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Etica Profissional Arquitetura

Por:   •  2/6/2018  •  2.974 Palavras (12 Páginas)  •  285 Visualizações

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O cliente quando vai contratar um profissional para fazer um projeto, espera que todos os projetos complementares estejam inclusos, casos contrários vão procurar contratar um executor, que em muitas ocasiões é um construtor, um pedreiro, um parente para fazer o projeto, depois busca um profissional que apenas assina o projeto por um preço bem inferior ao mercado. O arquiteto não pode assumir um projeto feito por outra pessoa, nem que seja de outro arquiteto, além das responsabilidades a ele conferidas, não é ético e acaba desvalorizando a categoria em geral. Tem que cobrar o preço correto pelo projeto, não aceitar valores abaixo do mercado.

Os arquitetos e engenheiros podem trabalhar em conjunto, um complementando o trabalho do outro, os arquitetos trabalhariam principalmente nas suas áreas especificas, como de projetos arquitetônicos, e os engenheiros na área de estruturas. Assim cada profissional contribui de forma contundente dentro de suas atribuições. O projeto arquitetônico, a arquitetura de Interiores, arquitetura paisagística, patrimônio histórico, cultural e artístico, planejamento urbano e regional, e conforto ambiental, é exclusivo e tem que ser feito pelo arquiteto, engenheiro não pode trabalhar nessas áreas, não é da sua atribuição, não tem conhecimento para isso, não estudou o suficiente para exercer essas atividades. O projeto arquitetônico não é só um ‘’desenho’’, envolve diferentes fatores, como o conforto, a estética, o correto uso do espaço, o atendimento a necessidade do usuário, entre outros.

Na faculdade de arquitetura a carga horária de projetos são imensamente maiores que na engenharia, e isso fica evidente no melhor comprometimento em projetar soluções para a demanda da sociedade, em analisar o lugar, e encontrar as mais diversas soluções. Mas na faculdade de arquitetura consta também na grade curricular, as matérias de sistemas estruturais e execução de obras, não com a mesma carga horária que na engenharia, mas deixa o arquiteto apto inclusive a calcular estruturas. A carga horária da engenharia é mais voltada ao cálculo, por isso que os engenheiros têm maior facilidade em dimensionar, cálculo estrutural, em acompanhamento e execução de obras. Contudo projeto arquitetônico tem uma carga horária insuficiente, quase nula, o que não os autoriza a criação de projetos de arquitetura.

Um bom exemplo que o trabalho em conjunto funciona, é a construção de Brasília, a cidade é a junção de esforços entre arquitetos, engenheiros e agrônomos, e o resultado é satisfatório, mostra que é sim possível trabalhar em união, que tem muitas construções a serem desenvolvidas em conjunto, se pretendemos pensar uma sociedade com conforto e segurança, devemos trabalhar de forma clara e objetiva, pensando no coletivo e não só em benefício próprio.

Reserva técnica na arquitetura

A prática da reserva técnica, expõe a imagem do arquiteto urbanista, em uma ligação, que é no mínimo questionável em relação ao cliente. Tem que haver uma relação ética, entre o arquiteto e o cliente. Não é agradável para o arquiteto urbanista receber comissão, e assim causar desvantagens ao seu cliente, mesmo que o cliente esteja de acordo com a prática, alguns profissionais prezam por repassar uma parte da reserva técnica, em forma de desconto no projeto final, para o cliente, mas todo o desconto recebido dos fornecedores, tem que ser repassado integralmente ao cliente, o arquiteto já é remunerado pelo projeto arquitetônico, execução da obra. E como ficaria a posição do arquiteto, se o profissional tiver que tomar uma providência em favor do cliente, contra quem lhe concedeu a reserva técnica.

Sabe se de muitos relatos em todo o Brasil, do artifício da reserva técnica, e nem sempre a relação entre o arquiteto, fornecedores e lojas, é algo agradável, há inúmeras situações de cobranças e até mesmo intimidações, para que a reserva técnica seja concretizada. Inúmeros escritórios de arquitetura e urbanismo acabam aderindo a prática desleal da reserva técnica, que em alguns casos, o valor recebido indevidamente, chega próximo ou até mesmo ultrapassa o valor total do projeto, o que deixa a principal atividade da área, o projeto de arquitetura, em segundo plano. Muitos escritórios de arquitetura reduzem drasticamente os preços dos seus projetos, já levando em conta os benefícios que irão receber subsequentemente.

Fornecedores, comércios da área da construção civil, criam programas de pontuação voltados aos arquitetos e urbanistas, quantos mais indicações, maior será o prêmio, ou retorno financeiro que o profissional receberá, muitas lojas usam a reserva técnica para manter ou conquistar novos clientes, também para mascarar a baixa qualidade dos serviços prestados. Não é correto que alguns profissionais acabem recebendo dobrado pelo trabalho prestado, primeiro pelo contrato firmado com o cliente, e outra vez através da reserva técnica.

O acompanhamento as lojas de fornecedores, demanda bastante tempo do profissional, assim como o desenvolvimento e execução do projeto, e acaba gerando um custo, logo alguém vai ter que arcar com esses custos, ou o cliente, ou o fornecedor, porque fazer o projeto e especificar os materiais de construção, de acabamento, os pisos e revestimentos, demanda um tempo considerável, e o cliente deve comprar exatamente o que foi especificado no projeto pelo profissional, para o projeto não ficar descaracterizado, prejudicando a qualidade técnica, ou então obrigando uma revisão dos projetos. O arquiteto acompanhar o cliente até os fornecedores, e cobrar por isto, não é ilegal, desde que esteja tudo escrito claramente no contrato firmado com o cliente, assim acaba fortalecendo uma relação de transparência profissional, importante em qualquer profissão.

A ética é muito importante em qualquer profissão, que aliada com a transparência, é a maneira correta de trabalhar, em hipótese alguma devemos aceitar essas práticas irresponsáveis, por mais que a indústria e fornecedores de materiais e produtos insistam em oferecer vantagens duvidosas, que por fim acabam desvalorizando o mercado. O cliente não pode de maneira alguma ser enganado, é errado e tendencioso especificar materiais e serviços visando somente o lucro. Devemos seguir o caminho da honestidade, o caminho da transparência e confiança entre o arquiteto e cliente, as próprias tabelas de honorários disponibilizadas no site do CAU são importantes para ter uma referência dos preços praticados.

Com a concreta relação de confiança e transparência estabelecida entre ambas as partes, o cliente pode pagar pelo projeto de

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