As necessidades de trabalhar a promoção e a prevenção da saúde com crianças e adolescentes
Por: eduardamaia17 • 15/11/2018 • 6.333 Palavras (26 Páginas) • 393 Visualizações
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Palavras - chaves: Promoção e prevenção de Saúde, Escola, PSE, Saúde da Criança, Antropométrica.
DESENVOLVIMENTO
A ATIVIDADE FISICA
Importante destacar que atividade física não significa necessariamente pratica esportiva, e aqueles que eventualmente jogam uma “pelada de fim de semana” saibam que isso não é atividade física, ao contrário, a pratica eventual de uma pelada aumenta consideravelmente a possibilidade de lesões musculares e articulares, evidentemente que o despreparo pode acarretar consequências ainda mais graves como sérios danos a vida do indivíduo não descartando um infarto coronariano. O conceito de qualidade de vida é subjetivo, complexo e multidimensional.
O conceito e a delimitação do que significa atividade física também pode ter diferentes interpretações, partindo desta afirmativa entenderemos que atividade física é toda e qualquer atividade praticada regularmente com orientação e preferencialmente acompanhamento profissional. Entende-se como atividade física, por exemplo, uma caminhada 3 vezes por semana por um período de 40 minutos com orientação/prescrição de um profissional de educação física. A necessidade do acompanhamento é um clamor fisiológico necessário ao desenvolvimento salutar da atividade física e do corpo.
Desenvolver o corpo é mais que ganhar músculos, produzir um abdômen definido e alienar-se ao esteticismo corporal, desenvolver o corpo é partir do pressuposto que o corpo necessita de cuidados afim de torná-lo mais resistente, mais eficiente ao desenvolvimento corpóreo, e assim mais produtivo em prol do indivíduo. Muitos estudiosos, em especial os que se voltam a filosofia e sociologia, podem entender como um treino para o trabalho, uma preparação para a melhor produtividade para fins profissionais, mas neste trabalho não almejo elaborar teses filosóficas e sociológicas e nem colaborar para uma doentia e abominável pratica do culturalismo físico produzido em revistas, jornais, televisão e principalmente em academias, 3 viso uma elaboração de constructo intelecto dos cidadãos em prol da pratica de atividade física que melhore seu dia a dia, que o torne apto a acordar com melhor humor, com mais disposição, que o proporcione um dia mais disposto, elabore suas atividade com mais concentração, aliás que tenha uma possibilidade de aumentar seu poder de concentração, desenvolver melhor seu raciocínio, propiciar ao leitor deste artigo a possibilidade de vislumbrar um final de dia mais tranquilo, com um cansaço incalculavelmente menor, uma perspectiva de no final do dia ter um corpo muito menos cansado, muito menos indisposto e com maior propriedade energética elaborar suas atividades pessoais com maior disposição. Enfim, o que fora supra citado é apenas uma das vertentes para nos “apropriarmos” de uma qualidade de vida desejada.
Apropriaremos do conceito da OMS (Organização Mundial da Saúde) de qualidade de vida uma serie de 23 itens conjugados, parte deles diretamente relacionado a atividade física e outra considerável parte indiretamente relacionada a atividade física. Na área da saúde, vários estudos relacionam diversas práticas corporais, atividade física, exercício físico e prática esportiva como fatores que são positivamente vinculados à melhoria da qualidade de vida que diretamente liga-se a “obtenção de saúde”, alguns entendem que saúde é a capacidade do corpo de regenerar-se de doenças, outros que saúde é o poder do corpo de não adoecer, e outros como simplesmente a ausência de doenças (Christopher Boorse, 1977), aliás, definiremos como saúde “um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças.” (OMS).
Baseado na afirmativa anterior podemos nos apropria da afirmativa que atividade física está diretamente e indiretamente ligada a qualidade de vida, isso porque já foi exposto como é benéfico na disposição diária do indivíduo o que traduz em um melhor humor, um dos benefícios da atividade física é a melhoria no humor do indivíduo, que são fatores preponderante no relacionamento social.
Dados do Ministério da Saúde (2001) indicam que o estilo devida é o fator isolado mais importante na determinação da mortalidade por todas as causas. É também responsável por 54% do risco de morte por infarto e por 50% do risco de morte por derrame cerebral. Eles constituem, hoje, as principais causas de morte em nosso país.
Estudos epidemiológicos e experimentais evidenciam uma relação positiva entre a atividade física e a diminuição da mortalidade. Eles indicam que a atividade física é um fator que evita os riscos de enfermidades cardiovasculares, perfil dos lipídeos plasmáticos, tem efeito positivo na manutenção da densidade óssea, na redução das dores lombares e oferece melhores perspectivas no controle de enfermidades respiratórias crônicas. Segundo estes mesmos estudos, ‘ser ativo’ é tão importante para a saúde quanto manter uma alimentação equilibrada, não fumar ou não usar álcool e outras drogas (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001).
Segundo o Ministério da Saúde (2001), a conta do sedentarismo é alta, capaz de afetar sobremaneira a economia do país e a dos indivíduos e, especialmente, a rotina de vida das pessoas. A agitação da vida urbana, pressões no trabalho, responsabilidades familiares, dificuldades financeiras, a qualidade dos alimentos, tudo isso são fatores que vêm estimulando adaptações psicofísicas a essas novas situações e refletindo incisivamente na saúde das pessoas.
Considerável número de óbitos, mais de dois milhões por ano em todo o mundo, são decorrentes das Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT). O Ministério da Saúde (2001) estima que, em 1988, só as DCNT contribuíram com quase 60% das mortes (31,7 milhões) no mundo. A previsão é de que, em 2020, 73% das mortes sejam atribuídas a esses agravos. A inatividade física é um dos fatores de risco mais importantes para as DCNT, juntamente com a dieta não balanceada e o uso do fumo.
O rápido crescimento dessas doenças vem sendo registrado tanto nos países desenvolvidos como nos países em desenvolvimento. Nestes, atinge de forma desproporcional as populações pobres e desfavoráveis, o que contribui para ampliar ainda mais o quadro de patologias existentes e, consequentemente, aumentar os custos com tratamentos de saúde.
Dados do Ministério da Saúde (2001) apontam que, à medida que a população envelhece, seu perfil epidemiológico muda, com maior destaque para as DCNT, o que valoriza ainda mais a adoção da promoção
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