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A RELIGIOSIDADE COMO ESTRATÉGIA DE ENFRENTAMENTO PARA JOVENS EX-DEPENDENTES QUÍMICOS

Por:   •  4/10/2018  •  1.524 Palavras (7 Páginas)  •  297 Visualizações

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Oliveira 2014, aborda que “a religião é um fenômeno de intensa importância para a vida dos seres humanos que irá se manifestar através de diferentes formas”. Pensando nisso, o coping religioso, é o processo de interação entre o indivíduo e ambiente, onde descreve o modo como os mesmos utilizam sua fé para administrar o estresse e os problemas da vida, assim, como emoções negativas. É o uso de crenças e comportamentos religiosos para facilitar a solução de problemas, atuando como antídoto para fatores que alterem a saúde física e emocional (Santos, 2012).

Assim, estudos apontam que a religiosidade além de ser um elemento importante na recuperação de jovens dependentes químicos tem uma forte atuação no que diz respeito aos fatores de prevenção ao consumo inicial das drogas (Carter, 1998; Francis, 1997; Miller, 1998). Diante disso a religião pode ser um grande protetor contra o uso de drogas e/ou como forma de estratégias, visto que, quanto mais religioso o indivíduo for menor será seus interesses pelo consumo.

Autoras abordam que a religião também “parecer ser a responsável por reduzir os primeiros impacto dos eventos estressantes na vida dos adolescentes, que é determinante para o início do consumo de substâncias psicotrópicas” (Will et al, 2003 apud Varjão; Soares; Souza, 2015 pag: 4).

Fazendo-se a relação entre o consumo de droga e as estratégias de enfrentamento, a religiosidade pode ajudar os dependentes químicos a lidar com situações de danos reparadores e sofrimentos. Atando por meio de suas normas e valores com o intuito de influenciar na identidade dos seus adeptos (Farris, 2009; Heatherton, 2005).

Constantemente usuários químicos procuram a religião com o propósito de ter uma mudança na vida, em busca da “cura”, paz e segurança. De retorno a religião irá dá a resposta para sua própria existência, oferecendo amparo e ajudando na reflexão no seu futuro (Wills et al. 2003). Muitas das vezes usuários de substâncias psicoativas são descriminados por toda a sociedade e não são todas as famílias que sabem lidar com esse fenômeno, diante disso, familiares de usuários recorrem as CT (Comunidades Terapêuticas) onde faz o uso da religião por meio de orações com fins de reabilitar esses indivíduos sem o uso de medicamentos.

A religião pode entrar a abranger na vida de tal jovem de maneira pela qual obtenha resultados positivos, isso deve ocorrer com melhores resultados de acordo com sua aceitação e vontade, ou também pode não obter resultados algum. Afinal religião é pessoal, e nem todas as pessoas a veem da mesma forma. E não podemos deixar de citar que na adolescência pode ocorrer a dificuldade em crenças o que pode tornar o trabalho do tratamento da dependência um tanto complicado.

Como sabemos o uso de drogas torna-se um abito que é consumida compulsivamente e não muito diferente os jovens podem usar a religião de forma a alienar sua própria vida. Então a religião também pode ser vivenciada como uma droga que vai ocasionar o afastamento dos jovens de sua vida e do mundo ao seu redor.

3 CONCLUSÃO

O papel da religiosidade na recuperação dos dependentes químicos é relevante e consideravelmente significativo, apresentando, a partir dos estudos e da leitura dos relatos da pesquisa, aumento do otimismo e maior resiliência ao estresse, sendo esses fatores determinantes para o bem estar subjetivo do indivíduo. Além da ressocialização do dependente com sua rede de amigos formada nas instituições religiosas, colocando-o em um ambiente mais saudável e sem a oferta de drogas.

Destacando que tais dificuldades transformaram-se em motivos maiores para persistir firme com a pesquisa considerando os benefícios que ela proporcionará à sociedade.

Os benefícios da pesquisa realizada são significativos devido à religiosidade possibilitar maior tolerância nos relacionamentos interpessoais, à inserção em grupos sociais, o autoconhecimento e a empatia. (BAUNGART; AMATUZZI, 2007, apud MORÉ; HENNING, 2009) A religião pode permitir ao dependente químico a satisfação pessoal, lançando mão dos comportamentos acima citados, na busca por significação e alívio do sofrimento.

Vergote (2001, apud MORÉ; HENNING, 2009) defende a ideia de que o psicólogo estude as pessoas considerando-as em seu contexto cultural-religioso, tal como fazem os antropólogos. Essa prática será possível na escuta das expressões religiosas, observando os comportamentos que a cultura designa como religiosos e interpretá-lo atentando para a influência dessas ações no comportamento do indivíduo.

Diante do exposto, sugere-se que sejam feitas pesquisas que possam estudar o papel real dessa religiosidade na recuperação da dependência química.

REFERÊNCIAS

CARLINI EA, Carlini-Cotrim BHRS & Silva-Filho AR 1990. Sugestões para programas de prevenção ao abuso de drogas no Brasil. CEBRID, São Paulo. 2001.

DELL’AGLIO, Helena Koller (Orgs.). Adolescência e Juventude: vulnerabilidade e contexto de proteção. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2011.

SANTOS, Wagner Jorge. A religiosidade como

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