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CIDADES PLANEJADAS

Por:   •  7/12/2017  •  5.964 Palavras (24 Páginas)  •  421 Visualizações

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Assim, este trabalho se justifica por buscar um entendimento dos processos e etapas utilizados na formação das grandes cidades para enriquecer os estudos de planejamento urbano futuros.

- Este artigo teve como base metodológica a pesquisa bibliográfica. Na pesquisa bibliográfica são consultadas literaturas relativas ao assunto em estudo, artigos publicados na internet e que possibilitaram que este trabalho tomasse forma para ser fundamentado. Segundo Marconi e Lakatos (1992), a pesquisa bibliográfica é o levantamento de toda a bibliografia já publicada, em forma de livros, revistas, publicações avulsas e imprensa escrita. A sua finalidade é fazer com que o pesquisador entre em contato direto com todo o material escrito sobre um determinado assunto, auxiliando o cientista na análise de suas pesquisas ou na manipulação de suas informações. Ela pode ser considerada como o primeiro passo de toda a pesquisa científica.

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- [...] averiguar acontecimentos, processos e instituições do passado para verificar sua influência na sociedade de hoje, pois as instituições alcançaram sua forma atual por meio de alterações de suas partes componentes, ao longo do tempo, influenciado pelo contexto cultural particular de cada época. ( MARCONI E LAKATOS, 2011, p.91)

Segundo Gil (2002, p.44): “É desenvolvida com base em materiais já elaborados constituídos principalmente de livros e artigos científicos”.

Para uma melhor leitura, este artigo foi dividido em quatro capítulos: introdução, fundamentação teórica, análises e discussões e considerações finais.

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- 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

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- 2.1 DEFINIÇÃO DE PLANEJAMENTO

De acordo com VARGAS (2015), a palavra planejamento possui diversas definições, porém a maioria delas diz que planejamento seria o ato de buscar um objetivo futuro através de ações no presente. Dentro dessa ideia existem várias formas de planejamento como o tradicional, o situacional, o estratégico, o prospectivo e o sistêmico. Em todas essas formas de planejamento a ideia de se almejar algo como consequência das práticas atuais é visto e entendido como essencial para o sucesso do processo de planejamento.

- 2.2 CAPITAL CAIRO

- No começo do ano de 2015 o governo do Egito anunciou intenções de criar uma nova capital, afim de estimular a economia, diminuir o adensamento na atual cidade do Cairo e colocar visões próprias de mundo em pedra e concreto. O escritório Skidmore, Owings and Merrill (SOM) divulgou um masterplan conceitual para esta nova capital através de um anúncio feito na Conferência Egípcia de Desenvolvimento Econômico. Inicialmente desenvolvido por Philip Enquist, Daniel Ringelstein e George J. Efstathiou, o masterplan aborda a crescente demanda da região por habitações, suprindo a congestão populacional, já que se estima o dobro da população até o ano de 2050. (Dezeen Magazine, 2015)

- De acordo com Dezeen Magazine (2015), a capital Cairo é constituída por vários distritos de diferentes funções, cem áreas residenciais atenderão a demanda habitacional da região, propondo desde áreas de média a alta densidade. Serão empregadas estratégias de resfriamento passivo com brise-soleil e vegetação nativa para minimizar os problemas naturais desta região. Cada área residencial terá uma praça pública central, rodeada por estabelecimentos comerciais, escolas, edifícios religiosos e de serviços, para melhorar a acessibilidade.

- A Capital Cairo complementa a visão nacional de uma renascença Egípcia. É uma rara oportunidade para as pessoas dessa vibrante nação expressarem e construírem suas aspirações para uma vida melhor para todos. A futura cidade fortalecerá e diversificará o potencial econômico do Egito ao criar novos espaços atraentes para viver, trabalhar e receber o mundo. (DANIEL RINGELSTEIN, 2015, pg.1)

2.3 GOIÂNIA

Segundo Oliveira ( 2014, p.1), a cidade de Goiânia surgiu a partir de uma demanda de ordem política e econômica, tendo se inserido num movimento que, no âmbito regional, buscava articular as regiões produtivas do Estado, principalmente as regiões sul e sudoeste e, no âmbito nacional, buscava adequar o país a um novo ritmo de produção capitalista. Sendo assim, a cidade já surgiu com o seu espaço tomado pela lógica do valor de troca, uma vez que o significado do movimento que a estimulou engendrava esse elemento em sua essência. Não obstante, esta cidade logo assumiria a forma da desigualdade na sua ocupação sócio-espacial, reflexo da desigualdade característica da divisão do trabalho.

Conforme Maciel (2003 ), quando a implantação da cidade de Goiânia,“o estado de Goiás tinha um baixo índice de urbanização e pequena taxa de população e a localização de moradores era de cerca de 80% na zona rural”. Nesta condição, as atividades comerciais eram de porte reduzido e a produção no campo era de subsistência e baseadas em unidade de produção dentro do Estado. As dificuldades e incertezas das relações comerciais com outras regiões brasileiras formavam o quadro de baixa arrecadação fiscal e o Estado com um dos menores orçamentos entre os estados da federação, naquele momento. A população tinha modo de vida rústico, situando-se em lugares isolados sem recursos financeiros e sem um intercâmbio cultural e educacional com o restante do país.

Entre os aspectos do parecer de Godoy (1947, p. 7), para referendar a escolha do sítio da nova cidade, considerou-se aspectos fundamentais para instalação e crescimento. As condições favoráveis a que ele se referia diziam respeito: a) a curta distância entre a área escolhida e a linha férrea; b) à localização da área no centro da zona mais próspera e habitada do estado; c) ao clima adoçado pelo grau hidrométrico; d) à vizinhança de matas que constituem requisitos preciosos nas proximidades de um centro urbano; e) as condições topográficas com suaves ondulações, que favorecem o traçado moderno; f) às condições hidrológicas, condição fundamental para que a sede possa ser abastecida com quantidade suficiente de água; g) à fertilidade do terreno; h) à possibilidade de oferta de energia elétrica de que o desenvolvimento e a prosperidade do centro urbano dependem enormemente: e i) aos materiais de construção que mais se afiguram na região. Entre estas, várias circunstâncias influenciaram a comissão que optou por Campinas.

O urbano

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