas distâncias para efetuar as atividades cotidianas. A composição dos espaços na escala residencial resulta em uma paisagem fluida e permeável.

Diversão

A escala bucólica é responsável pelo caráter de cidade-parque, o que faz de Brasília uma cidade aberta, sem limites espaciais, um genuíno exemplo do espírito de época moderno. Nesta escala os vazios se tornam intencionais, ou seja, são vazios projetuais. Além da interação com os elementos construídos, pode-se dizer que esta escala é a que possui forte ligação com as relações humanas, pois propicia atividades de lazer e passeio – nos parques, praças e na orla do lago. A escala bucólica, de acordo com a fisionomia em que aparece, funciona tanto para dispersar pessoas como para concentrar. As paisagens desta escala que têm forte caráter concentrador são encontradas no interior das superquadras, enquanto que no eixo monumental, possui caráter dispersor, que enaltece o valor de monumentalidade.

Também nesta escala, as descaraterizações são evidentes tanto na intensa ocupação indevida da orla do Lago Paranoá, que rompem as chances de livre acesso ao espelho d’água, como na apropriação indevida de áreas non aedificadi como estacionamento.

Circulação

O projeto de Lucio Costa, se enquadra em trazer vias exclusivas para automóveis, a partir de um sistema de circulação hierarquizado, com vias expressas para evitar ao máximo os cruzamentos; e muitos vazios urbanos, fazendo composição com a baixa densidade construtiva.

Dentro deste, a área térrea é de livre acesso aos pedestres, o que modifica a relação entre

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