Paola Berenstein Jacques
Por: kamys17 • 18/6/2018 • 782 Palavras (4 Páginas) • 277 Visualizações
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social é constituído de conflitos e que só a partir disso uma democracia espacial poderá surgir.
Chantal Moufe defende a ideia de modelo agonista competitivo sem conciliação final, sem possibilidade de consenso no espaço público sempre homogenizado.
Manuel Delgado era um dos antagonistas do modelo de Barcelona dizia que transformava a cidade em produto publicitário mostra uma imagem da cidade sem qualquer tipo de conflito, mas que na verdade uma outra cidade antagonista esta escondida.
Essas imagens consensuais não conseguem apagar essa “outra cidade” latente, ou seja, nem sempre o que é mostrado realmente é verídico, isso é uma forma de fazer com que ocorra o desentendimento de dissensos, seria uma forma ativa de resistência, de ação politica.
Ranciere mostra como é precisamente uma configuração consensual que solicita, de diferentes maneiras, a intervenção da arte, da arte pública e cenográfica e arte esparadrapo que também esta a serviço do espetáculo e que promove essas imagens de espaço pacificado.
Chantal Mouffe faz uma proposta de arte crítica, torna visível o que o consenso dominante tenta esquecer, esta é constituída por uma série de praticas artísticas que buscam dar voz aqueles que foram silenciados pela estrutura hegemonia existente, o importante não é dar voz aqueles que foram silenciados mas mostrar o campo de tensão entre eles a “função da arte é não ter função” pensamento da arte sobre o espaço público, refletir, a arte como construtora de formas de dissenso.
As ações artisticas críticas na cidade podem ser vistas tanto como “intervenções Hegemônicas” quanto “micro resistências urbanas” tenta tirar do espaço público esse consenso instipulado pelo mercadismo e trazer uma tensão permanente para o publico.
Os conflitos que trazem uma cidade são necessários para que haja permanência de tensão gerando uma cidade mais aberta, democrática, precisamos urgentemente aprender a trabalhar com o conflito para que haja um "urbanismo mais dissensual , incorporado e vivaz".
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