PLANEJAMENTO E GERENCIAMENTO DO CANTEIRO DE OBRAS URBANO
Por: Salezio.Francisco • 3/5/2018 • 7.244 Palavras (29 Páginas) • 448 Visualizações
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É nesse contexto que a aplicação dos conceitos de gestão empresarial e a abordagem específica da gestão da qualidade se apresentam como instrumentos de melhoria do desempenho competitivo das empresas incorporadoras e construtoras, incluindo-as na sua cadeia produtiva e voltando-se para os seus clientes finais.
O cliente e suas necessidades passam a desempenhar papel central na competitividade empresarial em oposição a uma situação anterior em que as empresas eram fechadas em seus processos de produção e a partir destes impunham características e condições de atendimento aos seus clientes.
O sucesso competitivo de uma organização pode ser explicado por fatores como a diferenciação de produtos baseada na qualidade e inovação, o desenvolvimento tecnológico e as economias de escala provenientes da globalização do mercado, a segmentação do mercado num grande número de “nichos” com características muito próprias para um mesmo produto e, especialmente, a cooperação na cadeia produtiva (Porter; 1992). Muitos estudos em indústrias em todo o mundo têm demonstrado a influência desses aspectos no desempenho competitivo das empresas.
Atualmente, devido às adversidades do mercado imobiliário, à carência de informações e de pesquisas das necessidades do público-alvo e às dificuldades na aquisição de terrenos, uma das posturas mais comuns diante dos terrenos ofertados, é feito o estudo do produto que é viável naquele terreno. Porém a postura de número quatro parece-nos a mais adequada para promover uma mudança de paradigma na postura das incorporadoras quanto à concepção dos produtos imobiliários, além de possibilitar uma melhor identificação das necessidades dos clientes pertencentes aos segmentos de mercado que. São alvo da incorporadora e minimizar o risco do negócio imobiliário.
O estudo do planejamento e gerenciamento do canteiro de obras consiste em, a partir das informações coletadas sobre o terreno nas etapas anteriores, simular o empreendimento que poderia ser concebido e os resultados que se obteriam diante das variáveis do mercado imobiliário e financeiro, demanda, custos, financeiros, disponibilidade de recursos financeiros, concorrência, etc. e diante das variáveis do setor da construção, projetando os indicadores de resultado financeiro e econômico do empreendimento.
O planejamento da construção e as providências para o início da obra são ações fundamentais que definem os passos a serem implementados, assim como as referências para o controle do andamento da construção e de seu recebimento. O gerenciamento da construção será o passo seguinte, feito por meio da aplicação do PGE - Plano de Gestão do Empreendimento, que permitirá acompanhar o andamento físico e financeiro, assim como o controle da qualidade da obra (CTE, 2003).
2. OBJETIVOS
2.1. Geral
Verificar a importância do planejamento e gerenciamento de canteiro de obras em loteamentos residenciais.
2.2. Específicos
- Apresentar os loteamentos residenciais e suas particularidades.
- Relatar o histórico dos loteamentos residenciais.
- Descrever a importância do planejamento na construção civil.
- Demonstrar como é realizado o planejamento de projetos
- Detalhar os canteiros de obras.
3. REVISÃO DE LITERATURA
3.1. Loteamentos Residenciais
A principal função de uma habitação é fornecer abrigo. A habitação é um espaço que geralmente é ocupado antes e após as jornadas de trabalho, acomodando as tarefas primárias de alimentação, descanso, atividades fisiológicas e convívio social. Assim, entende-se que, além de abrigar, a habitação deve atender os princípios básicos de conforto, segurança e salubridade (ABIKO, 1995).
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Figura 1 – Panorama de um loteamento residencial
Fonte: O Diário Online. Disponível em: http://www.odiarioonline.com.br/midia/noticias/7490a89f85980122ca766770898f38e4.jpg. Acessado em 27.10.2018
Para que a habitação possa oferecer um espaço confortável, seguro e salubre é necessário que a mesma esteja localizada em uma área adequada, que permita o acesso dos moradores a emprego, serviços de saúde e educação. Também é importante que esteja integrada de forma adequada ao seu entorno, contendo a infra-estrutura básica necessária para a sua instalação, oferecendo elementos básicos como abastecimento de água, coleta de esgoto, distribuição de energia elétrica e coleta de lixo. Essas características fazem com que a
habitação proporcione ao morador uma condição digna de moradia. (ABIKO, 1995)
Além do aspecto social voltado ao cidadão como usuário final de uma edificação, as habitações têm relevante importância econômica para a sociedade. A construção de habitações movimenta o mercado de trabalho da indústria da construção civil, mobiliza vários setores da economia local e influencia os mercados imobiliários e de bens e serviços. Tal movimentação gera oportunidades e riqueza nos diversos patamares econômicos sociais, desde ao trabalhador braçal ao investidor. (ABIKO, 1995)
Em 2009, o macrossetor da Construção Civil brasileira participou efetivamente com 4,4% do PIB nacional, e no primeiro semestre de 2010, sua participação efetiva já alcançava 5,4% do PIB. Esta relevância se estende também ao aspecto social, tendo sido a construção civil responsável em 2009, por 1,568 milhões de empregos com carteira assinada no país. No primeiro semestre de 2010 esse valor já alcançava 1,671 milhões de empregos com carteira assinada, valor este correspondente a 7,6% dos empregos regulares do país. (GOVERNO
FEDERAL, 2016)
Os dados apresentados pelo Governo Federal (2016) apontam apenas os empregos legais existentes na construção civil. Ainda há uma imensurável quantia de trabalhadores que atuam de maneira informal, ou seja, sem relações contratuais regidas por legislação trabalhista e fiscal. O trabalho informal oferece emprego sem qualquer direito social para dos trabalhadores que, muitas vezes, se sujeitam a esta situação por ser uma oportunidade única de emprego
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