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Centro de tratamento para dependentes quimicos

Por:   •  1/4/2018  •  8.139 Palavras (33 Páginas)  •  371 Visualizações

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Brasil, com cerca de 10% dos adolescentes fazendo uso regular , fruto de uma percepção cada vez maior de que seja uma droga sem nenhum problema para a saúde , as evidências científicas cada vez mais apontam para uma série de problemas, como perda do rendimento acadêmico, acidentes de carro e aumento de uma série de doenças psiquiátricas como psicose e depressão. Estima-se que 1 milhão de usuários de maconha façam uso diário dessa substância, que são os dependentes que precisam de tratamento

1.2 JUSTIFICATIVA DO TEMA PROPOSTO PARA O PROJETO

Como vimos nas pesquisas, a principal ideologia é que todos os pacientes deveriam ser tratados somente nos chamados CAPS-AD (Centro de Atenção Psico Social para Álcool e Drogas), mais infelizmente muitos dependentes não adere esse tipo de tratamento, por exemplo, a maioria dos usuários de crack necessita de um tratamento bem mais estruturado, com internações em clínicas especializadas, os CAPS-AD na prática deixam um grande número de usuários de crack e suas famílias completamente desassistidos.

Os CAPS-AD deveriam se responsabilizar por encontrar o melhor tratamento para todos os pacientes e familiares que busquem esses serviços. Mesmo se os pacientes abandonassem o tratamento os CAPS-AD deveriam continuar oferecendo serviços para a família e buscar ativamente o engajamento dessas pessoas no serviço, e assim sendo, junto com os CAPS-AD deveriam desenvolver treinamento das equipes mínimas de saúde e assistência social, selecionadas estrategicamente para este fim (Unidade Básica de Saúde, Hospital Geral, Pronto Socorros, etc), assim como dos serviços ou instituições informais;

Temos atualmente 223 CAPS-AD no Brasil, no estado de São Paulo são 57. O número de pacientes atendidos nessa rede é absolutamente irrelevante quando pensamos que temos 600 mil usuários de crack nas nossas comunidades. Na melhor das hipóteses cada um desses CAPS faz por mês 1000 consultas, muitas vezes do mesmo paciente. O que dá uma idéia da ineficiência desse local para lidar com essa verdadeira epidemia do crack

1.3 FORMAS DE TRATAMENTO PARA OS DEPENDENTES QUIMICOS

Segundo Adilson Bittencourt de Albuquerque a dependência química é uma doença que afeta a pessoa tanto no campo biológico como no campo social. O tratamento é muito complexo e como base o paciente precisa estar motivado para dar certo.

O tratamento não defere de paciente para paciente, o que difere é o grau de motivação. Após uma avaliação do quadro, o tratamento mais indicado será discutido junto com o dependente, sua família e a equipe multidisciplinar como terapeuta e psicólogos.

A internação é parte do tratamento, e não uma única estratégia. Ela é utilizada com o objetivo de desintoxicar o indivíduo, e não implica na cura da dependência química. Além disso, a internação é necessária quando o dependente apresenta sintomas de abstinência muito intensos, ou quando o quadros psiquiátricos são desencadeados pelo uso excessivo de drogas.

Depois da internação o acompanhamento contínuo é a estratégia mais eficaz. Quando o paciente tiver com seu “apetite” pelas drogas o psicólogo tem um papel fundamental.

A participação do dependente químico em grupos de apoio, como Alcoólicos Anônimos, Narcóticos Anônimos e de sua família também pode ser muito importante para determinados casos no sentido de promover uma maior motivação e de fazê-lo compreender que a dependência química não é um problema que afeta apenas a sua vida. Ao perceber que outros dependentes conseguem se manter afastados das drogas, o paciente se sente motivado a conquistar o mesmo.

A família, ao freqüentar grupos de apoio divide suas dificuldades com familiares de outros dependentes químicos, e aprende diferentes estratégias para lidar com o problema.

Segundo a NIDA(National Institute on Drug Abuse) o acompanhamento terapêutico, ou seja, com atividades de terapia ocupacional e apoio psicológico contribuem para o sucesso do tratamento.

1.4 ATIVIDADES DE TERAPIA OCUPACIONAL

A terapia ocupacional têm como objetivo buscar autonomia, independência e promover qualidade de vida aos dependentes químicos, para que eles retornem as atividades diárias deixadas durante o tratamento e inclui- los novamente a sociedade.(ANTONIASSI, LEAL E TEDESCO,2008).

A terapia ocupacional exerce um papel fundamental ao tratamento do dependente químico, através de atividades que buscam fazer que eles ocupem sua mente com tarefas propostas no centro de tratamento e acolhendo informações da história familiar do dependente, o terapeuta ocupacional pode atender individualmente ou formar grupos no quais as trocas de experiências pode dar uma visão mais ampla ao tratamento (MATOS, PINTO E JORGE, 2008).

Depois que o paciente tem alta, ainda deve continuar com as sessões individuais, como forma de manutenção ao tratamento e a prevenção de recaídas (ANTONIASSI, LEAL E TEDESCO, 2008).

1.5 PUBLICO ALVO PARA O PROJETO

O público alvo são aqueles que têm o desejo de se livrar desse mal que é o vício em drogas, é necessário que essa vontade parta primeiro dos dependentes e de seus familiares de modo a participar do grupo de apoio como citado por Adilson Bittencourt de Albuquerque , o projeto viabilizara tanto o publico adulto, adolescente, criança e familiares.

2 ANÁLESES DE PROJETOS REPERTÓRIOS

2.1 CREDEQ

Hoje no Brasil foi criado o projeto CREDEQ (Centro de Referência e Excelência em Dependência Química) projetado pelo arquiteteto Roberto Botosso Júnior, a estrutura física são dividida em três núcleos de atendimento, separados por faixa etária (infantil, adolescente e adulto).

Figura1: planta credeq

Fonte: Google imagens credeq

O Credeq conta com casa de desintoxicação e três casas de acolhimento transitório, além de contar, cada uma, com hortas, que compõem a grade de atividades ocupacionais dos pacientes. A casa

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