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A vida de Sergio Bernardes

Por:   •  3/11/2018  •  1.273 Palavras (6 Páginas)  •  340 Visualizações

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CAVALCANTI, Lauro. A importância de Sér(gio) Bernardes. Arquitextos, São Paulo, ano 10, n. 111.00, Vitruvius, ago. 2009.

A residência Lota Macedo Moraes foi a grande pioneira no uso de estrutura metálica no país. Projetada em 1951, em estrutura e telhas metálicas, muito leves, era vedada por pedra bruta, vidro, tijolo e cobertura original em sapê, a residência se destacava por sua mistura de materiais inusitada para a modernidade na arquitetura residencial brasileira da época. A casa localiza-se no alto de um terreno pedregoso, com topografia acidentada, densa vegetação nativa e um pequeno riacho.

O sistema construtivo eleito para a casa de Lota foi pensado para ser executado in loco, com a precária mão de obra disponível. Os pilares metálicos, dispostos a cada três metros, são em perfil duplo-T no volume longitudinal da casa e formam pares de colunas gêmeas no avarandado do volume transversal. Os telhados são inclinados em uma água, em direções diferentes num e noutro volumes. As treliças da cobertura foram montadas no canteiro de obras a partir de dois elementos soldados entre si. Sobre essa estrutura, foram dispostas telhas de alumínio onduladas, que receberam, originalmente, a cobertura de sapê. A ausência de forro faz com que telhas e vigas treliçadas compareçam internamente aos ambientes.

PAVILHÃO DE SÃO CRISTOVÃO

O pavilhão projetado por Sérgio Bernardes, foi inaugurado no início dos anos 1960. Era uma iniciativa particular e a partir dos anos 1980 passou a pertencer à uma empresa estatal de Turismo. À sua época, o pavilhão tinha quase 160.000 metros quadrados, tendo sido uma das maiores áreas cobertas do mundo sem vigas ou pilares. O sistema estrutural da cobertura foi pensado como uma superfície ou uma espécie de "rede" suspensa, como a do projeto de Matthew Nowicki, terminado em 1952. Para tal, centenas de cabos de aço foram fixados nas extremidades da estrutura de concreto armado que cincundava o pavilhão, com formas coerentes com a superfície à ser formada. Sobre os cabos de aço existia uma cobertura de material plástico. O pavilhão conseguiu um dos maiores vão cobertos do mundo na época.

Após incêndios e vendavais registrados, por volta de 1988 a cobertura foi então removida e o pavilhão ficou por muito tempo sem uso, até que em 2003 passou a abrigar a Feira de São Cristóvão, mas sem a cobertura.

REFERENCIAS

- Documentário “Bernardes”, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=v5RkZ8cbgKo

- http://www.bernardesarq.com.br/projeto-memoria/sergio-bernardes/

- http://www.archdaily.com.br/br/01-108652/classicos-da-arquitetura-casa-lota-de-macedo-soares-slash-sergio-bernardes

- https://arcoweb.com.br/projetodesign/artigos/o-cla-bernardes-na-interminavel-15-05-2009

- http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/03.026/765

- http://www.brasilartesenciclopedias.com.br/nacional/bernardes_sergio.htm

- http://www.riodejaneiroaqui.com/portugues/pavilhao-sao-cristovao.html

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